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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Palco Principal, Lda, pela voz de João Carvalho.

Fora de Série

"Gosto de desafios constantes em áreas variadas de actividade e o INESC Porto tem e continua a dar-me essa oportunidade", Luís Guardão

A Vós a Razão

"Aos jovens do Bio*, portanto, uma palavra de entusiasmo e incentivo, de confiança mas também de aviso de que o caminho não é sempre simples e sem escolhos, mas que estou certo de que poderão contar connosco a nível pessoal e institucional", Pedro Guedes Oliveira

Asneira Livre

"Com a formação deste grupo multidisciplinar (Bio Star), espera-se que surja também um meio onde estudantes de pré e pós-graduação possam adquirir e partilhar conhecimento, através da realização de actividades/projectos de investigação", Filipe Magalhães e Hélder Oliveira

Galeria do Insólito

No INESC Porto os sapatos são enganadores e alguns até “chateiam”…

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

INESC Porto impulsiona gestão activa e inteligente da rede eléctrica nacional

InovGrid passa à fase de demonstração com instalação de piloto em Évora

O InovGrid passou recentemente à fase de demonstração com a instalação de um piloto de grande dimensão na cidade de Évora. Esta nova etapa do projecto envolve um orçamento de mais de 11 milhões de Euros, tendo como objectivo avaliar as dificuldades de implementação e exploração de uma solução de grande dimensão, levar a cabo ajustes necessários e, posteriormente, avaliar os benefícios reais do InovGrid. Baseado num modelo de referência totalmente desenvolvido pelo INESC Porto, o consórcio do projecto conta com parceiros como a EDP (que assume a liderança), Efacec, Janz e Logica, e propõe-se a criar redes de distribuição inteligentes. O INESC Porto mostra assim, mais uma vez, estar alinhado com e preparado para os novos desafios no sector energético, procurando sempre primar pela inovação no desenvolvimento de soluções tecnológicas com grande valor acrescentado.

Destaque 1

O caminho de uma electricidade mais barata

Depois da primeira fase do InovGrid, que passou pelo desenvolvimento de uma Energy Box: contador que permite a telecontagem dos consumos de energia e uma intervenção activa do consumidor no controlo dos seus consumos energéticos, pretende-se agora implementar o sistema numa escala maior para avaliar melhor o impacto desta solução. 
A instalação de um piloto de grande dimensão na cidade de Évora vai permitir avaliar as dificuldades de implementação e exploração em larga escala da solução técnica do InovGrid, para assim a ajustar e, posteriormente, avaliar os benefícios reais que será possível obter. João Peças Lopes, director do INESC Porto e coordenador científico do InovGrid, afirma que “a adesão dos consumidores aos conceitos que se estão a introduzir deve ser uma das preocupações do projecto”. Para isso, “a EDP instalou também em Évora uma loja para explicar e promover o ‘produto’ junto do consumidor final. Assim, os consumidores ficam a saber como podem tirar partido das “funcionalidades que passam a estar disponíveis, pelo que é necessário realizar um conjunto de acções didácticas junto do público”, esclarece. "Só através de uma promoção e acompanhamento junto das pessoas que vão utilizar o produto no dia-a-dia será possível avaliar com suficiente extensão os benefícios globais, quer para o operador de rede, quer para os próprios clientes”, remata o também docente universitário.

Destaque 2

Benefícios económicos e ambientais

E que vantagens traz um projecto desta envergadura? De acordo com o director do INESC Porto, são de “várias índoles”. Em primeiro lugar, serão evidentes “os benefícios económicos para os operadores e comercializadores, os quais resultam de uma maior eficiência na exploração das redes eléctricas e na redução de custos das actividades de gestão comercial da venda de electricidade”. Depois, virão os “mais-valias económicas para os consumidores, dada possibilidade de redução da factura de energia eléctrica, por poderem gerir os seus consumos de forma mais eficiente”. Por fim, ficarão patentes “ganhos económicos globais,  graças ao potencial de criação de emprego e riqueza a nível nacional em resultado da industrialização e da possibilidade de exportação de soluções tecnológicas de alto valor acrescentado”, explica.

Acrescem ainda os benefícios indirectos, que resultam de "um acréscimo na capacidade para explorar até ao limite as fontes de energia renovável que estão geograficamente distribuídas”, bem como do "aumento da eficiência dos consumidores nos consumos energético". Este sistema vai contribuir, deste modo, para reduzir a dependência energética externa e para reduzir o volume de emissões de CO2 na produção de electricidade a partir de combustíveis fósseis”, acrescenta João Peças Lopes.

João Peças Lopes

Modelo de referência resulta totalmente de I&D INESC Porto

Com parceiros como a EDP (líder do projecto), Efacec, Janz e Logica, a Unidade de Sistemas de Energia (USE) do INESC Porto, enquanto responsável científica do consórcio InovGrid, teve a importante tarefa de definir o modelo de referência para o projecto. De acordo com João Peças Lopes, “esta solução não é apenas uma extensão dos conceitos de telecontagem para Baixa Tensão, tendo mesmo características muito inovadoras que envolvem a capacidade de gestão activa e integrada de redes com microprodução e a gestão activa do consumo”, esclarece. E a definição destas funcionalidades “resulta de muito trabalho de investigação realizado anteriormente” e que o INESC Porto transportou “para as especificações funcionais e técnicas do InovGrid”, acrescenta.

Tomando como base o conhecimento adquirido nos últimos seis anos em projectos Europeus dos 5º e 6º Programas-Quadro, nomeadamente os projectos MicroGrids e More Microgrids, o INESC Porto foi capaz de desenvolver um modelo pioneiro a nível europeu e, com esta nova fase de implementação, irá conseguir “perceber as dificuldades de implementação destas soluções”. Ao mesmo tempo, vão ser adquiridas capacidades para a instituição se envolver “em outros projectos complementares, como os da gestão técnica das redes de distribuição de electricidade em cenários que envolvem a introdução da mobilidade eléctrica”, explica João Peças Lopes.

Destaque 3

Um conceito a exportar

A serem positivos, os resultados da instalação deste piloto permitirão avançar para uma implementação massificada num curto horizonte temporal. De facto, como explica o director do INESC Porto, “espera-se que as soluções que estão agora a ser testadas permitam validar o Business Case, conduzindo depois à discussão dos resultados com o Regulador para que a extensão do conceito possa ser considerada nos próximos períodos regulatórios, levando a que, no limite, este sistema se generalize a todos os consumidores de Baixa Tensão, já numa visão de mercado aberto, num horizonte de 10 anos”.

Questionado sobre a possibilidade de exportação do sistema para outros países, João Peças Lopes responde peremptoriamente: “Claro que sim. Naturalmente que esses projectos são da responsabilidade dos parceiros industriais do projecto InovGrid, mas diria que é expectável que se pretenda exportar para Espanha e Brasil, mercados onde a própria EDP tem actividade de distribuição de electricidade”, adianta. Com este projecto revolucionário, o INESC Porto mostra mais uma vez estar na vanguarda no que diz respeito a I&D e prestação de serviços na área da Energia, estando preparado para os novos desafios nesta área, procurando sempre primar pela inovação no desenvolvimento de soluções tecnológicas.