INESC TEC contribui para o desenho da estratégia europeia para start-ups e scale-ups

Mais financiamento e flexibilidade nos programas para provas de conceito, menor complexidade regulatória e burocrática, incentivos fiscais e condições simplificadas de investimento para atrair capital internacional, redução das assimetrias regionais no acesso ao financiamento e promoção de consórcios dentro da União Europeia – são estas algumas das ações propostas pelo INESC TEC para ultrapassar as barreiras que ainda dificultam o crescimento das start-ups e scale-ups europeias.

Com vasta experiência na transferência de tecnologia, criação de empresas de base tecnológica e participação ativa em projetos, iniciativas e redes internacionais de colaboração, o INESC TEC contribuiu recentemente para o debate em torno da nova estratégia europeia para as start-ups e scale-ups, respondendo ao desafio lançado pela Comissão Europeia através da consulta pública “Have your say”.

No seu contributo, disponível online, o Instituto partilha uma visão clara sobre os desafios enfrentados por estas empresas e apresenta um conjunto concreto de sugestões para os ultrapassar, com base num conhecimento acumulado ao longo de décadas no domínio da inovação e do empreendedorismo deep-tech. “Apesar do reconhecido talento europeu em investigação e desenvolvimento, as start-ups continuam a enfrentar grandes dificuldades”, afirma João Claro.

Segundo o presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, o acesso ao financiamento, a complexidade regulatória e burocrática, a entrada nos mercados, a atração e retenção de talento, a disponibilidade de infraestruturas tecnológicas para validação de soluções e a visibilidade e competitividade internacional, especialmente quando comparadas com mercados como os EUA ou a China, estão entre os principais entraves ao desenvolvimento e à expansão dos novos negócios de base tecnológica na Europa.

“Responder eficazmente a estes desafios é fundamental para impulsionar o empreendedorismo de base tecnológica no espaço europeu e criar condições que permitam às empresas crescer, escalar e contribuir de forma significativa para o progresso tecnológico e económico”, sublinha João Claro.

Neste sentido, o INESC TEC propõe à Comissão Europeia medidas específicas, incluindo: expandir e flexibilizar os mecanismos de financiamento destinados a provas de conceito, inspirando-se em modelos já implementados com sucesso no Reino Unido e nos EUA; simplificar as condições para investimento internacional; tornar mais ágeis e eficazes os processos regulatórios europeus; promover colaborações estruturadas entre equipas científicas e empreendedores experientes; e reforçar o investimento em infraestruturas e programas de aceleração altamente especializados.

“Recomendamos ainda a redução das assimetrias no financiamento disponível nas diferentes regiões da UE, uma maior uniformização e clareza nos incentivos oferecidos aos investidores internacionais, bem como um forte incentivo à criação de consórcios europeus que facilitem a integração destas novas empresas em cadeias de valor estratégicas globais”, acrescenta o presidente do INESC TEC.

João Claro conclui que, com políticas direcionadas para o financiamento, o acesso ao mercado e o apoio estruturado ao empreendedorismo deep-tech, “a Europa pode construir um ecossistema mais competitivo para as start-ups, capaz de acelerar a inovação tecnológica e promover um crescimento económico sustentável”.

A iniciativa da Comissão Europeia “Have your say – Public Consultations and Feedback” sobre a estratégia europeia para start-ups e scale-ups encerrou a 17 de março, contando com quase 600 contribuições, que podem ser consultadas online.

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