A Excelência do INESC TEC

Quando fui desafiado a escrever este editorial do BIP, hesitei sobre o tema. Mas deixando o assunto amadurecer a escolha tornou-se óbvia. A Excelência do INESC TEC.

Há doze anos, quando ingressei no então INESC Porto, rapidamente me apercebi que estava numa instituição diferente. Fazia então parte de um pequeno grupo de robótica, uma área nova na instituição. Houve um claro esforço em integrar-nos, em criar sinergias com outros investigadores e ajudar-nos a desenvolver as nossas atividades. Porque se nos desenvolvêssemos e crescêssemos, toda a instituição ganharia. Uma postura excelente.

Depois, ao longo do tempo e à medida que parcerias com colegas de outras áreas se foram desenvolvendo, a atitude de colaboração, a vontade de juntos fazer melhor foi uma constante. Uma atitude geral excelente.

Também em simultâneo, nas interações com os serviços no apoio a toda a atividade de investigação senti sempre que estavam prontos para ajudar, para ultrapassar dificuldades. Simplesmente excelente.

Já mais tarde, enquanto coordenador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos (CRAS), a interação com os outros centros, com a administração e com os serviços passou a ser muito mais intensa. Retenho sobretudo a disponibilidade para colaborar, a ajuda para ultrapassar dificuldades, os esforços na melhoria contínua. A excelência em plenitude.

Mas a excelência depende de cada um de nós. De ser exigente com os outros, mas sobretudo consigo mesmo. De cada um querer e conseguir superar-se. Depende do nosso trabalho no dia-a-dia. Da forma como olhamos à nossa volta e identificamos as oportunidades, as agarramos e as transformamos em sucessos.

Em relação à vertente mais científica da nossa atividade, à qual enquanto membro do Conselho de Administração estarei mais ligado, muito já foi feito, e bem feito, no caminho da excelência. Mas continua a haver muito para fazer. Sistematizar linhas de investigação, criar massa crítica em torno de tópicos relevantes, definir objetivos ambiciosos, encontrar os meios para os colocar em prática. E também atrair e manter os investigadores mais promissores. Ser exigente com eles, ajudá-los a desenvolver os seus talentos e deixar que em equipa nos mantenham na Excelência. É um enorme desafio, ao qual dedicarei toda a energia e vontade de fazer mais e melhor.

Aníbal Matos (Administrador)