Como gerir um Centro de Excelência? A resposta passou pelo Workshop de Governança do INESCTEC.OCEAN

Troca de ideias ou troca de ‘post-its’? Em outubro, o INESC TEC organizou um Workshop de Governança no âmbito do INESCTEC.OCEAN. Entre apresentações e mesas de discussão, a atividade proporcionou um ‘brainstorming’ sobre hipotéticos modelos organizacionais do Centro de Excelência para o Mar.

A 15 e 16 de outubro, o INESCTEC.OCEAN recebeu os parceiros de consórcio para um workshop. Em conjunto, gestores e responsáveis de INESC TEC, SINTEF, Fórum Oceano e APDL – Administração de Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo – envolveram-se num exercício de reflexão e projeção futura sobre o modelo de organização e gestão do Centro de Excelência.

“Este workshop permitiu à equipa envolvida fazer um ‘brainstorming’ sobre os fatores externos e fatores internos que os diferentes modelos de governança trazem como vantagens e desvantagens”, aponta Diana Viegas, responsável do INESCTEC.OCEAN.

Segundo a investigadora do INESC TEC, a atividade “permitiu à equipa envolvida fazer uma análise aprofundada do que implica a autonomia do Centro de Excelência e qual o impacto que terá do ponto de vista nacional e internacional”.

Ambos os dias começaram com apresentações das entidades presentes, sobretudo no que toca à organização interna e políticas de cada instituição, abordando temas como recursos humanos, acesso a mecanismos de financiamento comunitário e gestão de propriedade intelectual, por exemplo.

Num segundo momento, os participantes juntavam-se à mesa de discussão, de caneta em riste e ‘post-its’ por escrever, debruçando-se em reflexões conjuntas sobre cenários hipotéticos e distintos de autonomia administrativa do INESCTEC.OCEAN.

“Para o SINTEF Ocean foi importante apresentar a nossa abordagem da governança e das políticas de recursos humanos, ao mesmo tempo que ficámos a perceber melhor sobre os diferentes modelos organizacionais a ser ponderados pelo INESCTEC.OCEAN”, realça Merete Moldestad.

A diretora-adjunta do SINTEF Ocean aponta que a “reflexão sobre os pontos positivos e negativos de diferentes modelos de governança foi mutuamente benéfica” e que “este tipo de exercícios conjuntos fortalecem a colaboração dentro do consórcio”. “Ao construirmos um consenso alargado desde cedo neste processo, fica mais fácil para nós providenciar contributos relevantes para que o INESCTEC.OCEAN defina o seu modelo de organização”, remata.

Filipe Martins também reforça que “estes exercícios conjuntos fortalecem a colaboração”, além de “anteciparem desafios e ajudarem a estruturar soluções com impacto no ecossistema da Economia Azul”.

O diretor para a Inovação e Modernização da APDL destaca uma discussão feita com “realismo e abertura”, cujas “conclusões poderão servir não só para o INESCTEC.OCEAN, mas para centros semelhantes que venham a ser criados no futuro”.

Já Carlos Pinho, líder do Portugal Blue Digital Hub (PBDH) e um dos representantes da Fórum Oceano na atividade, fala de um “workshop muito rico e proveitoso”, com vista à “estimulação da discussão, identificação de pontos comuns e início de um processo mais detalhado e aprofundado da governança para o novo Centro de Excelência INESCTEC.OCEAN”.

“Os resultados atingidos foram bastante promissores, na medida em que foi possível aprofundar o conhecimento das realidades de cada entidade, dos respetivos enquadramentos nacionais e oportunidades para novas colaborações.”

O também líder da Companhia de Energia Oceânica (CEO) diz estar “convencido que este tipo de exercícios gera, a médio e longo prazo, uma forte ligação multidisciplinar entre as entidades, fortalecendo o networking e a confiança”.

“Alinhando as diferentes entidades envolvidas nos desafios a vencer, criam-se condições para que o país possa beneficiar em termos tecnológicos e económicos deste Centro de Excelência e desta forte aproximação entre Portugal e a Noruega”, conclui Carlos Pinho.

Este foi o primeiro de uma série de workshops que serão realizados pelo INESCTEC.OCEAN, com a finalidade de todos os membros do consórcio terem a oportunidade de contribuir para a definição de um modelo de governança que mais se adeque ao contexto e às necessidades do INESC TEC.

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