Sabemos muito sobre a COVID-19, mas ainda há outro tanto por descobrir. Numa iniciativa do Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa e com coordenação de Alexandre Quintanilha, discutiu-se a COVID-19 e a Condição Pós-COVID. A Jornada reuniu um conjunto de especialistas para falar sobre a investigação e os projetos em curso sobre este tema. O INESC TEC marcou presença para abordar a inovação em tempos de emergência e incerteza, destacando o papel próximo que teve, em 2020, enquanto ator de investigação e inovação e de aconselhamento ao nível das políticas públicas.
Já passaram mais de dois anos desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência global da COVID-19, mas têm surgido novas variantes e milhões de cidadãos, que foram afetados pela pandemia, continuam a manifestar sintomas, como dores articulares e musculares, fadiga, dificuldade respiratória, palpitações, problemas de concentração, perturbações do sono, tosse persistente e febre. Mesmo com uma quantidade significativa de dados, a nível nacional e internacional, ainda não se compreende a etiologia dos sintomas e a sua ligação às diferentes variantes deste coronavírus – sintomas com muito impacto na qualidade de vida das pessoas.
Com o objetivo de descrever a situação que se viveu e que ainda se vive em Portugal, partindo daquilo que já se sabe e do que ainda se desconhece, a Jornada “COVID-19 e a Condição Pós-COVID”, que teve lugar na Reitoria da Universidade do Porto, juntou especialistas – das mais diversas áreas – que se têm dedicado a este tema, para apresentarem as suas contribuições. Falamos de um programa que juntou protagonistas da pandemia, como Graça Freitas, à data Diretora Geral da Saúde, e antigos governantes como Mariana Vieira da Silva, Ministra de Estado e da Presidência aquando do início da fase pandémica, e Mário Centeno, Ministro das Finanças na altura em que a OMS decretou pandemia – além de Alexandre Quintanilha, também ele deputado da Assembleia da República nesse período.
Ao longo da Jornada foram abordados tópicos como a COVID Longa, as lições aprendidas na resposta à situação pandémica, a gestão da incerteza e a comunicação com a população, as políticas económicas tomadas nessa altura, o papel do retalho, o lançamento de iniciativas como os Diários de uma Pandemia, numa parceria entre o ISPUP, o INESC TEC e o jornal Público, o direito do trabalho, o desenvolvimento científico e tecnológico e aquilo que se pode esperar no futuro.
Ao INESC TEC coube falar sobre a inovação num tempo de emergência e incerteza, Rui Oliveira, Diretor do Instituto, fez uma intervenção sobre a abordagem europeia para o rastreio de contactos e como, em apenas seis meses, e no auge da pandemia, se desenvolveu uma solução nacional – a STAYAWAY Covid – para o rastreio da proximidade física entre as pessoas.
“A COVID-19 chegou-nos sem grandes avisos, apanhou-nos de surpresa e, mesmo dois anos após o fim da emergência global, constitui um desafio de grande relevância para a saúde pública. Neste contexto, ferramentas inovadoras como a STAYAWAY Covid representam um avanço significativo – avanço esse que nos torna menos despreparados para lidar, de forma mais rápida e informada, com crises desta natureza”, admite Rui Oliveira.
Esta jornada realizou-se no dia 21 de outubro, no âmbito do Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa e foi coordenada por Alexandre Quintanilha.
O investigador mencionado na notícia tem ligação ao INESC TEC e à Universidade do Minho

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