Diogo Babo
“Esta nomeação reflete o papel determinante e a dedicação que o Diogo tem demonstrado nos projetos i-STENTORE e ATE. No i-STENTORE, arquitetou o pipeline de dados para recolha e integração de informação da Empresa Eletricidade da Madeira, permitindo implementar um algoritmo de despacho preditivo otimizado para operação diária do sistema elétrico da ilha. Já no ATE, desenvolveu com autonomia e qualidade os front-ends das ferramentas HeatPowerOpt, para gestão otimizada de redes industriais multi-energia, e FleetChargeXpert, destinada à gestão inteligente do carregamento de frotas de veículos elétricos. Ambas foram recentemente apresentadas no evento do ATE na Super Bock Arena. A sua contribuição tem sido essencial para o sucesso e impacto destes projetos”.
– coordenação do CPES
Foi referido o contributo do Diogo no âmbito dos projetos i_STENTORE e ATE; poderia falar-nos um pouco mais sobre ambos os projetos, bem como sobre as suas atividades no desenrolar dos mesmos?
O i-STENTORE foi um projeto desafiante de integração e processamento de grandes volumes de dados, tendo como objetivo otimizar a operação da rede elétrica da Madeira. Fi-lo através da arquitetura de um pipeline de dados robusto que permitiu alimentar algoritmos de despacho preditivo diariamente. No projeto ATE, trabalhei no desenvolvimento de soluções de software inovadoras, nomeadamente nos front-ends das ferramentas HeatPowerOpt e FleetChargeXpert, dirigidas à gestão inteligente de energia em ambiente industrial e à otimização do carregamento de frotas elétricas. Ao longo de ambos os projetos, trabalhei sempre em estreita colaboração com equipas multidisciplinares, o que exigiu constante articulação, aprendizagem e adaptação, enriquecendo bastante o processo. Aliás, foi este último ponto o mais desafiante, e que mais me fez crescer: trabalhar com equipas de diferentes áreas de especialidade é algo não só difícil, como importante na vida profissional. A incerteza do desafio, aliado ao impacto que tem, fez com que o projeto se tornasse interessante e desafiador.
Sendo que os projetos foram apresentados no evento do ATE (SuperBock Arena), que balanço faz não só dessa apresentação, mas também dos resultados do i-STENTORE e do ATE?
O evento foi muito positivo – tanto pela apresentação das soluções desenvolvidas, como pelo envolvimento de diferentes parceiros e stakeholders. A validação e o interesse demonstrados mostraram-nos que os resultados alcançados nos projetos i-STENTORE e ATE respondem a necessidades reais e complexas, garantindo impacto junto dos utilizadores e da comunidade. No fundo, os objetivos ambiciosos a que nos propusemos foram alcançados com sucesso, fruto do empenho e da colaboração de todos. (não esquecer que eu adoro coffee breaks e comida/bebida; nesse aspeto, adorei o evento e gostava de ir a mais deste tipo)
Do que mais gosta no seu trabalho?
Gosto particularmente do desafio de trabalhar com equipas multidisciplinares, onde diferentes perspetivas e valências se juntam para resolver problemas complexos. É muito recompensador ver ideias transformarem-se em soluções concretas, sobretudo em projetos onde o caminho nem sempre está desenhado à partida, mas onde o resultado faz valer todo o esforço.
Como comenta esta nomeação?
Encaro esta nomeação como um reconhecimento coletivo, que reflete o trabalho de toda a equipa e o ambiente de colaboração em que estes projetos foram desenvolvidos. Sinto-me grato pela confiança e pelas oportunidades de aprendizagem que tive ao longo deste percurso. Sendo que sou eu aqui e agora, claro que estou mais do que feliz, mas sinto que represento um conjunto de equipas e só estou aqui graças ao seu apoio.
