Há duas décadas, “um grupo de investigadores visionários” decidiu lançar-se numa aventura empresarial para levar para o mercado o conhecimento, a experiência e os resultados do trabalho realizado no desenvolvimento de sensores de fibra ótica para monitorização de infraestruturas críticas. O resultado? A criação da FiberSensing, uma spin-off do INESC TEC. Hoje, HBK FiberSensing, a empresa segue na linha da frente no desenvolvimento e fornecimento de sistemas de medição e de monitorização em fibra ótica para ativos físicos críticos, e prepara-se para abrir novas instalações, na área metropolitana do Porto.
Líder mundial no fornecimento de sistemas de medição e de monitorização baseados na tecnologia de redes de Bragg em fibra ótica para ativos físicos críticos como pontes, túneis, geradores ou turbinas eólicas, a FiberSensing celebra 20 anos. Ao longo da sua jornada, que começou em abril de 2004, foi comprada em 2014 pela alemã Hottinger Baldwin Messtechnik GmbH (HBM), referência mundial na área do teste e medição, e, mais tarde, quando a HBM e a Brüel & Kjær se fundiram para formar a HBK – Hottinger Brüel & Kjær, passou a ser a HBK FiberSensing.
“Investigadores do INESC Norte e do INESC Porto tinham já criado, em 2004, mais de uma dezena de empresas, mas a criação da FiberSensing foi um passo de uma maior ousadia. O facto de a empresa desenvolver uma tecnologia deep-tech em laboratórios de ótica, vários investigadores e técnicos passarem para a empresa e a entrada de capital de risco maioritário trouxeram ao projeto uma exigência elevada e nunca aliviada”, explica José Manuel Mendonça, antigo presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, que assumiu, também, a presidência do Conselho de Administração da FiberSensing.
Luís Ferreira, um dos cofundadores e atual Diretor do Negócio Ótico da empresa, recorda que “desde o início, que esta foi uma jornada corrida e muito desafiante, mas éramos apaixonados pelo nosso compromisso com o mercado”. “Depois da aquisição pela HBM e da fusão com a Brüel & Kjær, em 2019, abrimos também as portas do nosso Centro de Inovação, o Spectris Innovation Center, que nos tem permitido, não só, implementar inúmeras funções de servições partilhados e de desenvolvimento de software, como acolher atividades de desenvolvimento da empresa Malvern-Panalytical – também do grupo Spectris, ao qual pertence a HBK”, afirma Luís Ferreira, reforçando a evolução que o negócio registou até aos dias de hoje.
Mas a jornada não fica por aqui e a HBK FiberSensing prepara-se para abrir novas instalações na cidade do Porto – instalações que terão uma dimensão cinco vezes maior do que as atuais. “Vamos expandir a produção das nossas atuais linhas Óticas e iniciar uma nova área de produção para linhas de sensores de base elétrica, nomeadamente para medição de deformação, força e carga”, avança o Diretor, acrescentando que todo este crescimento, ao longo dos anos, não seria possível sem o esforço da equipa, e o apoio de parceiros, investidores e clientes.
A HBK FiberSensing conta atualmente com cerca de 115 colaboradores, sendo que 45 destes se dedicam exclusivamente ao negócio Ótico. Recorde-se que os setores de mercado que utilizam a tecnologia que a empresa produz encontram-se nas mais variadas áreas, desde energia aeroespacial, vento, indústria, defesa, óleo e gás, centros de investigação e laboratórios, universidades.