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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da PHC, pela voz de Paulo Costa.

Fora de Série

"No INESC Porto sinto essa responsabilidade dado que é uma instituição de I&D de referência a nível nacional e internacional, em especial a USE pela importância dos diversos projectos em que se encontra envolvida e pela dimensão das empresas que confiam recorrentemente na capacidade técnica da Unidade", Ricardo Rei

A Vós a Razão

"(...) como cientistas temos a responsabilidade de, pelo menos, tentar ajudar a ciência como um todo a evoluir melhor e mais rapidamente", Luís Torgo

Asneira Livre

"Na USE, também podem ser ouvidas, em simultâneo, conversas com um dialecto bastante estranho que, na realidade parece russo! Palavras como “Dobro jutro” e “Kako si” são regularmente ouvidas", Bernardo Silva

Galeria do Insólito

Saiba como conseguir projectos, mesmo sendo expulso da reunião. Foi o que aconteceu a um dos nossos investigadores...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua actividade. A escolha final é da responsabilidade da Redacção do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...

Ricardo Rei (USE) 

Fora de Série 1

1. O que significa para si ter sido distinguido pelo coordenador da USE como “Fora de Série” do mês de Abril?

Para mim é um acréscimo de responsabilidade e uma honra. Significa também que fui apoiado pelos meus colegas da USE, dado que estou há relativamente pouco tempo no INESC Porto.

2. Há quanto tempo integra o INESC Porto e qual a sua ligação à instituição?

Sou bolseiro de investigação na USE desde o dia 21 de Setembro de 2009.

3. Como surgiu a oportunidade de trabalhar no INESC Porto?

Tomei conhecimento da abertura de uma bolsa de investigação na área dos veículos eléctricos. Por ser uma área interessante e que actualmente se encontra em expansão, enviei o meu CV, fui a uma entrevista com o professor Peças Lopes e felizmente fiquei.

4. Gosta de trabalhar na USE? Como descreveria o ambiente de trabalho na Unidade?

Gosto de trabalhar na USE, sem dúvida. Para este sentimento em muito contribui, de facto, o bom ambiente na Unidade, na qual o trabalho de rigor e excelência é pautado pela entreajuda, havendo sempre espaço para momentos de descontração. Julgo que por isso me integrei com relativa facilidade e, para tal, contribuíram todas as pessoas com quem convivo mais regularmente. Sem excluir ninguém, tenho de destacar a Rute Ferreira e a Paula Castro, que me ajudaram assim que cheguei.

Fora de Série 2

5. Sente o peso da responsabilidade pelo facto de estar ligado a uma Unidade com o prestígio (interno e externo) da USE?

Em qualquer experiência de trabalho, por pequena que seja a empresa, é possível encontrar sempre desafios e o peso da responsabilidade existe, assumindo formas diferentes e estimulando o trabalho. No INESC Porto sinto bastante essa responsabilidade dado que é uma instituição de I&D de referência a nível nacional e internacional, em especial a USE, pela importância dos diversos projectos em que se encontra envolvida e pela dimensão das empresas que confiam recorrentemente na capacidade técnica da Unidade.

6. O seu sonho passa por seguir uma carreira académica ou pretende tentar uma experiência profissional na indústria?

Durante o meu ainda curto percurso profissional, tive oportunidade de trabalhar em três empresas com culturas e dimensões muito distintas, cada qual com as suas virtudes. Na área da investigação trabalhei no INOV – INESC Inovação e foi uma experiência muito enriquecedora a todos os níveis. Provavelmente, o ideal seria conciliar as duas coisas, o que, reconhecidamente, é difícil. Honestamente, o sonho talvez passe algum dia por desenvolver e concretizar um projecto próprio.

7. Que conselhos daria a um investigador em início de carreira?

Como se costuma dizer, se conselhos fossem uma coisa boa, as pessoas não os davam… vendiam! Não tenho conselhos, mas julgo que cheguei a algumas conclusões pessoais, que no sentido da pergunta se podem ou não aplicar com maior ou menor generalidade. Para mim, em primeiro lugar, é essencial ter gosto na área de investigação; depois é necessária resistência à frustração e disciplina quando os resultados teimam em não aparecer; ter algum medo de falhar (ou o seu oposto) contribui para desenvolver um esforço contínuo e, por fim, é importante por vezes tentar resolver os problemas com abordagens não convencionais e criativas.