Filipe B. Teixeira
“A Coordenação do CTM gostaria de propor para ‘Extraordinário’ o investigador Filipe Borges Teixeira pelo contributo excecional na organização da escola de verão SLICES-RI/CONVERGE e na participação do INESC TEC na EuCNC & 6G Summit. O Filipe Teixeira teve um papel fulcral na preparação da SLICES-RI/CONVERGE Summer School, organizada em articulação entre os projetos CONVERGE e SLICES-RI, assegurando praticamente todas as tarefas logísticas e operacionais do evento – desde a orçamentação, reservas e comunicações com participantes, até à preparação de materiais promocionais, certificados e registos. A escola, com a duração de três dias, incluiu três keynotes, quatro sessões práticas e mais de 10 palestras, tendo captado mais de 70 participantes e tendo sido um momento relevante de afirmação internacional do centro. Adicionalmente, o Filipe Teixeira teve também um papel determinante na coordenação da presença do INESC TEC na conferência EuCNC & 6G Summit, no âmbito do projeto CONVERGE, liderando a preparação da demo apresentada no stand e toda a logística associada. Pela dedicação, profissionalismo e impacto destas ações, o Filipe Teixeira merece este reconhecimento”.
– coordenação do CTM
Foi referido o papel do Filipe na organização da Summer School SLICES-RI/CONVERGE; poderia falar-nos um pouco mais sobre esta iniciativa, bem como sobre o seu trabalho ao longo da mesma. O que gostaria de destacar (relevância, fator diferenciador, feedback recebido, potencial para replicar e realizar edições futuras, etc.)?
A Summer School foi uma iniciativa organizada pelo SLICES-RI e pelo CONVERGE dedicada ao tema “Accelerating Innovation through Open Architectures and Advanced Testbeds” e que visou dar aos participantes uma experiência hands-on no desenvolvimento e experimentação de redes de próxima geração (6G). A escola reuniu 70 participantes de diferentes países, com três keynotes, quatro sessões práticas e mais de 10 palestras, ao longo de três dias.
Este evento contribui para criação de uma comunidade de investigadores capazes de implementar experiências em infraestruturas de investigação baseadas em O-RAN e que consigam tirar partido, de forma combinada, de ferramentas como superfícies inteligentes refletoras e visão por computador. Com esta formação conseguimos também promover a aplicação de metodologias de experimentação e gestão de dados em infraestruturas distribuídas, dando também contribuições que podem alimentar a uniformização das redes de próxima geração.
A organização destes eventos envolveu uma equipa de vários países. A minha contribuição esteve relacionada com o programa técnico, orçamento, e toda a logística necessária, desde os registos, pagamentos e recebimentos, viagens, contacto com os palestrantes, materiais de divulgação físicos e digitais, redes sociais, eventos sociais e comunicados diários aos participantes. Apesar deste esforço, o apoio dos diversos serviços foi essencial para a organização do evento.
O feedback recebido foi excelente, destacando o programa técnico de alta qualidade, as sessões hands-on, e os momentos de networking e convívio. Acredito que esta escola contribuiu de forma significativa para reforçar a comunidade europeia de investigação em 6G, e vemos um grande potencial para repetir e expandir esta iniciativa em futuras edições, dando continuidade às edições anteriores já promovidas pelo SLICES-RI.
Este evento foi organizado em conjunto com o projeto CONVERGE; o que nos pode dizer sobre este projeto, bem como sobre o contributo do Filipe para o desenvolvimento do mesmo?
O projeto CONVERGE, liderado pelo INESC TEC, tem como objetivo juntar duas áreas que tradicionalmente têm evoluído de forma separada: comunicações sem fios e visão computacional com o intuito de desenvolver as redes de 6G de próxima geração. Através do conceito “view-to-communicate and communicate-to-view”, o projeto CONVERGE está a desenvolver ferramentas inovadoras que combinam o rádio com a visão e a inteligência artificial, incluindo gémeos digitais, superfícies inteligentes, permitindo desenvolver algoritmos multimodais que implementam o conceito de Integrated Sensing and Communications (ISAC). Estas ferramentas vão fazer parte de uma infraestrutura de investigação que está a ser criada em Portugal (Porto), França (Sophia-Antipolis) e Finlândia (Oulu). Neste projeto tido um papel bastante abrangente, liderando as tarefas relacionadas com a arquitetura do sistema, a criação da infraestrutura no Porto, a coordenação de vários grupos de trabalho, assim como a comunicação interna e externa do projeto.
