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"Se estamos aqui é apenas porque pertencemos a uma linhagem de vencedores. Todos nós somos o fruto da vitória dos nossos antepassados. A continuação da vida.", Ricardo Jafe (UESP)

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Pontes

Por Ricardo Jafe*

“Men build too many walls and not enough bridges. “
Newton

A 11 de novembro de 1958, Dominique Pire citava Newton como o texto introdutório para o seu discurso de laureado de Nobel. Realmente, naquele tempo, a frase parecia ter todo o sentido: mesmo a meio da Guerra Fria, com o fantasma da 2ª Guerra Mundial ainda presente na mente de todos. Era óbvio que urgiam homens que procurassem o caminho do entendimento e não o da discórdia.

No entanto, comecei esta minha divagação com uma brincadeira. Que apenas agora revelo. O Newton que foi citado não foi o Newton que vós, caros leitores do BIP, estais a pensar, mas outro: Joseph Fort Newton. Um homem da igreja, tal como Pire.

Refiro aqui este pedaço de sabedoria por me ter dito algo que considero digno de partilha. Realmente hoje em dia é demasiado fácil criar desentendimentos, mal entendidos ou pré-conceitos. É apenas natural que, habituados a pensar dentro da nossa ‘caixa’ (por imposição da sociedade, não por teimosia) deixemos de esperar por “zebras” e assim, sempre que ouvimos um cavalgar, assumimos que vem aí um cavalo.

Neste sentido vejo o INESC TEC como uma exceção à regra, uma “zebra”. Pela minha experiência de mais de um ano cá dentro, percebo que aqui sim constroem-se pontes. O cimento dessas pontes constituído pela criatividade e elasticidade dos bolseiros, unido pela cola firme dos colaboradores mais experientes e pelo pilar fundamental e transversal a todo o Instituto: a Ciência. Essa cara sem face que nos apoia em cada momento do dia a dia e que permite que quando alguém nasce neste mundo não nasça sozinho. Nascemos com o conhecimento de todos os génios que alguma vez existiram. “Se vemos mais longe é porque estamos em cima dos ombros de gigantes” (esta sim, de Sir Isaac Newton).

De facto, se estamos aqui é apenas porque pertencemos a uma linhagem de vencedores. Todos nós somos o fruto da vitória dos nossos antepassados. A continuação da vida.

Por isso não vejo sítio melhor para honrar esta herança do que um em que se pratica a arte de melhorar continuamente o conhecimento humano.

Foi com esta ideia em mente que escolhi a área da investigação científica e com o intuito de perceber o que de melhor se faz em Portugal que tentei há quase dois anos atrás a minha entrada para o Instituto. Posso dizer que não estava enganado. Mas isso já vocês perceberam.

Lembro-me do primeiro dia, o da entrevista. Nervoso, tomei a decisão de usar um blazer, coisa que até então guardava para dias de apresentação de trabalhos, casamentos e carnaval. Revelou-se uma ótima decisão pois devido aos nervos e ao poderoso Sol que se fazia sentir, consegui chegar à sala da entrevista com o aspeto de quem tinha acabado de sair de uma piscina olímpica. O que vale é que a camisa era azul e disfarçava (sabem como fica uma camisa azul quando suamos não sabem? Não disfarça coisa nenhuma…).

A entrevista lá aconteceu, momento em que tive o meu primeiro contacto com o Rui Rebelo e o Pedro Ribeiro. Devo dizer que gostei bastante do que falamos e a minha primeira impressão de ambos foi muito positiva. Passado este tempo todo não restam dúvidas, são excelentes colegas de trabalho e pessoas com as quais se aprende bastante, nas mais variadas áreas, à semelhança da generalidade de colaboradores da unidade UESP, carinhosamente apelidada pelo Rui numa reunião interna como a “Dream Team”.

Desde então, passei por definições de ontologias, implementação de ambientes gráficos em java, simulações 2D/3D, protocolos de portas de série, web services, integração de processos empresariais e outros que tais.

Não esperava ter aprendido metade do que já aprendi neste tempo em que sou colaborador. É quase inevitável pretender um lugar mais permanente nesta Instituição do que o de Bolseiro, pois é raro fazer-se o que se gosta num ambiente tão familiar e ao mesmo tempo propenso à aprendizagem como o INESC TEC.

Aproveitando a deixa, e porque não vos quero maçar mais com os meus devaneios de jovem, termino da forma que comecei, com uma citação que é também o meu voto para o futuro desta nobre Instituição.

“Que nunca caiam as pontes entre nós”
Pedro Abrunhosa

Um abraço e uma Boa Semana!

*Colaborador na Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP)