Catarina Fernandes
“A Catarina entrou no INESC TEC faz precisamente 10 anos, e tem tido um percurso a todos os níveis notável. Começou como secretária do Centro, mas rapidamente – pelo seu empenho e competência – ficou como responsável pela gestão financeira do Centro. A Catarina é, pela sua atitude, profissionalismo e desenvoltura uma referência não só no HASLab, mas também no INESC TEC. Ter a Catarina como adjunta da coordenação, e saber que a gestão financeira e de projetos está nas suas mãos é um descanso, permitindo à coordenação concentrar-se mais na estratégia do Centro”.
– coordenação do HASLab
O percurso da Catarina no INESC TEC conta com uma década; que balanço faz destes 10 anos de trabalho no HASLab e no INESC TEC?
Volvidos 10 anos de trabalho no INESC TEC, o meu trabalho no HASLab foi e é muitíssimo positivo. Foi uma década de trabalho vivenciada num excelente ambiente de trabalho, de onde ressalvo uma ótima colaboração entre os colegas. Esta abertura aconteceu também ao nível da coordenação que, desde cedo, me permitiu aprender e evoluir a ponto de me confiar tarefas de grande responsabilidade – tarefas, essas, essenciais ao planeamento e controlo das atividades do centro. Foi também importante para o meu crescimento e desenvolvimento pessoal no contexto do INESC TEC, seus centros e serviços.
Há algum momento que tenha ficado guardado na sua memória, pela sua importância ou relevância – tanto a nível profissional, como pessoal?
Um dos momentos mais importantes foi o reconhecimento do meu comprometimento, empenho e competência através da nomeação como adjunta da coordenação. Esse foi um marco importante, o qual agradeço a missão a que todos os dias me entrego com dedicação e satisfação.
Como caracteriza a evolução do Centro ao longo deste período? E como prevê o futuro, não só do HASLab, mas também do Instituto?
O Centro tem crescido todos os anos de forma sustentada. Não há muito tempo éramos apenas bolseiros e docentes. Hoje, temos uma equipa plural, em tipologia e em competências, desde docentes, contratados doutorados, ID e estrutura, até aos nossos bolseiros. A nossa atividade permitiu-nos reforçar todos os segmentos de recursos humanos e assumir novas e maiores responsabilidades no INESC TEC e também com os nossos parceiros. Os próximos anos serão de crescimento. Reforçaremos a proximidade e trabalho com centros com os quais ainda não temos uma participação tão forte, para além do caminho de consolidação com centros com que mantemos uma relação próxima ao longo dos últimos anos.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Todos os dias entro do laboratório com vontade de dar o meu melhor e sei que isso é, em grande medida, possível pelo ambiente e dinâmica que existe neste centro. Mas é claro que nos dias em que recebemos a notícia de mais um projeto ou contrato aceite, sinto que são os melhores, pelo sentimento de pertença, missão cumprida e pela flexibilidade acrescida no orçamento.
Como comenta esta nomeação?
Fiquei imensamente sensibilizada e feliz por este momento. Deixo uma palavra clara de agradecimento à coordenação, em concreto, ao Prof. António Sousa e Prof. Alcino Cunha. É um reconhecimento público do esforço, empenho e confiança de todos os dias em prol da continuidade e sustentabilidade do centro e da consolidação da nossa pertença ao INESC TEC. Muito obrigada!
Ehsan Kazemi-Robati
“O Ehsan desenvolveu uma grande quantidade de trabalho durante o primeiro trimestre de 2025. O seu trabalho esteve presente em três deliverables do projeto europeu EU-SCORES, tendo desempenhado a função de coordenador científico em dois deles. O Ehsan ainda participou ativamente no projeto Europeu STOR-HY com elevada dedicação e empenho. Em paralelo, conseguiu preparar e submeter uma candidatura aos projetos exploratórios da FCT. O seu empenho, rigor científico e brio profissional, estiveram e estão sempre presentes em todo o trabalho por si desenvolvido. Mesmo nos momentos de maior carga de trabalho, o Ehsan mantém a calma e simpatia que o caracterizam, promovendo o bem-estar no ambiente de trabalho ao seu redor”.
– coordenação do CPES
O Ehsan esteve envolvido na entrega de deliverables do projeto EU-SCORES; podia falar-nos um pouco mais sobre eles, bem como sobre as suas atividades no decorrer do projeto?