O Filipe esteve também envolvido na EuCNC & 6G Summit, tendo coordenado a participação do INESC TEC; o que nos poderia dizer sobre este evento, e a participação no Instituto na mesma?
A EuCNC & 6G Summit é uma conferência internacional de referência na área das telecomunicações, tendo uma forte presença de projetos europeus. Na edição de 2025, o projeto CONVERGE, coordenado pelo INESC TEC, esteve presente na exposição onde foi apresentada uma visualização em Realidade Estendida (XR) de sinais de rádio 5G/6G invisíveis. Utilizando gémeos digitais e interfaces imersivas, os participantes da conferência na Polónia puderam controlar remotamente equipamentos de laboratório – incluindo um braço robótico, uma unidade de rádio, uma cortina bloqueadora de radiofrequência e uma superfície inteligente de grande dimensão (LIS) – em tempo real, proporcionando uma forma interativa de explorar ambientes sem fios e apoiar o desenvolvimento das comunicações móveis de próxima geração. Além disso, o projeto esteve presente em quatro workshops da conferência, reforçando ainda mais a participação do INESC TEC.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Gosto de sentir que o que fazemos no INESC tem um impacto real na ciência e na sociedade e que contribuímos para o avanço do conhecimento. Para além disso, ver o nosso trabalho reconhecido internacionalmente dá-nos uma motivação extra para continuarmos esta nossa missão.
Como comenta esta nomeação?
É com grande orgulho que recebo a nomeação, a qual agradeço desde já à Coordenação do CTM. O sucesso destas duas atividades, contudo, só foi possível devido ao esforço da equipa, a começar pelos coorganizadores da Summer School – Luís Pessoa, Manuel Ricardo e restante equipa internacional -, mas também da colaboração do SGI, que teve um papel fundamental na organização dos espaços, do CF no apoio nos registos e demais despesas, do SCOM, na cobertura fotográfica, e da Renata Rodrigues e da Joana Tavares, importantes no apoio logístico. A demonstração da EuCNC&6G Summit foi também um trabalho conjunto da equipa do INESC TEC – Francisco Ribeiro, Francisco Vilarinho, Nuno Paulino, Paulo Jesus, Thiago Gonçalves e Wagner Pedrosa – à qual deixo também o meu agradecimento pelo trabalho crucial, principalmente no sprint final.
Paulo Santos
“O CRAS gostaria de nomear o Paulo Lopes dos Santos pelo seu desempenho excecional na organização da conferência conjunta ROCOND/LPVS, que decorreu no início de julho. O Paulo assumiu o papel de General Chair do evento e teve um contributo determinante para o seu sucesso, liderando o processo desde a candidatura inicial junto do IFAC, submetida há mais de dois anos. Ao longo deste período, foi responsável por coordenar toda a preparação científica e logística da conferência, conseguindo atrair um conjunto de personalidades internacionais de referência na área do Controlo e assegurando a qualidade e o prestígio do evento. Durante os dias da conferência, o Paulo esteve envolvido em todos os aspetos operacionais: acolheu os participantes, acompanhou sessões, coordenou a interação com os oradores convidados e manteve sempre uma postura disponível, atenta e profissional. O feedback dos participantes foi extremamente positivo, destacando a qualidade da organização e o ambiente acolhedor.
O seu esforço e dedicação não só ultrapassaram largamente as suas responsabilidades regulares, como contribuíram de forma inequívoca para elevar o nome do INESC TEC e do CRAS em particular, ao mais alto nível internacional”.
– coordenação do CRAS
O Paulo esteve envolvido na organização da conferência conjunta ROCOND/LPVS, como General Chair do evento; poderia falar-nos um pouco mais sobre esta iniciativa?
