O INESC TEC é parte de uma aliança que está no terreno para transformar o setor da energia – e terá respostas até ao final do ano 

Os desafios estão identificados, mas agora é preciso perceber como lhes dar resposta e transformar o setor da energia a partir de um esforço de cocriação, juntando toda a sua cadeia de valor. E é isso mesmo que a Aliança para a Transição Energética (ATE), uma agenda de inovação à escala nacional concebida para reforçar a competitividade e a resiliência do setor, vai fazer até ao final do ano. 

O INESC TEC integra este compromisso que, entre setembro e dezembro, irá fomentar colaborações de impacto para acelerar a adoção de tecnologias para uma transição energética justa. Como? Através do ATE Open Innovation Program, um programa para aproximar organizações e acelerar o processo de validação, experimentação e demonstração de soluções que querem deixar Portugal na pole position do esforço de transição energética na Europa. 

Para chegar a essa posição, há três conceitos a ter em conta: colaboração, inovação e transformação industrial. O INESC TEC e a Beta-i vão enlaçá-los até dezembro numa iniciativa que já está no terreno para criar parcerias e soluções personalizadas e explorar tecnologias emergentes – que podem até servir de cartão de visita para oportunidades de negócio. 

“O programa apoia a construção de desafios tecnológicos com organizações estratégicas do setor em workshops de cocriação e facilitará o encontro de soluções e sua seleção em momentos de online pitch e speed dating. Além disso, um online bootcamp está previsto para dinamizar mentorias e o co-desenho da colaboração nas atividades e follow-up futuro”, explica Manuel Victor Matos, investigador do INESC TEC. 

Os dois workshops vão estimular a troca de ideias e identificação de desafios e dificuldades encontradas pelos parceiros da ATE em duas áreas: a transformação de sistemas de energia e a mobilidade sustentável. O feedback recebido irá nortear o projeto na busca por tecnologias robustas e adaptadas aos desafios identificados.  

Mais tarde, entre novembro e dezembro, o Open Innovation Programme entrará numa fase de avaliação e seleção das melhores ideias, desaguando, depois, num bootcamp que irá casar os use cases e desafios identificados com as soluções tecnológicas que o programa identificou.  

Com um investimento global de 274 milhões de euros até 2026, a ATE tem em curso diferentes projetos com vista a mudar e rentabilizar o sistema energético nacional, envolvendo toda a cadeia de valor do setor da energia. A aliança une 80 parceiros, desde empresas, institutos de investigação e desenvolvimento, universidades, laboratórios e entidades públicas. O objetivo é desenvolver produtos e soluções inovadoras, mas inspiradas na economia real, para que possam ser exploradas no mercado após a conclusão do projeto. 

Alguns focos do trabalho deste projeto passam pela descarbonização, por exemplo, em infraestruturas de transporte e distribuição, digitalização e democratização da energia, desenhando produtos energeticamente eficientes, com base em fontes renováveis e que possam ser acessíveis ao utilizador doméstico.  

O investigador mencionado na notícia tem vínculo ao INESC TEC.  

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