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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da PHC, pela voz de Paulo Costa.

Fora de Série

"No INESC Porto sinto essa responsabilidade dado que é uma instituição de I&D de referência a nível nacional e internacional, em especial a USE pela importância dos diversos projectos em que se encontra envolvida e pela dimensão das empresas que confiam recorrentemente na capacidade técnica da Unidade", Ricardo Rei

A Vós a Razão

"(...) como cientistas temos a responsabilidade de, pelo menos, tentar ajudar a ciência como um todo a evoluir melhor e mais rapidamente", Luís Torgo

Asneira Livre

"Na USE, também podem ser ouvidas, em simultâneo, conversas com um dialecto bastante estranho que, na realidade parece russo! Palavras como “Dobro jutro” e “Kako si” são regularmente ouvidas", Bernardo Silva

Galeria do Insólito

Saiba como conseguir projectos, mesmo sendo expulso da reunião. Foi o que aconteceu a um dos nossos investigadores...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Comemoração dos 25 anos do INESC Porto – Especial UOSE

INESC PORTO: "UM DESAFIO QUE SE RENOVOU EM CADA ANO"

Especial 1

“Neste quarto de século o INESC no Porto foi um desafio que se renovou em cada ano, com grande impacto em todos os que passaram pela instituição, mas também com impacto na sociedade”. É assim que Paulo Marques e Ireneu Dias, responsáveis pela coordenação da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE), vêem estes últimos 25 anos. O INESC Porto está ancorado numa ideia que é tão válida agora como o era em 1985: proporcionar uma estrutura organizada e operacional que possibilite, em articulação com as instituições do Ensino Superior e, em particular, com a Universidade do Porto, optimizar condições de investigação e desenvolvimento tecnológicos na perspectiva da valorização económica do conhecimento. É uma ideia importante, que permite fomentar actividade de elevado valor acrescentado, criar riqueza e bem-estar social. A sua concretização “exigiu, exige e vai continuar a exigir muito a todos os que participam no processo, desde os mais experientes até aos mais novos, seja nos Serviços ou nas Unidades, mas ao mesmo tempo constitui um projecto muito mobilizador”, acrescentam. A coordenação da UOSE acredita, por isso, que “o balanço é francamente positivo e mobilizador para os próximos 25 anos”.

Quanto ao balanço da UOSE em particular, José Luís Santos, investigador da UOSE e coordenador da Unidade até 2009, mostra-se “convicto de que foi [um balanço] muito positivo, especialmente porque permitiu obter massa crítica na Unidade como um todo, mas também em certas áreas”. José Luís Santos acrescenta que “nunca a UOSE esteve tão bem, considerando os quadros qualificados de que dispõe, o que lhe possibilita entrar em projectos de grande exigência com um risco mais aceitável e certamente que esta maior capacidade significa mais exigência”

Especial 2

Tudo começou nos anos 80

A história da UOSE está intrinsecamente ligada à fundação do INESC no Porto em 1985, na altura com outro nome: INESC Norte. Tudo começou no início dos anos oitenta, altura em que a área das comunicações por fibra óptica estava efervescente. Em 1984, surgiram as condições para se estabelecer no Porto uma actividade consolidada e devidamente financiada pelo Governo, através de Operadores de Telecomunicações na área das comunicações ópticas, tendo por base o projecto Sistemas Integrados por Fibra Óptica (SIFO). Os trabalhos realizados no âmbito desse projecto estruturaram muita da actividade das actuais UOSE e Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM) do INESC Porto.

Um outro marco importante, destacado pelos coordenador e coordenador adjunto da UOSE: Paulo Marques e Ireneu Dias, respectivamente, aconteceu em 1992 com o lançamento de um programa governamental para o financiamento de infra-estruturas de I&D (Programas Ciência e PEDIP). No INESC Porto, estes programas foram essenciais para o estabelecimento de uma infra-estrutura moderna em Optoelectrónica, que possibilitou actividade de I&D em condições favoráveis, não só nas áreas associadas directa ou indirectamente ao projecto SIFO, comunicações ópticas e sensores em fibra óptica, mas também em micro-fabricação e em lasers.

Especial 3

Como consequência, surgiam posteriormente colaborações internacionais importantes, com impacto ao nível da participação em projectos europeus que resultaram num crescimento significativo do número de elementos do Grupo de Optoelectrónica e Centro de Optoelectrónica, as duas componentes de uma estrutura organizativa que enquadrava a actividade em Optoelectrónica no INESC Porto e que deu, mais tarde, origem à UOSE. Por esta altura, foram criadas condições técnicas e de conhecimento para o fabrico local de redes de Bragg. Poucos grupos no contexto internacional tinham as condições necessárias para o fabrico destes dispositivos em fibra óptica, o que abriu portas para parcerias em condições privilegiadas.

