Um projeto alinhado com a estratégica TEC4AGRO-FOOD do INESC TEC prevê a criação de uma infraestrutura de dados espaciais para apoio na gestão das alterações climáticas na vinha, o maior desafio que o setor vitivinícola enfrenta atualmente. Este trabalho resulta de uma parceria entre o INESC TEC, a GEODOURO, a Associação para o Desenvolvimento Da Viticultura Duriense (ADVID) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) através do seu Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB).
Temporalmente, as estratégias e políticas de adaptação têm que lidar com impactos potenciais, tanto a curto como a longo prazo. Do ponto de vista espacial, é fundamental decidir sobre as adaptações específicas baseadas em cada local, já que cada região produtora de vinho tem contextos únicos (os terroirs). Assim, o conhecimento e a compreensão dos fatores contextuais e sua interação com o clima regional são essenciais para identificar e priorizar iniciativas de adaptação em diferentes escalas temporais e espaciais.
Para isso, a qualidade e atualidade da informação disponível é um fator importante que determina a eficácia das decisões tomadas e os resultados económicos. A maioria da informação está vinculada à localização, portanto, a relevância espacial (geográfica) e a aplicabilidade das informações espacialmente relacionadas e analisadas são uma das motivações principais do projeto INFRAVINI. A área vitícola da Região Demarcada do Douro foi o local escolhido para o projeto piloto.
Na fase de testes irá ser cruzada a informação recolhida no observatório vitícola da ADVID, através de equipamento específico (sondas de solo, sensores, estações meteorológicas, entre outros), com a informação climática de base espacial que a plataforma INFRAVINI irá proporcionar.
No projeto, a contribuição do INESC TEC, e em especial dos investigadores Lino Oliveira, Paulo Monteiro e Artur Capela do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG), prevê a investigação científica, em colaboração com a Geodouro, no desenvolvimento tecnológico do INFRAVINI, participando também na criação do plano de comercialização da solução, destinada a agricultores, organizações de produtores, associações e cooperativas Agrícolas e entidades públicas, como Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional CCDR, Comunidades Intermunicipais (CIM), Associações de Municípios, entre outros.
O projeto INFRAVINI teve início em julho, tem conclusão prevista para julho de 2021 e contempla um investimento de perto de 400 mil euros, cofinanciado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (NORTE-01-0247-FEDER-039739).
Os investigadores mencionados têm vínculo ao INESC TEC.
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