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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Shortcut, pela voz de Valter Henriques.

Fora de Série

"A dedicação e o esforço são sempre necessários para o sucesso, mas o fundamental não é nenhum segredo, é apenas o enorme gosto com que desenvolvo o meu trabalho.", Luís Fernandes

A Vós a Razão

"Gostaria de firmar laços mais estreitos entre o INESC Porto, em especial a UESP, e a UTFPR. Levo esta tarefa na bagagem, quero aprender mais desta estrutura. Afinal, «minha vida é a maior empresa do mundo», segundo Pessoa, e «posso evitar que ela vá a falência»", Faimara Strauhs

Asneira Livre

"A pergunta é: porque não tem essa combinação perfeita (francesinha e Super Bock) no Brasil?", António Júnior

Galeria do Insólito

"Pois é. Parece que a gastronomia portuguesa está por todo o lado e que o desejo de experimentar comidas chinesa e americana ficou mesmo em águas do fiel amigo."

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua actividade. A escolha final é da responsabilidade da Redacção do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...

Luís Fernandes

1. Qual é a sensação de ser nomeado “Fora de Série” pelo Coordenador da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE) antes mesmo de terminar a sua tese de doutoramento?

É sem dúvida uma honra, mas também uma grande responsabilidade para continuar a trabalhar ao nível que me fez merecer esta distinção. Da Direcção da UOSE, todos fizeram parte da minha formação como físico. Portanto, a opinião que têm do meu trabalho é muito importante para mim.

2. Há quanto tempo está ligado ao INESC Porto e como surge a oportunidade de trabalhar nesta instituição?

Em 2006, mesmo antes de terminar o curso de Física Aplicada na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), o professor José Luís Santos, na altura meu professor de Comunicações Ópticas, sabendo do meu interesse pela investigação científica em Óptica, sugeriu que me candidatasse a uma Bolsa de Investigação na UOSE. Nessa altura já trabalhava no meu projecto final de curso com o Prof. Paulo Marques, projecto este feito também no âmbito da investigação desenvolvida no INESC Porto.

Luís Fernandes

3. De que forma o trabalho de investigação que desenvolve no âmbito da UOSE/INESC Porto contribui para enriquecer a sua prestação enquanto aluno de doutoramento?

Todo o meu trabalho de doutoramento está relacionado com a investigação desenvolvida na UOSE, onde o ambiente criado e as várias parcerias internacionais do grupo permitem a criação de óptimas oportunidades para desenvolver um projecto de doutoramento.

4. Qual foi o primeiro desafio que o fez “suar” na UOSE/INESC Porto?

Sem dúvida nenhuma a minha participação no projecto COST 299. Através de um projecto desenvolvido com o IPHT de Jena, na Alemanha, fui numa “Short Mission” de I&D, fazendo já parte do meu doutoramento. Foram duas semanas muito intensas de trabalho em laboratório que terminaram da melhor maneira, com resultados apresentados internacionalmente, com um artigo publicado no IEEE Photonics Technology Letters, e com críticas muito positivas por parte dos parceiros do INESC no COST 299.

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5. Como é a experiência de desenvolver o seu programa de doutoramento em duas universidades em simultâneo? Quais são as principais diferenças entre a cultura académica da Universidade do Porto e da Universidade de Toronto?

Acima de tudo é uma experiência gratificante ter o privilégio de trabalhar com dois grupos de países diferentes.
O trabalho em conjunto com as duas instituições dá-me a oportunidade de explorar os pontos fortes de ambos os grupos, o que tem sido bastante positivo para o meu doutoramento.
A qualidade e as condições oferecidas pela Universidade de Toronto são uma excelente base para desenvolver um bom trabalho, e o desenvolvimento de dispositivos ópticos integrados, por escrita directa, feito nos laboratórios de Toronto é reconhecimento internacionalmente. Isto permitiu-me contactar com vários dos mais importantes cientistas nesta área.
Estando deste lado do oceano, é também mais fácil participar nas grandes conferências científicas que aqui se realizam, como a CLEO e a Photonics West.
Pessoalmente, é fascinante a diversidade cultural da cidade de Toronto. E que depois se revê no meu ambiente de trabalho. Tem sido muito interessante trabalhar com pessoas de diversos pontos do mundo, de diferentes backgrounds e observar que tudo isso se torna imperceptível quando se reúnem empenhos e desempenhos para obter melhores resultados.

