Offside
30 Anos à Conversa

No ano do trigésimo aniversário do INESC TEC, o BIP foi em busca de histórias da casa, contadas por gente da casa.

Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da ADIRA – Metal-Forming Solutions, SA, pela voz de Tiago Faro.

Fora de Série

"Fico embevecida por constatar que o trabalho que realizo não passa despercebido, o que me dá incentivo para continuar a vir trabalhar com um sorriso na cara e melhorar continuamente o meu desempenho." Joana Dumas (CRACS)

A Vós a Razão

"(...) as duas instituições que me acolhem (INESC TEC e Instituto Politécnico do Porto) comemoram 30 anos em simultâneo. Tem sido por isso um ano cheio de comemorações, reflexões, olhares para o passado e para o futuro." Paula Viana (CTM)

Asneira Livre

"Os humanos são muito bons a estereotipar, principalmente as profissões. Foi a visão do estereótipo da minha que decidi trazer-vos." José Ornelas (CSIG)

Galeria do Insólito

Recentemente, têm chegado à redação do BIP relatos que descrevem perigosos ataques de gaivotas no parque de estacionamento do INESC TEC...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

Novos Doutorados

Venha conhecer os novos doutorados do INESC TEC.

Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC TEC, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

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CARTA ABERTA AO SR. MINISTRO PARA UMA BOA GESTÃO

Sr. Ministro,

Cumpre ao BIP saudá-lo e desejar as melhores venturas na função de tutelar a Ciência que agora assume.

Ser político não se deve insultuosamente confundir com ser meramente “administrativo”, sem que haja desmerecimento de quem, competente e abnegadamente, faz andar os processos e as coisas. E, nesta hora de começo, não faltarão as sugestões: orçamentos, financiamentos, avaliações, ciência vs. transferência, prioridades internacionais, FCT, etc. Mas a política tem o poder, se não a obrigação, de introduzir uma novidade de pensamento, uma ideia, um rasgo, uma visão, ortogonal por cima da administração das coisas.

O que temos para sugerir é o seguinte: que o reforço da ciência em Portugal também passa pelo reforço da competência na gestão de ciência – e a dignificação da função.

Ora a função de gestão de ciência continua por reconhecer com estatuto pleno. Não é verdadeiramente aceite como atividade científica, normal na investigação. Em Portugal, a norma é que só se é investigador, reconhecido, se se participar laboralmente num projeto e publicar uns “papers”. Mas se se assumirem funções de organização do trabalho científico em nível mais elevado, o reconhecimento da importância fulcral dessa atividade, como atividade de ciência, falha. Falha no ECDU, falha nos modelos FCT, falha no modo como as organizações do setor do ensino superior classificam a atividade das pessoas e a reconhecem.

Mas, sem boa gestão de ciência, como pode a ciência portuguesa progredir? Como pode passar de uma atividade pulverizada, fragmentada em pequenos grupos, para grandes iniciativas plurais, multidisciplinares, ambiciosas, transformadoras? Como pode assumir músculo num protagonismo internacional? Sem oficiais generais, somos todos tropa fandanga incoerente. Os generais não disparam tiros, será que não são exército?

V.Exa., na nossa modesta opinião, prestaria um enorme serviço a Portugal se encontrasse a forma equilibrada de reconhecer a gestão de ciência como atividade da ciência, e enquadrar este fator na nossa organização da ciência doméstica.

Aceite o nosso tributo da mais elevada consideração.

O BIP

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Imagem: pormenor de azulejos da Sala das Batalhas do palácio dos Marqueses de Fronteira - batalha do Ameixial, Guerra da Restauração.