Fora de Série 3

8. O Ricardo Rei foi eleito colaborador “Fora de Série” de Abril no âmbito da sua colaboração nos projectos MERGE, GreenIsland e REIVE. Pode dizer-nos a importância estratégica que estes projectos  assumem no contexto da USE e do INESC Porto em geral?

Os projectos GreenIsland, Reive e Merge têm como vector comum a futura implantação de veículos eléctricos em grande escala, sendo esta uma área de vanguarda em I&D, no que respeita nomeadamente à forma como esses veículos vão interagir com a rede eléctrica. O GreenIsland, a ser desenvolvido no âmbito do MIT|Portugal, atravessa diversas áreas de conhecimento e envolve várias instituições de investigação, tendo como área geográfica de aplicação algumas das ilhas dos Açores, sendo esta mesma insularidade factor de especificidade de problemas e soluções. O REIVE envolve múltiplos parceiros, apostando na integração dos conceitos de mobilidade eléctrica e redes inteligentes em território nacional, possibilitando futuramente a instalação de um laboratório no INESC Porto, no qual poderão ser testados diversos conceitos desenvolvidos pela USE na área das microredes e dos veículos eléctricos.

O INESC Porto, por intermédio da USE, é ainda o líder científico do Merge, que envolve múltiplos parceiros da indústria e I&D europeus, sendo este o maior projecto do 7º Programa-Quadro de financiamento da UE. A ordem pela qual mencionei os projectos foi no sentido de uma menor para uma maior área geográfica de aplicação, número de parceiros envolvidos e volume global de financiamento, concorrendo estes factores, pela sua dimensão e impacto mediático conexo, para sua a importância estratégica no contexto da USE e do INESC Porto. A complementaridade e especificidade dos projectos concorrem também, de forma estruturada, para o alargamento e consolidação do conhecimento da USE nesta área.

Fora de Série 4

9. Quais foram os maiores desafios destes projectos?

Os três projectos encontram-se ainda em desenvolvimento, estando o GreenIsland numa fase mais avançada, pelo que alguns dos principais desafios serão enfrentados proximamente. A meta global será mostrar que a integração massiva de veículos eléctricos pode constituir, não uma ameaça para as redes eléctricas, mas uma oportunidade. Será possível integrar mais energia renovável e auxiliar a própria gestão e exploração da rede, particularmente em situações anómalas, mediante a adequada gestão da carga e descarga das baterias dos carros eléctricos. Estando desenvolvidos esses conceitos base, um dos desafios foi dotar os carregadores das baterias dos veículos eléctricos com as funcionalidades de controlo necessárias.

10. Terminaremos este breve questionário pedindo que comente a sua nomeação, feita por Manuel Matos, coordenador da USE.

O Ricardo Rei desenvolveu nos últimos meses intenso trabalho de grande qualidade, desenvolvendo inversores bidireccionais inteligentes que permitem a ligação à rede de baterias de veículos eléctricos para diferentes modos de operação, incluindo a participação na especificação da integração dos sistemas de contagem de electricidade destes novos consumidores no âmbito de solução de SmartMetering. Estas actividades foram desenvolvidas no âmbito dos projectos MERGE, GreenIsland e REIVE. O Ricardo Rei mostrou, nestas tarefas, uma grande autonomia e dedicação, em intensidade e tempo de trabalho, obtendo resultados com grande utilidade para os projectos onde está envolvido. Adicionalmente no mês de Abril teve grande envolvimento na preparação, no âmbito do projecto REIVE, da visita do Fundo de Inovação e do Secretário de Estado da Energia e Inovação.

De acordo com aquele que é o espírito destas nomeações, julgo que se enquadra no reconhecimento de um esforço adicional em resposta a um volume acrescido de trabalho neste período de tempo. Mas, para além de qualquer comentário, é mais importante expressar-lhe o meu agradecimento.