Investigadores do INESC TEC lideraram discussões sobre soluções inovadoras para o cultivo da vinha num evento que juntou empresas, universidades e players do setor.
Quais as mais recentes soluções de mecanização e digitalização para o setor vitivinícola? E como colocá-las em prática? As perguntas encontraram respostas no evento “Mecanização & Digitalização: Resposta aos Desafios da Vitivinicultura”. O INESC TEC não faltou à discussão e esteve presente na conferência organizado pela ADVID – Cluster da Vinha e do Vinho.
Representantes do setor vitivinícola, investigadores e universidades discutiram, na Alfândega do Porto, soluções inovadoras no campo da sensorização, automação, inteligência artificial (IA), soluções de locomoção, e drones.
O primeiro contributo do INESC TEC aconteceu logo pela manhã com a apresentação “Inovação ao serviço de produção: respostas do ecossistema I&D + Interface + Tech Providers aos desafios dos agentes económicos”, de José Carlos Caldeira, conselheiro da administração do Instituto. Seguiram-se grupos focais temáticos, onde investigadores do INESC TEC Mário Cunha, António Valente e Filipe Neves dos Santos abordaram as inovações no campo da automação, sensorização e drones aéreos.
Soluções baseadas em sensores, automação, inteligência artificial (IA) e Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) marcaram a discussão de grupo liderada pelo investigador Mário Cunha. “Entre as questões levantadas, destacou-se a expectativa económica que a automação e a IA podem trazer para as empresas vitivinícolas. Os produtores esperam benefícios significativos, tanto na redução de custos quanto no aumento da competitividade no mercado”, indica o investigador.
Discutiu-se ainda como a automação e a IA podem contribuir para a melhoria da sustentabilidade ambiental das empresas, já que o uso dessas tecnologias “promete otimizar processos, reduzir o desperdício de recursos e minimizar o impacto ambiental” e promover práticas mais sustentáveis no cultivo e produção de vinho”.
No fórum, o investigador Filipe Neves dos Santos liderou o grupo focal sobre a utilização de drones na agricultura. O grupo concentrou-se na necessidade de uma legislação mais favorável para o uso de drones em operações de pulverização de vinhas e em estratégias para promover essa legislação. António Valente liderou a discussão relativa à sensorização.
O “Brokerage Event – Mecanização & Digitalização: Resposta aos Desafios da Vitivinicultura” tinha também como objetivo potenciar sinergias através da promoção do encontro entre a oferta e procura de competências e tecnologias, para além das reuniões bilaterais (B2B) para explorar oportunidades de cooperação entre entidades ligadas ao setor vitivinícola.
Os investigadores referidos na notícia têm vínculo ao INESC TEC, à UP-FCUP e à UTAD.