Carlos Pereira
“Durante o mês de outubro, o Carlos Pereira fez avanços significativos na implementação de uma biblioteca de software para a interoperabilidade semântica em comunidades de energia, contribuindo para a construção de um ecossistema de serviços digitais totalmente interoperáveis para os consumidores de energia elétrica. Este desenvolvimento tem um elevado potencial de aplicação em diversas áreas e melhora os conceitos desenvolvidos em projetos anteriores (por exemplo, o projeto europeu InterConnect). Para esta tarefa, Carlos Pereira demonstrou ser autodidata, com um forte espírito autocrítico, promovendo discussões técnicas relevantes dentro da instituição e contribuindo sempre um ambiente de trabalho positivo e descontraído.”
– coordenação do CPES
O Carlos esteve envolvido na implementação de uma biblioteca de software para interoperabilidade semântica em comunidades de energia; poderia falar-nos um pouco mais sobre este trabalho, e quais os principais resultados que tem para apontar?
A interoperabilidade semântica é de cada vez mais um requisito nos projetos atuais. Se a definição em si não é óbvia, a implementação é ainda muito complexa – devido, principalmente, à grande quantidade de standards que é necessário dominar. Apesar de alguns destes modelos remontarem ao início da internet, a interoperabilidade semântica ainda está na sua infância em termos de concretização.
O trabalho desenvolvido visa descomplicar as metodologias existentes, através de uma nova especificação semântica, a que chamamos SEMAPTIC, muito mais simples e intuitiva, tanto para o produtor dos dados, como para o consumidor. O modelo está neste momento a ser aplicado no âmbito das comunidades de energia no projeto ENPOWER, embora possa ser usado em qualquer domínio que exija interoperabilidade semântica para as trocas de dados entre serviços.
Quais são os principais desafios que encontra no decorrer das suas atividades?
O principal desafio que tenho é comum a todos: a falta de tempo. A velocidade supersónica do dia a dia do CPES implica que temos de ser muito criativos para arranjarmos tempo para sermos… criativos. Mesmo que esteja “tudo a arder”, termos a capacidade de parar para pensar melhor na resolução de uma tarefa (qualquer tarefa), resulta num maior rendimento e simplificação de metodologias para a sua realização.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Das pessoas. Tenho a sorte de estar rodeado de pessoas absolutamente inacreditáveis, com uma paciência infinita e que estão sempre presentes, quer seja para discutirmos ideias à volta de um café, quer seja para arregaçarmos as mangas noite e dia, e pormos as coisas a funcionar.
Como comenta esta nomeação?
Com surpresa e com muita honra. Muito obrigado à Coordenação. Para além do trabalho desenvolvido, associo também esta nomeação à minha forma de encarar o trabalho e à maneira como interajo com as equipas nas quais estou inserido. Para todos os que me aturam e me ajudam diariamente (vocês sabem quem são): este prémio é nosso!
Isabel Rio-Torto
“A Isabel Rio-Torto desempenhou um papel essencial na criação de vídeos tutoriais para utilização da plataforma de computação SLURM do CTM. Este trabalho é muito relevante porque permite o uso dos recursos por parte de novos utilizadores sem a necessidade de um apoio técnico frequente. A sua dedicação e qualidade do trabalho desenvolvido enquanto bolseira de doutoramento à data de execução, justificam a sua menção como Extraordinária”.
– coordenação do CTM
A Isabel esteve responsável pela criação de tutoriais sobre a plataforma de computação SLURM; podia falar-nos um pouco mais sobre este processo, bem como sobre a plataforma em si e de que forma contribui para o trabalho da equipa do Centro?
