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Volkswagen Autoeuropa recorre a tecnologia do INESC TEC para aumentar produtividade

PROJETO VIRTUAL FACTORY FRAMEWORK MELHORA PROCESSOS FABRIS NA INDÚSTRIA EUROPEIA

A tecnologia desenvolvida pela Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP) do INESC TEC no âmbito do projeto Virtual Factory Framework vai permitir às empresas melhorar os seus processos internos, através de ferramentas capazes de avaliar o comportamento complexo e dinâmico de uma fábrica. A portuguesa Volkswagen Autoeuropa vai ser a primeira fábrica a aplicar a tecnologia para a qual INESC TEC contribuiu ativamente, comprovando mais uma vez a capacidade do Laboratório Associado de fazer investigação direcionada para a indústria e com impacto na competitividade nacional.

UESP desenvolve tecnologia para monitorização de processos industriais

Os sistemas de produção são cada vez mais complexos. Hoje em dia uma planta fabril deve ser capaz de produzir vários e diferentes tipos de produtos. Foi com o intuito de satisfazer estas exigências que começou a ganhar forma, em 2009, o projeto europeu Virtual Factory Framework (VFF).

O projeto desenvolveu uma nova plataforma cujo principal objetivo é garantir a interoperabilidade entre diversas ferramentas específicas para cada ciclo de vida de uma fábrica de modo a rentabilizar a produção e garantir a competitividade. Através do conceito VFF é possível integrar software dedicado à modelização 3D com ferramentas de simulação e/ou uma ferramenta de medição de performance.

Destaque 1   Destaque 2

A tecnologia VFF permite planear, ver e simular virtualmente o ambiente de uma unidade fabril, atingindo o conceito de fábrica virtual. Esta torna-se assim uma ferramenta extremamente útil para os stakeholders na tomada de decisões, uma vez que conseguem gerir e planear os processos industriais em tempo real, e com uma maior quantidade de informação.

INESC TEC foi um dos parceiros mais ativos do projeto
O projeto é europeu e reúne 28 parceiros, entre os quais o INESC TEC que assumiu desde o início uma posição dominante, estando envolvido na execução de seis dos oito workpackages (espécie de sub-tarefas) previstos e liderando um deles. “Fomos o terceiro parceiro com mais esforço afeto ao projeto”, resume António Almeida, investigador da UESP envolvido desde o início no VFF, liderado no INESC TEC por Américo Azevedo. Da equipa do INESC TEC neste projeto, fazem também parte os investigadores da UESP Álvaro Caldas, João Bastos, Roberto da Piedade, António Correia Alves e Filipa Ramalho.

Entre várias tarefas, o INESC TEC foi responsável pela implementação de I&D na área de Gestão de Perfomance. O motor de medição de performance (Performance Measurement Engine) e o modelo de dados foram dois dos principais resultados do projeto, que originou também o desenvolvimento de um novo conceito e abordagem denominado/a “factory templates”. “Esta abordagem inovadora permite que uma empresa consiga planear e gerir os seus processos industriais e de negócio, durante todo o ciclo de vida da fábrica, de uma forma automatizada e em tempo real”, explica Filipa Ramalho.

Destaque 3   Volkswagen 3

Com o final do projeto e os resultados obtidos espera-se que as empresas sejam capazes de calcular automaticamente os principais indicadores (KPIs), o que irá resultar numa diminuição drástica do custo associado ao cálculo, hoje em dia feito de forma manual. As empresas vão também conseguir identificar qual a causa do mau desempenho da fábrica, bem como obter mais indicadores que permitam medir desempenho da fábrica.

Volkswagen Autoeuropa vai recorrer à tecnologia para aumentar a produtividade
O know how da UESP revelou-se fundamental para apoiar as empresas portuguesas na melhoria da sua eficácia e eficiência, com a adoção de ferramentas e metodologias. Enquanto parceira industrial, a Volkswagen Autoeuropa vai ser a primeira a usufruir da tecnologia já a partir do próximo mês de maio.

