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Da ideia à patente

INESC TEC no top 5 de requerentes portugueses no European Patent Office em 2017

A valorização e transferência de tecnologia tem sido um dos eixos prioritários para o INESC TEC nos últimos anos. A criação do Serviço de Apoio ao Licenciamento (SAL) em 2014 foi fulcral para o significativo avanço em curso na proteção da propriedade intelectual gerada no instituto. Em menos de cinco anos, o INESC TEC passou do objetivo ambicioso de melhorar a carteira de tecnologias licenciáveis resultantes da investigação e de disseminar uma cultura de valorização de propriedade intelectual na organização para o top 5 de requerentes portugueses no European Patent Office em 2017. A propósito da notícia que dá conta de que o INESC TEC ficou em 2º lugar ex-aequo com a U.Porto e a Biosurfit, o BIP procurou saber um pouco mais sobre as seis tecnologias que foram alvo de pedidos de patente europeia.

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Um conversor para a área de Energia

O AC-DC Cube é um conversor que promete revolucionar aplicações como a conversão de energia elétrica de corrente contínua (DC) em corrente alternada (AC), a ligação dos sistemas de microgeração (incluindo baterias para habitações) à rede pública e a conversão de eletricidade nos carregadores de baterias de veículos elétricos. O inventor é Luís Miguel Miranda do CPES – Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC.

Este conversor de potência pode ser aplicado na área da energia renovável, como inversor de corrente para painéis fotovoltaicos ou outras fontes de DC ou como interface entre redes de DC e AC de baixa voltagem; ou da mobilidade elétrica, na integração de veículos elétricos na rede em carregadores de baterias de veículos elétricos com fluxo inverso de energia ou em sistemas fixos de carregamento energético. Também na área industrial este conversor pode ser inovador na conversão AC/DC em fontes de alimentação e carregadores de baterias convencionais com isolamento galvânico, nos carregadores de baterias para equipamento industrial, nas fontes de DC de alta tensão para processos industriais ou no fornecimento de DC para equipamento eletrónico.

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Um aparelho vestível para a área da Saúde

O iHandU é um aparelho vestível para avaliação da rigidez do pulso em doentes de Parkinson. Trata-se de uma luva sem fios que está preparada para ser utilizada no bloco operatório. Esta tecnologia médica foi desenvolvida para ajudar os neurocirugiões a encontrar o melhor local para implantarem os elétrodos durante a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda, realizada em doentes de Parkinson quando os medicamentos perdem o efeito ou os sintomas se tornam mais severos. O inventor foi João Paulo Cunha, coordenador do C-BER - Centro de Investigação em Engenharia Biomédica do INESC TEC.

As aplicações do iHandU estendem-se ainda à avaliação clínica de distúrbios de movimento, incluindo doenças neurológicas (como a doença de Parkinson e epilepsia) e musculoesqueléticas (como a artrite reumatoide); ou pelo apoio à reabilitação de movimento, nomeadamente de base ambulatória. Esta tecnologia pode ainda ser aplicada aos aparelhos de controlo de gestos, à biomecânica do desporto ou à saúde e segurança ocupacional.

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Uma tecnologia para avaliação de semelhança cromática

O CoSi é um software para avaliação de semelhança cromática percetual. Considerando-se que as diferenças entre cores têm grande importância em várias aplicações, como por exemplo na avaliação da corrosão de materiais ou no controlo de qualidade de biomateriais cerâmicos, foi criada a tecnologia CoSi que consegue comparar rapidamente quão semelhantes duas cores são, de acordo com o standard internacional CIEDE2000.

A tecnologia CoSi é de tal forma eficiente, que ao contrário da concorrência, permite o cálculo da pesada métrica CIEDE2000 em dispositivos portáteis, os quais tipicamente apresentam uma capacidade de processamento limitada. A proximidade do CoSi à visão computacional aproxima esta tecnologia a aplicações em indústrias específicas como a dos materiais, entretenimento, comércio eletrónico, saúde ou agroalimentar.