O SLURM é a infraestrutura computacional partilhada do CTM, composta por um cluster de GPUs e CPUs, que podem ser utilizados para executar tarefas computacionais complexas (por exemplo, processamento multimédia, aprendizagem computacional). Com esta plataforma, os recursos computacionais do centro são geridos de forma automática e centralizada, garantindo uma utilização eficiente dos recursos partilhados, considerando os tempos de espera das tarefas e garantindo um acesso justo aos recursos. Porém, a sua eficiente utilização requer alguma aprendizagem por parte dos utilizadores. Com o aumento do número de utilizadores, usar da forma mais eficiente possível estes recursos é ainda mais importante. Além disso, cada vez que um novo utilizador era adicionado à plataforma, apesar da documentação escrita já existente, os utilizadores mais experientes da plataforma por vezes sentiam a necessidade de demonstrar, de uma forma mais visual, como a utilizavam. Assim, surgiu esta ideia de se fazerem uns vídeos/tutoriais que não só tornassem a aprendizagem mais fácil, rápida e intuitiva por parte dos novos utilizadores, mas também que reduzissem o tempo que os utilizadores mais experientes dedicavam a transmitir as boas práticas que foram adquirindo com a sua própria experiência.
Quais são os principais desafios que encontra no decorrer das suas atividades? De que forma equilibra o seu trabalho no CTM com o doutoramento?
Manter-me atualizada com a mais recente investigação, que é desenvolvida e publicada a ritmos cada vez mais estonteantes, principalmente na área em que desenvolvo a minha investigação (inteligência artificial, nomeadamente visão por computador e processamento de linguagem natural). Considero que fazer um doutoramento não passa apenas por fazer investigação; também pode (e arrisco-me a dizer, deve) envolver a lecionação, participação na organização de eventos, divulgação científica, acompanhamento de estudantes de licenciatura e/ou mestrado, etc. Desta forma, vejo esta contribuição para o CTM como parte natural do meu percurso como doutoranda.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Do desafio constante e da liberdade de poder explorar novas ideias.
Como comenta esta nomeação?
Confesso que não estava nada à espera e fico, naturalmente, muito grata à coordenação do CTM por esta nomeação. É sempre muito bom ver o nosso trabalho reconhecido!
Mafalda Castro
“A Mafalda tem demonstrado um desempenho verdadeiramente excecional no INESC TEC, destacando-se pela sua notável capacidade de lidar com múltiplos projetos em simultâneo com qualidade e dedicação. Além de estar envolvida em diversos projetos nacionais e um europeu, a Mafalda ainda encontrou tempo e motivação para contribuir significativamente no desenvolvimento da aplicação móvel para os colaboradores do INESC TEC, revelando não só as suas competências técnicas multifacetadas, mas também o seu espírito de equipa e compromisso com a instituição. A sua capacidade de equilibrar estas diferentes responsabilidades, mantendo sempre um elevado padrão de qualidade em todas as entregas, é verdadeiramente de realçar”.
– Lino Oliveira, Responsável de Área
A Mafalda esteve envolvida no desenvolvimento da INESC TEC APP. Poderia falar-nos um pouco mais sobre este processo, e de que forma contribuiu para o mesmo? O que gostaria de salientar relativamente a esta aplicação móvel, recentemente apresentada?
A INESCTEC APP começou como uma iniciativa de desmaterializar o cartão físico de colaborador, mas que acabou por se tornar numa ferramenta com o intuito de facilitar o trabalhador em diversas tarefas do dia-a-dia, como consultar a ementa. Estive envolvida nesta solução desde o início, contribuindo para o desenho da interface, a sua implementação e participando em várias decisões sobre o seu funcionamento. Foi um processo iterativo e meticuloso, de modo a tentar proporcionar uma experiência fácil para o utilizador, mas algo que me deu muito gosto de trabalhar. Gostaria de salientar que esta aplicação será útil não só para aqueles que já fazem parte do INESC TEC, mas também para facilitar a integração de novas caras na instituição. É possível, por exemplo, localizar facilmente os diferentes polos, consultar o manual do colaborador, ou obter os contactos da coordenação do respetivo centro ou serviço em que se enquadram.
O início do seu vínculo à instituição deu-se em 2020; sendo que já conta com quase cinco anos “de casa”, há algum momento, projeto ou objetivo alcançado que pretenda destacar? O que espera daqui para a frente, enquanto membro da comunidade INESC TEC?
