Ana Rita Lopes e Ehsan Kazemi-Robati

Ana Rita Lopes

“O SAL gostaria de nomear a Ana Rita Lopes pela conclusão, com sucesso, de um licenciamento importante na área da Energia – por motivos de confidencialidade, não será possível revelar mais detalhes”.

– Responsável do Serviço de Apoio ao Licenciamento

A Ana Rita concluiu, com sucesso, um processo de licenciamento na área da Energia; pode falar-nos um pouco do trabalho que foi desempenhando no seu decorrer?

Durante este processo houve uma ativa interação com as diferentes partes envolvidas, para alinhamento das expectativas, clarificação e definição de detalhes contratuais críticos na área de transferência de tecnologia, e um estreitamento das relações entre o INESC TEC e os seus parceiros industriais.

Que desafios encontrou ao longo desse período?

O processo de negociação é longo, e são vários os desafios, pois são vários os intervenientes, e todos têm uma voz, e expectativas, que de uma forma geral não estão alinhadas. Encontrar os pontos de compromisso e de equilíbrio, que levam ao sucesso da negociação, é o maior desafio.

Do que mais gosta no seu trabalho?

Poder ajudar na criação de pontes que ultrapassam o fosso que existe entre o desenvolvimento de tecnologia em institutos de I&D, como o INESC TEC e a indústria que produtiza as tecnologias, e as leva até à sociedade, i.e., que se cumpra a missão do INESC TEC.

De facilitar e potencializar a valorização das tecnologias desenvolvidas no INESC TEC, podendo assim, dar mais valor/visibilidade ao melhor “produto” do INESC TEC, as suas equipas de investigação, e as tecnologias que por elas são geradas.

Como comenta esta nomeação?

É com orgulho que recebo esta nomeação, é bom vermos o nosso trabalho reconhecido. Mas é importante salientar que é o resultado de um trabalho de equipa, e de colaboração estreita entre SAL, AJ e CPES.

Ehsan Kazemi-Robati

“O Ehsan Kazemi-Robati, tem vindo a desempenhar um trabalho de elevada qualidade no dimensionamento e integração da produção de base renovável híbrida offshore, no âmbito do projeto europeu EU-SCORES. Recentemente, foi responsável por assegurar as contribuições do INESC TEC no entregável de gestão e otimização de energia em parques híbridos offshore. Simultaneamente desenvolveu uma ferramenta computacional de otimização estocástica para o dimensionamento de parques offshore multi-tecnologia com base na localização geográfica e disponibilidade de recursos eólico, das ondas e solar. Este trabalho foi publicado no mês de maio na revista científica Journal of Cleaner Production. Merece o reconhecimento, não só pelos objetivos atingidos, mas também pela extraordinária dedicação, perseverança, rigor científico e espírito de equipa”.

– coordenação do CPES

O Ehsan está envolvido no projeto EU-SCORES – mais recentemente, na gestão e na otimização energética de parques híbridos offshore; podia, de forma breve, falar-nos um pouco mais sobre este projeto (principal objetivo, resultados, o papel e as contribuições do INESC TEC, etc.) e sobre as suas atividades?

O projeto European Scalable Offshore Renewable Energy Sources (EU-SCORES) visa promover a implementação de parques híbridos offshore de energia renovável, e que integrem a energia gerada pelas ondas, por sistemas fotovoltaicos flutuantes, e por turbinas eólicas offshore. Os parques híbridos offshore oferecem várias vantagens quando comparados com sistemas que recorrem a uma única fonte de energia; a produção de energia mais eficiente, em termos de área ocupada, uma melhor utilização de infraestruturas elétricas, a redução da variação da produção de energia, e a menor capacidade de armazenamento necessária são alguns dos outros pontos fortes deste tipo de solução. Como membro do consórcio deste projeto europeu, o INESC TEC está responsável por várias tarefas e WP, incluindo a gestão dos processos de operação e de manutenção, a integração na rede, o design do sistema elétrico, o dimensionamento e a gestão de energia, o projeto-piloto, etc. Ao longo do meu percurso no INESC TEC, tenho vindo a colaborar nas tarefas do EU-SCORES relacionadas com a otimização do dimensionamento e a gestão de energia dos parques híbridos. Mais recentemente, tenho participado ativamente em estudos sobre integração na rede e design de layout – que acabam por estar relacionadas com as outras tarefas do projeto.

A revista Journal of Cleaner Production decidiu destacar o seu trabalho no mês passado; pode falar-nos um pouco mais sobre isso, e sobre como se sentiu ao ser agraciado com este reconhecimento? De que forma vai influenciar a sua carreira como investigador?

No âmbito do projeto EU-SCORES, desenvolvemos uma estrutura para a otimização do dimensionamento de fontes de energia renovável, para tornar híbridos os parques eólicos offshore existentes. Tendo em conta a incerteza em termos de produção de energia com recurso a fontes renováveis, a estratégia de otimização do dimensionamento foi desenvolvida dentro de uma estrutura estocástica. Além disso, focamo-nos de forma significativa nas barreiras à implementação de parques híbridos offshore nos locais já existentes – nomeadamente, no que diz respeito a limitações no sistema elétrico. Foi um enorme prazer poder publicar alguma da informação referente aos estudos realizados, sob a forma de um artigo que escrevi com outros colegas do INESC TEC. Receber críticas construtivas e feedback positivo sobre o impacto do nosso trabalho por parte dos revisores e editores desta revista tão conceituada permite avançar ainda mais, e melhorar outros estudos desenvolvidos no âmbito do EU-SCORES (atuais e futuros).

Como avalia a sua experiência no INESC TEC? Do que mais gosta no seu trabalho? E como comenta esta nomeação?

Trabalhar no INESC TEC tem sido uma ótima experiência para mim, especialmente no que diz respeito à investigação sobre energias renováveis, e ao contacto com investigadores e professores com vasta experiência nesta área. Poder trabalhar com colegas e amigos que me inspiram, participar em debates sobre novas descobertas e resultados de diferentes projetos no INESC TEC – ao mesmo tempo que partilho uma enorme paixão por contribuir, ainda mais, para alcançar as metas de neutralidade carbónica – são alguns dos aspetos positivos. Para concluir, sinto-me bastante honrado por ter sido nomeado, e agradeço este gesto.

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