6. O seu sonho passa por seguir uma carreira académica ou pretende tentar uma experiência profissional na indústria?

Esse é um tema sobre o qual já reflecti bastante e continuo, no entanto, sem saber a resposta. 
Ambas as hipóteses são aliciantes. No final das contas, o importante será poder fazer aquilo que realmente gosto, que é investigação.

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7. Que conselhos daria a um investigador em início de carreira?

Estando eu também em início de carreira, se calhar estou no ponto em que ainda estou mais apto a receber conselhos do que propriamente a dá-los.

8. Que significado tem a atribuição do prémio “Student award of Lamom XV” para o Luís?

Foi muito bom saber que a minha apresentação tinha causado tão boa impressão junto dos responsáveis da conferência. Ter recebido o prémio, depois de todo o esforço despendido no trabalho, é bastante estimulante para continuar a desenvolver os vários projectos ao nível demonstrado na conferência, ou ainda melhor.

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9. Qual é o “segredo” para os bons resultados que tem alcançado em termos de publicações científicas e conferências internacionais?

A dedicação e o esforço são sempre necessários para o sucesso, mas o fundamental não é nenhum segredo, é apenas o enorme gosto com que desenvolvo o meu trabalho. Os dias passados no laboratório passam a correr porque o que estou a fazer, mais do que um trabalho, é um prazer.
A excitação de todas as vezes que surgem resultados positivos ou que se descobre algo novo é suficiente. É, por isso, uma satisfação muito grande acordar todos os dias para fazer o que se gosta e ainda ter o prazer de ver o trabalho reconhecido.

10. Terminaremos este breve questionário, pedindo que comente a seguinte citação de Paulo Marques, coordenador do UOSE, que o nomeou para esta distinção.

"O Luís Fernandes é aluno de doutoramento do Departamento de Física da UP e é investigador da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE). O seu programa de doutoramento está relacionado com a produção de dispositivos em óptica integrada por escrita directa com lasers pulsados em regime femtosegundo. O Luís desenvolve o seu programa de doutoramento em parceria com a Universidade de Toronto, Canadá, sendo supervisionado pelos Profs. Paulo Marques, Prof. Stewart Aitchison e Prof. Peter Herman.
Durante os últimos meses os resultados obtidos pelo Luís têm sido excelentes, como demonstra o artigo publicado na IEEE Photonics Technology Letters e as cinco apresentações orais em conferências internacionais de prestígio (Photonics North, Frontiers of Optics e Photonics West). Nesta última, que decorreu no passado mês de Janeiro, o Luís Fernandes foi distinguido com o “Student award of Lamom XV”, que premeia as melhores apresentações orais efectuadas por alunos, tendo recebido um prémio pecuniário de $400.
Pelo conjunto dos resultados deste último ano, que culminaram
 na atribuição do prémio acima descrito, a UOSE propõe o Luís Fernandes para “Fora de Série” de Janeiro de 2010".


É um orgulho enorme ter sido nomeado para “Fora de Série” pela direcção da UOSE. Todo o trabalho que tenho realizado, tanto no Porto como em Toronto, tem sido extremamente estimulante e tenho aprendido bastante ao trabalhar com o Prof. Stewart Aitchison e com o Prof. Peter Herman. Para este sucesso, como é óbvio, contribuiu a minha formação académica da FCUP em Física Aplicada e também tudo que aprendi desde que comecei a trabalhar na UOSE.
Tenho a agradecer à direcção, e especialmente ao Prof. Paulo Marques, pela confiança que depositaram em mim desde o princípio, e por todas as oportunidades que tive para demonstrar as minhas capacidades.