Prevê-se que a plataforma ofereça melhorias significativas ao nível dos processos de gestão e avaliação de desempenho da produção da fábrica de Palmela. Transita-se de um processo manual e moroso, em que milhares de dados são registados e analisados, diariamente, pela equipa de trabalho, para uma tecnologia que recolhe, compila e calcula esses mesmos dados de forma automática e em tempo real. Ganham-se horas de trabalho e disponibilidade de recursos para outras tarefas, ao mesmo tempo que se diminui a margem de erro, uma vez que todo o processo é automatizado.

Volkswagen 1   Volkswagen 2

“A Volkswagen Autoeuropa não só vai poder medir o nível de produtividade a qualquer momento, como também vai conseguir identificar os pontos da cadeia de produção que os influenciam diretamente. Tal acontece porque esta tecnologia consegue isolar cada variável que influencia o número de horas necessárias para produzir cada carro”, assegura o investigador Américo Azevedo.

O testemunho da empresa de Palmela é também bastante positivo. "A parceria com o INESC TEC foi muito enriquecedora para a Volkswagen AutoEuropa, permitindo a partilha de know how prático e teórico", afirma Margarida Pereira, diretora da Área de Engenharia Industrial e Gestão Otimizada da empresa. "Destacamos o forte empenho e profissionalismo da equipa do INESCTEC que nos acompanhou neste projeto”, acrescenta a diretora.

A parceria com esta produtora de automóveis vai continuar. O impacto da tecnologia foi tal que a empresa já identificou outras áreas em que o apoio do INESC TEC poderá vir a ser útil. A Volkswagen Autoeuropa está neste momento a negociar um novo projeto com o instituto português, que funcionará como uma extensão do projeto VFF, onde o principal objetivo é garantir que a ferramenta possa ser usada com elevado nível de confiança nos processos de gestão. Prevê-se que a primeira fase deste projeto termine até ao final do primeiro semestre de 2013.

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Mais um bom exemplo de “casamento” entre investigação e indústria
O VFF é mais um projeto UESP com uma forte componente industrial e empresarial que vem comprovar a importante contribuição do INESC TEC para a modernização da indústria nacional e europeia. Todos os casos de uso e módulos funcionais, conceitos e metodologias desenvolvidos foram testados e validados com um parceiro industrial, neste caso a Volkswagen Autoeuropa.

Além disso, a importância e utilidade da tecnologia para o futuro empresarial e industrial é inequívoca. No balanço que fazem do projeto, Álvaro Caldas e António Almeida não têm dúvidas. “Este foi um projeto pioneiro financiado pela União Europeia, numa área em que esta confirma dar, nos próximos anos, bastante relevância: a área interoperabilidade para as fábricas digitais”, asseveram.

O facto de a UESP ter sido procurada como parceiro de excelência para o desenvolvimento de novos projetos no âmbito das fábricas do futuro constitui outro indicador do mérito do INESC TEC na área Industrial. A capacidade de fazer investigação com e em proveito da indústria, e com resultados imediatos na competitividade nacional, é já um dado adquirido. Prova disso é o rácio de financiamento proveniente destes projetos, que no INESC TEC supera aquele que provém da Fundação para a Ciência e Tecnologia (44 por cento versus 32 por cento de projetos FCT).

Além da Volkswagen Autoeuropa e do INESC TEC, o projeto contou com a participação de mais 26 parceiros, entre os quais se destaca a nível nacional a ATEC (Associação de Formação para a Indústria), e a nível internacional o ITIA (coordenador do projeto), a AUDI, a Alenia, o Fraunhofer, a ETH Zurich, a Tecnalia, o RWTH-WZL. O VFF está inserido no âmbito do 7º Programa-Quadro da União Europeia.

Créditos fotos 4, 5 e 6: Volkswagen Portugal