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Primeira cientista-astronauta portuguesa é investigadora no INESC TEC

Ana Pires tornou-se em outubro a primeira mulher portuguesa a obter o diploma de cientista-astronauta no PoSSUM Scientist Astronaut Qualification Program, apoiado pela NASA e lecionado na Embry-riddle Aeronautical University (Flórida, EUA), uma das mais prestigiadas universidades norte-americanas por ter formado já vários astronautas. 

A investigadora do INESC TEC e do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) foi uma das 12 selecionadas, entre centenas de candidatos, para participar neste curso no âmbito do projeto PoSSUM – Ciência Suborbital Polar na Alta Mesosfera (Polar Suborbital Science in the Upper Mesosphere).

Das rochas para a robótica, do mar para o espaço

Ana Pires é licenciada em engenharia geotécnica e geoambiente pelo ISEP e doutorada em geociências pela Universidade de Aveiro, com especialização em recursos geológicos e geomateriais.

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A ambição do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos (CRAS) do INESC TEC em criar equipas multidisciplinares, levou Ana Pires até ao INESC TEC, onde a investigadora está atualmente envolvida em vários projetos de mineração subaquática para tentar “estabelecer a ponte entre os recursos minerais e as tecnologias aplicadas”, afirma.

A rocha já era uma paixão, à qual se juntou, desde 2017 a robótica, sobretudo depois de Ana Pires ter começado a estudar no Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores - Sistemas Autónomos, também no ISEP, para “conseguir falar a mesma linguagem que os colegas”, refere.

O que é que o mar profundo e o espaço têm em comum? “O desconhecido”, responde Ana. E foi esse fascínio pelo que ainda está por desvendar que levou Ana a candidatar-se ao programa PoSSUM.

O programa PoSSUM

O objetivo do programa passa por preparar os candidatos para um voo espacial suborbital como cientistas e formar cientistas-astronautas ou, de acordo com as categorias da NASA, os denominados “Mission Specialist” ou “Payload Specialist”. O curso de preparação teve a duração de um mês e meio e incluiu uma parte teórica e uma formação prática em aeronáutica e aeroespacial, onde foi possível fazer simulação de uma missão.

(créditos foto: PoSSUM)

Na Flórida, a investigadora teve aulas teóricas e viveu algumas experiências que vivem os candidatos a astronautas. “Eu não tinha cultura espacial nenhuma, foi tudo novo para mim. Aprendi imenso. Tudo era novidade. Tudo foi um desafio”. Fisiologia, deteção remota e aquisição de imagem, foram alguns dos temas abordadas no curso. As aulas práticas foram bastante exigentes.

“Tivemos a oportunidade de simular uma missão, com utilização de um fato especial, treinos em aviões de acrobacia aérea de habituação às forças G e treinos na câmara hiperbárica para que os efeitos de hipoxia pudessem ser observados”, conta Ana Pires.

Além de Ana participaram no curso de 2018, Classe 1802, colegas de outros países, como o México, França, EUA, Estónia, Colômbia e Canadá, com perfis completamente diferentes– de engenheiros aeroespaciais, a astrofísicos, médicos, pilotos. “A troca de experiências, entre pessoas de diferentes países, culturas, backgrounds, é um dos aspetos mais enriquecedores” realça Ana Pires.

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Levar o INESC TEC ao espaço

Para Ana Pires, o facto de o curso poder abrir portas e estreitar relações não só pessoais, mas também institucionais, é uma das grandes mais-valias de pertencer à família PoSSUM. “Além de trazer know-how para o INESC TEC, aplicando o que aprendi, o curso pode também ajudar a potenciar colaborações com o projeto PoSSUM e com a indústria espacial em geral”, sublinha.

“Em termos pessoais, existem metodologias e técnicas relacionadas com a deteção remota e aquisição de imagem, que foram abordadas neste curso que podem ser perfeitamente aplicadas nas investigações que levo a cabo no CRAS e no ISEP, nas áreas das geo-tecnologias do mar, modelação e cartografia aplicada SIG”, termina Ana Pires.

Através da participação da Investigadora neste programa e curso, cria-se uma ligação direta à Indústria Espacial, que poderá ser uma estratégia relevante e uma linha de ação a ser criada e desenvolvida nas instituições com as quais a investigadora trabalha.

Ana Pires já foi convidada a fazer mais uma especialização do projeto POSSUM, relacionada com tecnologias para estudo da geologia lunar e de Marte, pelo que se encontra já a preparar a próxima viagem aos Estados Unidos.

 

A investigadora do INESC TEC mencionada na notícia tem vínculo ao P.Porto-ISEP.