Juntei-me ao INESC TEC em 2020, no âmbito do estágio curricular da Licenciatura em Ciência de Computadores. Durante estes anos, concluí também o Mestrado na mesma área, que era um grande objetivo meu. No futuro, além de continuar a integrar diversos projetos de investigação, espero poder voltar a fazer parte de iniciativas que possam deixar uma marca dentro da instituição!
Do que mais gosta no seu trabalho?
Para começar, tenho a sorte de trabalhar com uma excelente equipa que partilha a mesma dedicação no seu trabalho. Além disso, gosto da variedade de projetos em que tenho oportunidade de trabalhar, pois permite-me explorar diferentes áreas, assim como continuar a evoluir e ultrapassar novos desafios.
Como comenta esta nomeação?
Fico muito agradecida ao meu orientador, Lino Oliveira, não só por esta nomeação, mas por toda a confiança que me tem dado, desde que entrei na instituição. Foi uma honra poder colaborar neste projeto que pode fazer a diferença no INESC TEC. Gostaria de agradecer também aos restantes colegas que estiveram envolvidos, e cujo esforço foi essencial para alcançar este marco.
Marta Vranas
“São vários os motivos que me levam a nomear a Marta. Destaco o seu envolvimento na candidatura iLoF ao prémio de inovação da EARTO, o qual viemos a vencer na categoria de ‘Impacto Esperado’, e a sua liderança da candidatura Pocket-Vet ao prémio empreendedorismo e inovação do Crédito Agrícola (finalista). Com pouco mais de um ano no INESC TEC, a Marta tem contribuído para o reconhecimento do trabalho feito pelo INESC TEC e para a resolução de casos complicados envolvendo múltiplas entidades parceiras internacionais. A Marta tem ainda contribuído muito positivamente para o acolhimento de novos elementos do SAL e representado o gabinete de transferência de tecnologia num maior número de ocasiões”.
– Daniel Vasconcelos, Responsável do Serviço de Apoio ao Licenciamento
A Marta esteve envolvida em duas candidaturas a prémios distintos, sendo que o processo relativo à iLoF acabou com a atribuição do prémio de inovação EARTO, e a candidatura referente ao Pocket-Vet valeu um lugar na final – tendo sido premiada na categoria “Segurança Alimentar e Nutricional”. De que forma vê reconhecido o seu trabalho nestas candidaturas, e que tipo de motivação sente para continuar a envolver-se neste tipo de processos?
No SAL trabalhamos com o propósito de dar a conhecer e valorizar o trabalho desenvolvido pelos investigadores do INESC TEC. Ver as nossas candidaturas integrar as listas de finalistas e, depois, alcançar o 1.º lugar em prémios atribuídos por entidades e peritos nacionais e internacionais nestas áreas, é um reconhecimento extraordinário da qualidade do trabalho desenvolvido e uma validação destas soluções inovadoras. Este tipo de distinção não só valida a importância estratégica das iniciativas, mas também reflete a nossa dedicação a cada uma das tecnologias de forma única. Estas candidaturas têm um papel crucial na criação de pontes entre a I&D, a indústria e a sociedade, ampliando o alcance e o impacto futuro das inovações tecnológicas.
Quais são os principais desafios que encontra no decorrer das suas atividades?
Para mim, um dos principais desafios está no encontrar o equilíbrio ideal entre todas as partes envolvidas, de forma a garantir o sucesso de cada processo. Desde a recolha e escolha de informações importantes e relevantes que sustentem a viabilidade e a aplicabilidade da tecnologia inovadora, até à negociação, p.e. de acordos e licenciamentos com entidades externas. Embora pareça por vezes fácil e linear, cada parte envolvida traz as suas próprias expectativas, prioridades e objetivos, pelo que encontrar um foco e promover pontos de alinhamento é por vezes das partes mais complexas na nossa intervenção.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Como bioquímica, estive ligada à investigação durante muitos anos, o que me permite ter uma visão abrangente da I&D. Atualmente, o que mais me entusiasma no meu trabalho é a oportunidade de explorar o que vai além do “trabalho de bancada”, conhecer novas linguagens e a realidade de quem absorve as inovações e o que efetivamente necessita. Em particular no SAL, onde o que mais motiva é a dedicação personalizada que cada caso exige. Aprendemos imenso com cada tecnologia que analisamos, com as entidades parceiras com as quais colaboramos e com o sector industrial. Tudo isto nos dá experiências e ferramentas robustas para esta área da transferência do conhecimento e da tecnologia.