O ROCOND e o LPVS são eventos patrocinados pela International Federation of Automatic Control (IFAC). O ROCOND (Robust Control Symposium) é promovido pelo Comité Técnico de Controlo Robusto da IFAC e realiza-se de três em três anos, desde 1994, em diferentes países, servindo de plataforma para a discussão dos avanços em controlo robusto, reunindo profissionais, investigadores, engenheiros e estudantes em torno dos mais recentes desenvolvimentos teóricos e aplicações industriais na área. O LPVS (Workshop on Linear Parameter Varying Systems), promovido pelo Comité Técnico de Controlo de Sistemas Lineares da IFAC, conta já com várias edições em cidades de referência mundial e foca-se nos sistemas LPV e respetivas aplicações a problemas do mundo real, promovendo a troca de ideias, inovação e contacto entre diferentes áreas e setores.
A abrangência dos temas e das aplicações – desde a medicina e biologia, energia, controlo de processos, robótica móvel (terrestre, aérea e submarina), veículos autónomos, indústria aeroespacial e indústria terrestre – permitiu reunir no Porto mais de uma centena de investigadores de 19 países, oriundos tanto do meio académico como empresarial. Entre os participantes contaram-se representantes de universidades de prestígio internacional como a University of Illinois Urbana-Champaign, UC Merced, Northeastern University, Clemson University, University of Wisconsin, The Pennsylvania State University, assim como universidades europeias de topo (TU Delft, Politecnico di Milano, University of Sheffield, TU Dresden). Estiveram igualmente presentes empresas tecnológicas e industriais como a Renault Group, Deimos Engenharia/Elecnor Deimos, Deimos Space, e organizações internacionais como a European Space Agency (ESA), entre outros centros de investigação e empresas.
Dada a complementaridade dos temas, decidimos fundir os dois eventos numa única conferência. Começámos a preparar a candidatura há três anos, e esta foi apresentada e aprovada pelo Comité Técnico de Controlo Robusto da IFAC, há dois anos, no Congresso Mundial do IFAC em Yokohama, Japão.
Foi um privilégio coordenar esta candidatura e toda a preparação do evento em conjunto com a minha colaboradora de longos anos Teresa Perdicoúlis (UTAD, ISR Coimbra e também colaboradora INESC TEC) e os membros do CRAS – salientando aqui o desempenho excecional do Nuno Cruz, do Bruno Ferreira e da Sílvia Pina -, assim como a colaboração da Betina Neves. Contámos ainda com o apoio do Professor Fernando Fontes (FEUP, SYSTEC) e do seu grupo de investigação, assim como com o apoio institucional da direção do INESC TEC, em particular do Aníbal Matos e do José Manuel Mendonça. Esta colaboração e espírito de equipa foram absolutamente fundamentais para o sucesso da iniciativa.
Gostaria ainda de destacar o apoio dos serviços do INESC TEC, em particular a colaboração rigorosa e eficiente da Beatriz Ferreira, na área da contabilidade, e o excelente contributo da Cristiana Barros, da Comunicação e Imagem, responsável pelo desenvolvimento dos elementos visuais e decorativos da conferência, que muito valorizaram a imagem do evento.
Terminado o evento, qual é o balanço que faz do mesmo? Que relevância tem para a área onde o Paulo desenvolve a sua atividade, bem como para o INESC TEC?
O balanço é extremamente positivo. A conferência cumpriu plenamente o objetivo de criar um espaço internacional de excelência para a discussão científica, a partilha de conhecimento e o reforço de colaborações. Recebemos feedback muito elogioso dos participantes, não só pela qualidade do programa científico e pela organização, mas também pelo ambiente humano e acolhedor que se viveu. Um aspeto especialmente valorizado foi o networking potenciado pelo programa social da conferência – com destaque para o jantar no WOW/World of Wine, que proporcionou um ambiente único de convívio, partilha de experiências e contactos informais entre participantes de diferentes países e setores.