O projeto europeu EU-SCORES foca-se em parques offshore de diferentes fontes de energia, combinando energia eólica, das ondas e solar fotovoltaica. Após o trabalho desenvolvido no ano passado, sobretudo em termos de gestão de energia e otimização do dimensionamento, a nossa equipa de investigação tem estado envolvida na produção de deliverables relacionados com a integração na rede, o design do sistema elétrico e a avaliação de um novo parque – sendo que tenho estado ativamente envolvido nas duas últimas tarefas.
Além disso, esteve também envolvido no projeto STOR-HY; o que nos pode dizer sobre esta iniciativa (objetivos, resultados esperados, fator diferenciador, etc.)?
Aprovado no âmbito da respetiva call, em 2024, o projeto STOR-HY começou em outubro de 2024. Este projeto foca-se na energia hidroelétrica e nas unidades de bombagem e armazenamento, destacando o seu papel único e crucial na era da transição energética; aborda, também, os desafios associados à sua utilização eficaz. Através de uma avaliação aprofundada das suas capacidades e do desenvolvimento de estratégias de controlo e gestão, o projeto pretende prolongar a vida útil destas unidades e reduzir a degradação dos ativos.
Do que mais gosta no seu trabalho?
No INESC TEC, é sempre um prazer participar em projetos de investigação que promovem o avanço do conhecimento na área das energias renováveis, apoiados por um trabalho de equipa verdadeiramente construtivo. Além disso, e sendo o INESC TEC um instituto de I&D, é verdadeiramente inspirador estar rodeado de pessoas apaixonadas pelo trabalho científico neste domínio. É verdadeiramente gratificante poder estar a par de todos os resultados e do conhecimento gerado no Instituto. Além disso, o contacto próximo com estudantes de doutoramento e de mestrado (dedicados ao desenvolvimento de competências de investigação) tem sido uma das experiências mais enriquecedoras, permitindo-me crescer tanto como membro de equipa, como mentor.
Como comenta esta nomeação?
É uma grande honra, e estou verdadeiramente agradecido. É muito bom poder receber estas palavras de reconhecimento pelo trabalho que temos vindo a desempenhar enquanto equipa.
Humberto Rocha
“A nomeação do Humberto Rocha reflete o reconhecimento pela sua contribuição excecional no redesenho e fortalecimento mecânico das nossas plataformas robóticas. O seu empenho e excelência técnica foram determinantes para tornar possível a apresentação do Modular-X na FIRA 2025, representando um marco importante para a nossa equipa e para a evolução das nossas tecnologias”.
– coordenação do CRIIS
O Humberto esteve envolvido no trabalho que levou à apresentação do Modular-X na FIRA 2025; podia falar-nos um pouco mais sobre quais as suas atividades neste âmbito?
Estive responsável pela liderança do desenvolvimento mecânico do Modular-X, com especial foco no fortalecimento estrutural da plataforma e na sua adaptação a contextos exigentes. Embora o conceito de modularidade já estivesse implementado no nosso bem conhecido robô Modular-E, foi necessário redesenhar toda a estrutura mecânica – mantendo a modularidade e agilidade que distinguem estes robôs articulados, mas acrescentando a robustez necessária para enfrentar terrenos mais desafiantes, como o ambiente florestal. Este processo implicou também a introdução de novas soluções de fabrico e montagem. Todo este trabalho exigiu uma colaboração próxima com os colegas das várias áreas (controlo, perceção, navegação, eletrónica, sistemas embebidos…) — porque na robótica, isto só funciona mesmo como um verdadeiro jogo de equipa!
Entre os diferentes projetos do seu Centro, sobretudo aqueles em que está envolvido, qual é que gostaria de destacar (em termos de impacto, resultados, fator diferenciador e/ou inovador, etc.)?
É difícil escolher apenas um, até porque estou envolvido em projetos que abrangem áreas muito distintas – desde os insetos (InsectEra), à vinha (Vine&Wine), até à floresta (Agenda Transform). Mas talvez destacasse precisamente este último, pela dimensão do desafio que é colocar robôs a operar em ambiente florestal. Está a ser especialmente gratificante começar a mostrar que não só é possível, como faz mesmo sentido.
O impacto que isto pode ter na gestão e manutenção florestal é enorme. Sabemos que estas operações são um grande desafio para os produtores e, quando não são feitas segundo as boas práticas, desvalorizam a floresta e contribuem diretamente para o problema dos incêndios. Além disso, há aqui também uma oportunidade para redefinir a cadeia de valor – ao permitir o aproveitamento de novos produtos florestais que hoje são subvalorizados ou simplesmente ignorados.
