Apostar na sustentabilidade e diversificação da indústria de aquacultura europeia através de soluções desenvolvidas à base de algas. Esta é a premissa do projeto europeu INNOAQUA, um projeto multidisciplinar que conta com o envolvimento do INESC TEC.
Alinhado com a atual estratégia europeia para a bioeconomia circular, “o INNOAQUA pretende preparar o caminho para a próxima indústria de aquacultura terrestre, sustentável e diversificada, da União Europeia, apoiando-se na demonstração e integração de alimentos e soluções inovadoras à base de algas, e em conceitos de ecologia, circularidade e digitalização”, explicam Filipe Ferreira, Luís Coelho e Carlos Pinho, envolvidos no projeto por parte do INESC TEC. “O Pacto Ecológico Europeu já reconheceu o potencial das algas como uma importante fonte de proteína alternativa, com baixa pegada de carbono, e que contribui para melhorar a sustentabilidade e a competitividade do setor da aquacultura. No entanto, e em comparação com a evolução que se verifica nos países asiáticos, o mercado europeu desta indústria ainda se encontra numa fase muito inicial”, esclarecem.
O projeto INNOAQUA – Innovative approaches for an integrated use of algae in sustainable aquaculture practices and high-value food applications – pretende desenvolver uma nova abordagem metodológica que combine o desenvolvimento de produtos alimentícios inovadores, liderado pelo consumidor, com adaptação e simulação em contextos reais, tendo em conta que, além da fase de produção de novos alimentos, é necessário compor todo o processo, posterior e mais abrangente, que prepara a sua introdução no mercado por parte das empresas.
O papel específico do INESC TEC consiste em desenvolver ferramentas que permitam a recolha, o armazenamento e o processamento de dados obtidos através de sensores, atuando em tempo real na produção de informação, enquanto estabelece e valida a arquitetura digital de sistemas adaptados ao setor. Neste projeto estão envolvidos dois centros de investigação: o Centro de Fotónica Aplicada (CAP), responsável pelo desenvolvimento de sensores inovadores em meios aquáticos, e o Centro de Engenharia de Sistemas Empresariais (CESE), com a elaboração de soluções digitais para recolha, armazenamento e tratamento de dados, de forma a gerar informação capaz de melhorar a eficiência, sustentabilidade e resiliência dos processos.
O projeto conta com um consórcio de 17 parceiros, de oito países diferentes. Com a duração de 48 meses, arrancou em junho deste ano e soma um financiamento europeu de 7.275.000€.
Os colaboradores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC.
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