Chegou ao fim o SMARTAGEING. O projeto contou com a participação do INESC TEC e quer melhorar a capacidade de monitorização e atuação, em tempo real, do processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco.
Ainda se sabe pouco sobre o impacto das variáveis que afetam o processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco. Para ajudar nesta equação – e até encontrar possíveis soluções –, surgiu o projeto SMARTAGEING, que contou com o contributo do INESC TEC.
O SMARTAGEING teve como principal objetivo aumentar a previsibilidade do processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco e desenvolver instrumentos para melhorar a capacidade de monitorização, em tempo real, da evolução e qualidade deste néctar.
O projeto terminou em junho deste ano e propõe uma resposta assente em sensores capazes de adquirir parâmetros considerados fundamentais para o processo de envelhecimento (turvação, cor, pH, O2 dissolvido), em conjugação com uma análise química e sensorial detalhada do vinho. E isso é importante para ganhar conhecimento técnico-científico sobre o impacto das variáveis intrínsecas e extrínsecas que afetam o processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco. Para além disso, a solução inclui um elemento atuador sobre o oxigénio dissolvido e a temperatura, que são parâmetros determinantes no processo de envelhecimento do vinho. A tecnologia desenvolvida pode mesmo ser aplicada – com os devidos ajustes – a qualquer setor de produção de vinho.
Por detrás deste projeto estão dois promotores empresariais (WATGRID e Vallegre), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o INESC TEC.
“No SMARTAGEING, a tecnologia foca um sistema de monitorização do processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco, ao qual está associada uma componente de atuação, para apoio à decisão durante o processo produtivo”, explica Tatiana Pinho, investigadora do Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes (CRIIS) do INESC TEC.
No melhor cenário, o SMARTAGEING pode contribuir para otimizar o processo de produção do vinho do Porto Branco e para desenvolver um novo sistema de sensorização para apoio à decisão assente em modelos preditivos do processo de envelhecimento.
O INESC TEC, “para além de ter estado fortemente envolvido na constituição do consórcio, nomeadamente assegurando que este era completo, ao nível da execução, esteve maioritariamente envolvido na atividade de comunicação e disseminação dos resultados”, explica Tatiana Pinho. A Investigadora frisa ainda a “estreita relação entre a equipa da UTAD e o polo do INESC TEC naquela Universidade. “Com efeito, alguns Investigadores alocados ao SMARTAGEING e afetos à equipa da UTAD, são também Investigadores no INESC TEC, existindo por isso uma relação sinérgica entre estas duas entidades”, acrescenta.
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