E, claro… como engenheiro mecânico, participar no desenvolvimento de uma máquina autónoma para operar em floresta é, simplesmente, divertido!
Do que mais gosta no seu trabalho?
De pôr as ideias a mexer – literalmente! Isto é, participar e acompanhar todo o processo de desenvolvimento dos protótipos, que na nossa equipa pode ir desde as primeiras sessões de design thinking até aos testes em campo, onde, nos TRLs mais altos vemos a tecnologia a ganhar vida e enfrentar o mundo real.
Como comenta esta nomeação?
É um reconhecimento que me deixa muito orgulhoso. Por detrás de cada plataforma, há muitos horas invisíveis de iteração, e, por vezes, as soluções surgem nos momentos de maior pressão, que aparecem sempre quando arriscamos e queremos ser realmente inovadores! E claro, os nossos robôs podem andar sozinhos, mas ainda não se erguem sozinhos, por isso, esta nomeação representa o esforço conjunto de toda a equipa que faz isto acontecer. É sempre gratificante ver esse esforço ganhar visibilidade.
Pedro Miguel Carvalho
“A coordenação do CTM gostaria de propor para Extraordinário o investigador Pedro Carvalho pela conjugação de um esforço, profissionalismo, motivação e dedicação extraordinários no último ano e que culminou com a aprovação do projeto europeu Agroboost. Apesar da exigência associada à execução dos PRRs e do projeto europeu que coordena atualmente, o Pedro manteve uma atividade também significativa de angariação de novos financiamentos, tendo o Agroboost sido o culminar deste esforço. Para além da execução exemplar destas diversas atividades que, pela sua complexidade representam já um desafio por si só, o Pedro tem implementado também, de forma consistente, estratégias de colaboração com outros centros, nomeadamente em aplicações no setor agrícola. O Agroboost é um resultado também positivo desta estratégia de parcerias inter-centros, uma vez que conta com a participação do CRIIS neste projeto liderado pelo CTM”.
– coordenação do CTM
O Pedro esteve envolvido no processo que levou à aprovação do projeto Agroboost; podia falar-nos um pouco mais sobre este projeto (principais objetivos, fator diferenciador, atividades a salientar, etc.)?
AGROBOOST é um projeto-piloto multidisciplinar, orientado aos pilotos, que visa transformar o setor agrícola numa indústria mais atrativa, sustentável e eficiente, conjugando robótica avançada, Realidade Aumentada, IA e automação. O INESC TEC participa no projeto sendo líder do piloto em Portugal, mas também com um papel relevante no projeto como um todo. Apostamos numa estratégia multidisciplinar através da colaboração entre o CTM e o CRIIS, em particular da área de Tecnologias de Comunicação Multimédia e o Laboratório TRIBE.
Este projeto pretende conjugar visão computacional, realidade aumentada e robótica – de uma forma unificada, não apenas para aumentar a eficiência de processos agrícolas, mas também para tornar o sector mais atrativo para os jovens e promover a inclusão de pessoas com limitações físicas. Apesar de estar organizado numa lógica orientada aos pilotos, o projeto prevê também a conjugação de algoritmos de processamento de informação visual e de módulos de realidade aumentada para unificar as frameworks.
O AGROBOOST resultou de um trabalho colaborativo que já vinha a ser desenvolvido entre o CTM e o CRIIS, enquadrado e apoiado pela iniciativa TEC4AGRO-FOOD, mas também do reconhecimento do profissionalismo e qualidade do trabalho que temos desenvolvido no projeto Europeu WATSON.
Quais foram os principais desafios no decorrer das suas atividades?
A preparação do projeto foi desafiante, sobretudo pelo timing para submissão e atividades de projeto em curso. Tal obrigou a um esforço considerável, só possível devido à colaboração entre os investigadores dos dois centros envolvidos e o apoio dos serviços. É indispensável referir o trabalho feito pelo Filipe Santos, Tatiana Pinho e André Sá, sem os quais não seria possível ter submetido esta proposta de projeto.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Para mim há dois aspetos importantes no trabalho que fazemos: o trabalho em equipa, com todas as discussões trocas de ideias e partilha de conhecimentos; a variabilidade de cenários de aplicação, que permitem conhecer novos contextos, problemas, pessoas e processos, e que obrigam a um olhar diferente e pensar em abordagens novas.
Como comenta esta nomeação?
Recebi a notícia desta nomeação com muito agrado. É sempre bom ver o reconhecido o trabalho realizado, mas também ter aqui uma oportunidade de dar a conhecer o que fazemos.