Oito países, 18 parceiros e 11 milhões de euros: são estes os números do projeto europeu BioProtect que tem como objetivo proteger a biodiversidade marinha no Atlântico e no Ártico. O INESC TEC é um dos parceiros desta ambiciosa iniciativa, financiada pelo programa Horizonte Europa, que promete transformar a forma como os ecossistemas marinhos são monitorizados e preservados.
Não vamos apenas investigar o fundo do mar; os parceiros do BioProtect estão comprometidos ir mais longe e ter uma voz no que às políticas europeias de conservação dos oceanos diz respeito. Como? Durante quatro anos vão ser estabelecidas sinergias entre ciência, tecnologia e gestão ambiental, para proteger ecossistemas frágeis, como habitats de corais e zonas de elevada biodiversidade, ameaçados por atividades humanas e alterações climáticas. Estamos a falar de ferramentas como o mapeamento de detalhado dos ecossistemas marinhos com recurso a tecnologia robótica e análise de ADN ambiental (ADNe).
O INESC TEC, enquanto membro do consórcio, irá contribuir com o conhecimento robótico, desenvolvendo soluções que combinam inovação tecnológica com um impacto positivo na sociedade. Segundo Alfredo Martins, investigador do INESC TEC, o BioProtect é uma oportunidade “de reforçar a nossa posição enquanto líderes em tecnologia subaquática”. “Estamos a desenvolver tecnologias de última geração, como veículos robóticos subaquáticos, e neste caso em particular com ênfase em sensores de amostragem autónoma de eDNA capazes de operar em ambientes hostis e de grande profundidade. Estes sistemas permitem recolher de forma eficiente informação valiosa sobre o ecossistema marinho e sobre a sua biodiversidade.”
Espera-se que o projeto tenha um impacto significativo na preservação da biodiversidade marinha, fornecendo dados científicos que suportem a gestão e tomada de decisão.
O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo ao IPP-ISEP.
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