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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - EFACEC Engenharia, pela voz de Alberto Barbosa.

Fora de Série

"A qualidade do INESC Porto neste ramo de actividade [transferência de tecnologia e consultoria na indústria] vai sempre depender da sua qualidade científica”, Augustin Olivier

A Vós a Razão

"The clock is ticking and others in the world are not only ahead of us but moving faster. This is an opportunity that INESC Porto and the University of Porto should not miss if they want to be on the map", Ricardo Morla

Asneira Livre

"...uma «sala de ideias» poderia ser útil para organizações de maiores dimensões, como é o caso do INESC Porto, em que a dispersão geográfica dos pares impede o convívio de todos à mesma mesa de café", Rodolfo Matos

Galeria do Insólito

A madeira persegue-nos, sabem?, é um mau olhado que nos lançaram. Duvida? Venha conferir.

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua actividade. A escolha final é da responsabilidade da Redacção do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...

Augustin Olivier

1. O Augustin Olivier é um homem da indústria, tendo mesmo passado por algumas empresas de referência internacional como é o caso da EFACEC, da Empresa Nacional de Telecomunicações (ENT), da Grundig Indústria Portugal e dos Laboratoires de Marcoussis (actual Alcatel). Como surge a oportunidade de trabalhar numa instituição de interface entre a Universidade e a Indústria, como é o caso do INESC Porto, no seu percurso profissional?

Estava numa fase de transição e recebi o convite do INESC Porto. A actividade a exercer era diferente daquilo que tinha feito até ao momento, mas o desafio proposto por pessoas que conhecia e aprecio desde há muitos anos fez-me aceitar.
Neste cargo de Assessor da DIP (Direcção do INESC Porto) tenho a oportunidade de utilizar todas as competências adquiridas durante o meu percurso profissional e isso é um momento raro na vida de qualquer um.

2. Qual era a imagem que tinha do INESC Porto antes de vir trabalhar para cá? Essa imagem mantém-se?

Conheço o INESC Porto praticamente desde que iniciei minha actividade profissional em Portugal. Com o INESC Porto realizei projectos em consórcio e contratei serviços, o que me permitiu conhecer as pessoas e a instituição. Assim, a imagem que tinha já era bastante próxima da realidade e o início da minha actividade aqui não modificou minha percepção, só ajudou na minha integração.

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3. Chegou ao INESC Porto há cerca de um ano. Como foi a adaptação a esta nova realidade profissional? Quais são as principais diferenças entre trabalhar na indústria e trabalhar numa instituição de interface?

Uma boa adaptação profissional começa com uma boa adaptação no ambiente e tive uma recepção aberta e muita calorosa por parte dos colaboradores do INESC Porto, o que permitiu que iniciasse muito rapidamente uma actividade eficaz.
A grande diferença entre a indústria e um instituto de interface pode ser sintetizada em dois pontos:
           1. A indústria é muito orientada para o curto prazo, a necessidade de rentabilizar sem riscos, e por uma estrutura hierárquica muito presente. Enquanto a instituição de interface é por natureza orientada ao médio/longo prazo, aceita correr riscos, e dá um grau de liberdade elevado aos seus colaboradores.

          2. O horizonte oferecido pela instituição de interface é um panorama aberto com ramos vários de actividades, enquanto uma empresa só é posicionada num segmento de actividades.

4. Com base na experiência que adquiriu ao longo do último ano: quais são as boas práticas que o mundo académico deve ir “beber” ao mundo industrial?

As boas práticas que, actualmente, deveria ir “beber” são: a certificação (sistematização) dos processos internos de desenvolvimento e a organização de promoção das actividades.

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5. Enquanto Assessor da Direcção do INESC Porto, a função do Olivier consiste em promover novos negócios e a transferência de tecnologia. Quais são os principais desafios com que se depara nesta relação com a indústria, agora do lado da academia?

Temos sempre que procurar um receptor aberto e sensivel ao produto que queremos “vender”. O desafio é que não estamos a oferecer um produto que responde a uma necessidade imediata, mas sim a uma necessidade estratégica. Por isso, o interlocutor tem que ter uma visão futura do seu negócio, o que condiciona a escolha do interlocutor.

6. Esta nomeação para “Fora de Série” vem no seguimento do seu envolvimento na aprovação de contratos, nomeadamente no âmbito de um projecto de robótica: o “robot vigilante”. Qual foi a barreira mais difícil de ultrapassar até conseguir a aprovação do contrato?

O projecto agrupa três empresas diferentes, mas complementares e as competências de quatro unidades do INESC Porto. Neste tipo de contrato, o mais complexo é encontrar um conjunto de entidades com interesses genuínos, o que se traduz na necessidade imperativa de ter um produto/solução com os quais conseguimos fazer um casamento estável.

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7. De que forma é que a sua experiência profissional na indústria contribuiu para o sucesso do desafio que lhe é proposto pelo INESC Porto enquanto Assessor da Direcção e Coordenador da Unidade de Telecomunicações e Multimédia?

O que pode facilitar meu trabalho é a experiência de negociações com o mundo empresarial e o conhecimento das necessidades dos mercados nos quais exerci a minha actividade.

8. Qual é a importância estratégica da aprovação deste contrato para o INESC Porto nos curto e médio prazos?

Além dos aspectos inovadores, trata-se do primeiro contrato de importância que a nova unidade de robótica vai realizar. A área de actuação do projecto e as áreas tecnológicas são áreas disruptivas que permitem ao INESC Porto posicionar-se sem concorrência equivalente no mercado da robótica móvel. Este contrato é o primeiro de uma série de projectos e prestação de serviços na área de robótica e segurança.

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9. Qual é o potencial do INESC Porto ao nível da transferência de tecnologia e consultoria na indústria? Considera que esse potencial está a ser bem aproveitado?

O INESC Porto tem um potencial muito elevado, mas pode, sem dúvida, aumentar a sua capacidade de actuação sempre com um trabalho de I&D de retaguarda importante. A qualidade do INESC Porto neste ramo de actividade vai sempre depender da sua qualidade científica.

10. Terminaremos este breve questionário, pedindo que comente a seguinte citação de José Manuel Mendonça, Presidente do INESC Porto, que o nomeou para esta distinção.

O Doutor Olivier, na sua qualidade de Assessor da Direcção para a promoção de novos negócios e transferência de tecnologia, teve um desempenho excepcionalmente diligente e frutuoso, com uma dedicação excepcional e uma qualidade de actuação fora de série,  na abertura de novas linhas e colaboração com a indústria, na concepção de novos projectos e apoio à sua negociação, numa frente alargada de actividade que incluiu a optoelectrónica, os sistemas fotovoltaicos, a robótica e as telecomunicações e em áreas tão diversificadas como a energia ou a Defesa Nacional. No último mês esta actividade intensa começou a frutificar na forma de contratos aprovados de desenvolvimento de forte importância, como seja o caso do robô vigilante.

Um elogio é sempre bom a ouvir, mas estou a pensar que o Presidente do INESC Porto quer ainda mais.