O local escolhido, o Colégio de Nossa Senhora de Lourdes, foi também decisivo para o sucesso do evento. Situado no centro da cidade e numa zona muito bem servida de hotéis, facilitou a mobilidade e proporcionou grande conforto a todos os participantes. O Colégio acolheu a conferência com um apoio técnico exemplar, uma limpeza irrepreensível das instalações e com os seus jardins interiores extremamente agradáveis, que se revelaram espaços privilegiados para o convívio e o relaxamento entre sessões.
Estes fatores – científico, social e logístico – foram fundamentais para aprofundar relações, criar novas parcerias e estimular ideias para projetos conjuntos. Foi uma oportunidade única de trazer a Portugal investigadores de topo mundial na área do Controlo e promover o trabalho desenvolvido no INESC TEC, na FEUP e nos parceiros nacionais. O evento reforçou o posicionamento do INESC TEC como centro de referência internacional e abriu portas a novas colaborações e oportunidades para os jovens investigadores.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Gosto especialmente do desafio de participar ativamente em projetos científicos e de fazer parte de uma equipa motivada e dinâmica. Sinto-me realizado no CRAS (FEUP), onde existe uma equipa altamente empenhada, desde a componente científica até ao apoio administrativo, o que me permite contribuir para o desenvolvimento dos mais jovens e para o impacto positivo da investigação na sociedade. Sem este ambiente e, acima de tudo, sem o contributo direto das pessoas-chave que me acompanharam na organização da conferência, não teria sido possível alcançar o sucesso que tivemos.
Como comenta esta nomeação?
Recebo esta nomeação com muita gratidão e humildade. Encaro-a não só como um reconhecimento pessoal, mas sobretudo como um reflexo do trabalho coletivo de uma equipa extraordinária, sem a qual nada disto teria sido possível. Sinto um grande orgulho por fazer parte do INESC TEC, do CRAS e do universo da FEUP, onde diariamente somos desafiados a ultrapassar limites e a inovar. Este reconhecimento reforça ainda mais a minha motivação para continuar a contribuir, em conjunto com todos os colegas, para a excelência científica e o impacto positivo da nossa investigação na sociedade.
Rita Cardoso
“A Rita tem vindo, nos últimos tempos, a assumir com elevado profissionalismo e dedicação uma multiplicidade de temas em simultâneo, demonstrando uma notável capacidade de organização, sentido de responsabilidade e proatividade. Destaca-se, em particular, pelo acompanhamento exemplar de um número significativo de estagiários curriculares e de verão, assegurando não só a sua integração eficaz, como também a qualidade do processo formativo. Neste contexto, e reconhecendo o seu contributo consistente e diferenciador, proponho a sua nomeação como ‘Extraordinária’”.
– coordenação dos RH
“O Gabinete de Estudantes na Investigação gostaria de nomear a Rita Cardoso pelo seu contributo excecional na implementação do programa de estágios de verão do INESC TEC em 2025. Para além das suas funções habituais no serviço de Recursos Humanos, a Rita assumiu um papel fundamental na operacionalização de uma iniciativa altamente complexa e cada vez mais abrangente dentro da instituição, que este ano envolveu 125 estagiários e mais de 50 orientadores. A sua dedicação, proatividade e atenção ao detalhe foram determinantes para o sucesso do programa em todas as suas fases: desde o planeamento inicial e revisão de regras, passando pela gestão e seriação de mais de 250 candidaturas, até ao processo de admissão e acolhimento dos estagiários admitidos. Destacou-se pela forma eficaz como articulou com os diversos centros de investigação e intervenientes do programa, assegurando uma comunicação clara, empática e eficiente com candidatos, orientadores e serviços internos. O seu papel como elo de ligação com o GABEI foi exemplar, demonstrando um compromisso muito para além do esperado no seu âmbito funcional. A sua disponibilidade, incluindo a alocação de tempo extra fora do horário normal de trabalho, foi crucial para garantir a agilidade e qualidade de execução desta iniciativa, que cresceu de forma significativa desde a fase-piloto (30 estágios) até à escala atual. Pela forma como abraçou este desafio estratégico para a instituição, a Rita merece, sem dúvida, este reconhecimento.”