Os inventores foram Américo Pereira, Luís Corte-Real e Pedro Carvalho do CTM – Centro de Telecomunicações e Multimédia, que revelam como tudo começou. Ao explorar diferentes técnicas para a análise da similaridade entre cores para utilização em segmentação de imagens e vídeo, "consideramos que os resultados obtidos recorrendo à norma CIEDE2000 eram bastante promissores". Na altura decidiram não continuar com a utilização desta técnica devido aos elevados tempos de processamento que inviabilizavam a aplicação em dispositivos de uso corrente. Não esqueceram este obstáculo e em conversa surgiu a questão: e se fosse possível obter os mesmos resultados, mas de uma forma muito mais eficiente?. "Arregaçámos as mangas, lançámos várias ideias ao ar e, alguns meses e muitas experiências depois, estava pronta a tecnologia que deu origem ao pedido de patente", contam os investigadores.

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Uma cavidade de fibra ótica para sensorização remota

A CRD Sensing é uma cavidade linear ressonante em fibra ótica do tipo “ring down” para medição, a longas distâncias, de sinais químicos, físicos e biológicos em locais remotos ou ambientes perigosos. Partindo de uma nova configuração mais eficiente, compacta e de fácil manuseamento, a CRD Sensing expande as aplicações de equipamentos comerciais como o OTDR, tipicamente utilizados, de forma exclusiva, na área das telecomunicações.

As aplicações da CRD Sensing, nomeadamente em articulação com os OTDRs, poderão passar pelo controlo ambiental e a vigilância das alterações climáticas até às aplicações subaquáticas, à avaliação da integridade estrutural, ou à vigilância remota em ambientes radioativos.

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Os inventores foram Orlando Frazão e Susana Silva do CAP – Centro de Fotónica Aplicada do INESC TEC, que contam como tudo começou. A ideia para uma nova configuração CRD nasceu “de uma conversa de final dia, numa mesa de café, cujo esquema do protótipo foi desenhada num guardanapo de papel”, revelam. Esta configuração surge ao fim de três anos de pós-doutoramento, onde foram “exploradas várias configurações e todas elas mostraram limitações para a deteção remota”. “Quando desmontamos toda a configuração convencional CRD, e eliminamos os dispositivos em excesso, ficaram apenas os componentes que deram origem a um design simples e funcional”, explicam os investigadores.

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Um sistema de controlo da potência da transmissão em redes sem fios

O IA-TPC é um sistema de controlo da potência da transmissão para a rede sem fios baseadas no padrão IEEE 802.11 e que utilizem antenas direcionais. Este sistema tem a capacidade de selecionar dinamicamente a potência da transmissão para os nódulos na rede sem fios, considerando as interferências adjacentes, e melhora a performance das redes sem fios até 80%, usando antenas direcionais quando aplicadas como um software de planeamento das redes.

O IA-TPC foi desenvolvido para ser utilizado como uma abordagem única, sem ter de implicar mudanças a nível de hardware. Por essa razão, o sistema está apto para ser utilizado na rede definida por software se for introduzido no servidor da Cloud que recebe/envia mensagens de controlo. O IA-TPC funciona também como um software de planeamento das redes onde o método sugere que o controlo ideal seja para uma rede ou nódulo ou qual interface deve ser utilizada para que a rede funcione devidamente. O inventor foi Manuel Ricardo, coordenador do CTM.

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Uma tecnologia vestível para detetar stress num batimento cardíaco

O BeatStress é um sistema inovador que engloba um dispositivo e um método, capazes de diminuir drasticamente o tempo de deteção de stress usando, como indicador, o batimento cardíaco identificado em ECGs. Através da medição da variação de parâmetros morfológicos recolhidos e identificados em apenas um ou poucos batimentos cardíacos, esse sistema é capaz de apontar rapidamente se um indivíduo apresenta sinais de stress, o qual pode levar a más decisões e problemas de saúde a longo prazo. O inventor foi João Paulo Cunha, coordenador do C-BER.

O BeatStress é portátil e 20 vezes mais rápido a detetar stress do que os métodos atualmente disponíveis. Com estas características, o BeatStress é ideal para monitorizar profissionais de risco (como bombeiros) ou cuja tomada de decisão tenha de ocorrer em muito pouco tempo (como controladores de tráfego aéreo). Esta tecnologia requer um poder computacional reduzido, possibilitando a sua utilização no contexto da Internet of Things (IoT), alinhado com a tendência dos wearables ou tecnologias vestíveis.

 

Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC, UP-FEUP e UP-FCUP.