Uma infra-estrutura tecnológica tem sempre associados custos de funcionamento e manutenção significativos, o que trouxe, segundo os coordenadores, “problemas complexos de operação, até mesmo de sobrevivência da unidade”. Contudo, “a visão estratégica da Direcção do INESC Porto (DIP), assim como factores externos como a visita do Presidente Jorge Sampaio (Março de 1996) e a primeira avaliação externa (Novembro de 1996), possibilitaram a manutenção da actividade da unidade até ao presente, com a expansão das suas zonas de Investigação e Desenvolvimento (I&D): imagem interferométrica, fotovoltaicos e micro-fabricação”, acrescentam Paulo Marques e Ireneu Dias. Ao longo dos anos, a actividade da UOSE teve sempre em consideração a componente de transferência de tecnologia, tendo vindo a desenvolver vários projectos com esse objectivo, sendo o exemplo mais significativo o que deu origem à FiberSensing.

Especial 4

Os três principais projectos

Quando inquiridos sobre os projectos que mais contribuíram para o sucesso e evolução da unidade, Paulo Marques e Ireneu Dias destacam três: o PLATON, o Proteu e o Memimetria. O projecto PLATON foi um projecto que permitiu o desenvolvimento de filtros “add-drop” para aplicação em comunicações ópticas com multiplexagem de comprimento de onda densa. As tarefas do INESC Porto centraram-se na escrita das redes de Bragg apodizadas utilizando processos interferométricos. Com este projecto foi também demonstrada a possibilidade de escrita das diversas partes de um dispositivo utilizando simplesmente processo de escrita directa a laser. Este foi um projecto europeu que culminou na fabricação de diversos protótipos testados nas redes de comunicação ópticas experimentais da Alcatel-Lucent, da Alemanha.

O projecto Proteu teve, em termos de financiamento e parcerias, uma dimensão que projectou a UOSE na área ambiental, prenunciando a uma nova linha de actividade. Foi o primeiro a ter um pequeno sistema de informação acessível pela Web, com controlo de acessos, que passou a ser standard nos projectos de sensores para a monitorização de estruturas. O projecto continua a produzir resultados que estão a ser utilizados pelos parceiros. O projecto Memimetria é um projecto de transferência de tecnologia e está actualmente em curso. Tem um elevado conteúdo de inovação tecnológica e uma PME nacional como parceira. Assume-se, do ponto de vista da coordenação da UOSE, como um exemplo de projecto inovador, com origem no mercado e cujo sucesso potenciará uma intervenção relevante neste segmento.

Especial 5

As perspectivas para o futuro

Quanto ao futuro da unidade, Ireneu Dias afirma que a UOSE “terá de se afirmar inequivocamente em dois planos: excelência científica e valorização económica de I&D”. O primeiro é, segundo o coordenador da unidade, “condição do segundo e, por sua vez, este é potenciador do primeiro numa perspectiva de sustentabilidade”. O balanço entre estas diferentes vertentes permite o desenvolvimento sustentado a longo prazo, e esse é precisamente o desafio num cenário macroeconómico nada favorável. “A ambição maior da Unidade é ser um grupo de Investigação, Desenvolvimento e Inovação, que consiga atrair os recursos humanos qualificados que permitam a qualificação da UOSE como sendo de referência a nível mundial e que, para além disso, contribua para a formação de jovens altamente qualificados e motivados, tal como tem acontecido até agora” acrescenta Paulo Marques.

Nas palavras de José Luís Santos, “instituições como o INESC Porto são essenciais na reconversão da economia nacional, que tem que ser baseada na inovação e na qualidade”. O investigador considera “que os jovens que saem hoje da Universidade estão muito melhor preparados para enfrentar estes desafios do que acontecia no meu tempo e as áreas de intervenção do INESC Porto oferecem as condições necessárias e privilegiadas para polarizar a criatividade e dinamismo presente em muitos desses jovens”. José Luís Santos acrescenta que “mais do que nunca, a actividade destas instituições é essencial para podermos encarar melhor os grandes desafios da nova conjuntura”.

Choradinho da Memória

1

Há coisas que nunca mudam...

2

Desde sempre, um grande convívio!

3

Que belo trabalho de equipa!

4

No início foi assim...