– Gabinete de Estudantes na Investigação
A Rita está envolvida na promoção dos estágios curriculares e de verão da instituição; pode falar-nos um pouco mais sobre as suas atividades na organização destas iniciativas?
O programa de estágios do INESC TEC é uma iniciativa do Gabinete de Estudantes na Investigação que visa aproximar a nossa Instituição da comunidade académica. Nesta fase do ano, está a decorrer a 3.ª edição dos Estágios de Verão INESC TEC, envolvendo cerca de 125 estudantes e 50 orientadores, distribuídos por 78 temas de estágio. Ao longo desta edição, tal como nas anteriores, tenho tido o privilégio de participar no desenho e na operacionalização de todo o programa, o que me permite ter uma visão transversal sobre o mesmo, implementar melhorias diárias que o tornem mais eficaz e ágil, e contactar com todos os seus intervenientes. Esta está a ser, por isso, uma excelente oportunidade aprendizagem e de crescimento profissional.
Que aspetos gostaria de salientar relativamente a estes estágios (relevância, abrangência, lições que foi retirando, aspetos a mudar/melhorar, etc.)?
Considero que estes estágios são uma excelente iniciativa do INESC TEC, na medida em que proporcionam uma primeira experiência na área de I&D aos estudantes, criam condições para o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação académica e estimulam a reflexão sobre o seu futuro profissional. O grande desafio desta iniciativa é tornar a nossa instituição aliciante para esta nova geração de estudantes. Nos últimos anos, tem-se verificado uma mudança significativa na forma como as novas gerações percecionam o trabalho. Observa-se, atualmente, uma valorização crescente do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, da flexibilidade e do propósito no trabalho – mudança esta que está profundamente ligada à evolução tecnológica. Esta nova geração, que agora integra o mundo académico e laboral, cresceu já num contexto digital, o que lhes permite ter uma visão mais global e crítica sobre o papel do trabalho nas suas vidas. Compreender estas mudanças e alinhar expetativas, nomeadamente entre gerações é, por isso, fulcral.
Sendo que desempenha outras atividades de RH e da instituição, como nos descreveria um “dia de trabalho” no INESC TEC? Que desafios encontra no desenrolar do seu trabalho em diferentes vertentes?
Neste momento, desempenho uma grande variedade de tarefas, relacionadas com os mais diversos temas, pelo que os meus dias no INESC TEC são bastante preenchidos e exigentes. Tenho estado envolvida nas áreas de recrutamento e seleção, acolhimento e integração de novos colaboradores, saúde e segurança no trabalho, gestão de compensações e benefícios, integrando também a Comissão Técnica para a Responsabilidade Social. O meu maior desafio, atualmente, é conseguir assegurar todas estas tarefas de forma ágil e eficaz, mas também empática e humana.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Este mês completo oito anos no INESC TEC e, ao longo deste tempo, tive a oportunidade de assumir os mais variados desafios. Tem sido muito gratificante assistir ao crescimento da Instituição e têm-me sido dadas excelentes oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento. No Serviço de Recursos Humanos lidamos, acima de tudo, com pessoas — com as suas expetativas, dúvidas e frustrações — e é muito recompensador sentir que conseguimos, efetivamente, contribuir para o seu bem-estar e para que se sintam acolhidas. Acredito que os locais de trabalho devem ser promotores de bem-estar e, como membro do Serviço de RH, tenho o privilégio, através das minhas atividades, de ajudar na criação de condições que protejam a sua saúde, quer física, quer psicológica.
Como comenta esta nomeação?
Agradeço esta nomeação e o voto de confiança, quer por parte do Serviço de Recursos Humanos, quer por parte do Gabinete de Estudantes na Investigação. Estendo, por fim, este agradecimento aos meus colegas do Serviço de RH e à Sara Brandão, do GABEI. Tenho, de facto, colegas excecionais e é para mim um privilégio partilhar o meu dia a dia com eles. Um sincero obrigada.