Como comenta esta nomeação?
É com muito orgulho que recebo esta nomeação. É gratificante sentirmos o nosso trabalho reconhecido e saber que estamos a contribuir positivamente para o sucesso da equipa em todas as suas dimensões.
Matias Molina
“O Matias demonstrou um empenho louvável no âmbito do projeto EMERITUS. Levou a cabo todas as suas tarefas, com um grande sentido de responsabilidade e enorme dedicação. No mês passado, o artigo ‘More (Enough) Is Better: Towards Few-Shot Illegal Landfill Waste Segmentation’ (Matias Molina et al.) conquistou o PAIS Outstanding Paper Award na ECAI 2024 – European Conference on AI -, uma das principais conferências de IA na Europa e no mundo”.
– coordenação do LIIAD
O Matias está envolvido no projeto EMERITUS; pode falar-nos um pouco mais sobre esta iniciativa (principal objetivo, fatores diferenciadores, principais resultados e desafios, etc.)?
O projeto EMERITUS é uma iniciativa da União Europeia que visa explorar e desenvolver soluções para combater crimes ambientais. Apesar de integrar várias atividades e especialistas de diversas áreas, o INESC TEC foca-se na utilização de IA para abordar desafios ambientais distintos. Encontro-me envolvido na deteção de aterros ilegais com recurso a imagens áreas, mais concretamente, imagens via satélite.
O Matias é um dos autores do artigo que recebeu o PAIS Outstanding Paper Award na ECAI 2024; qual é a base deste trabalho, e como se sente ao estar envolvido num trabalho premiado, reconhecido durante um dos principais eventos na área?
O nosso artigo incide sobre a utilização da IA para detetar aterros ilegais, com recurso a imagens de satélite. Em termos de literatura, encontramos alguns estudos sobre soluções de IA capazes de detetar a presença de resíduos em determinadas imagens, mas a identificação precisa de áreas ou “segmentos” é algo bastante desafiante, pois os modelos de IA requerem quantidades significativas de dados rotulados, algo difícil de obter em contexto de crimes ambientais. A nossa abordagem combina diferentes modelos de IA e anotações para localizar estes segmentos em determinadas imagens. Além disso, realçamos a importância de realizar um processo de avaliação com diferentes métricas, refletindo a qualidade que se exige a um projeto como o EMERITUS. O reconhecimento, por parte da ECAI, através da atribuição do PAIS Outstanding Paper Award, foi uma agradável surpresa! Não se trata apenas de uma grande honra; é um reconhecimento do nosso esforço, e da forma como utilizamos a IA para abordar um problema global.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Trabalhar em ciência permite-me satisfazer a minha curiosidade. Além disso, é bom poder ver como determinadas teorias influenciam problemas concretos. Também importante é poder discutir ideias com os meus colegas, seja de forma mais casual, ou sobre temas científicos.
Como comenta esta nomeação?
Fiquei muito feliz, e foi uma agradável surpresa. Estou extremamente grato à coordenação do LIAAD, especialmente ao Professor João Gama, pelo seu apoio contínuo e pela confiança que me tem dado. Agradeço, também, a oportunidade de poder contribuir para projetos com impacto. Gostaria de partilhar esta nomeação com os meus colegas, que ajudaram a criar uma atmosfera positiva aqui no Porto – um fator importante, e que contribui, significativamente, para estes resultados.
Tamás Karácsony
“A coordenação do C-BER gostaria de nomear o Tamás Karácsony – aluno de doutoramento no âmbito do programa de doutoramento PDEEC/FEUP, financiado pela CMU-Portugal – por ter conquistado o prémio ‘IEEE AI Innovation’, durante o GITEX Global 2024 – o maior evento de tecnologia e start-ups do mundo, promovido pelo IEEE Entrepreneurship”.
– Coordenação do C-BER
O Tamás recebeu o prémio “IEEE AI Innovation” no âmbito do GITEX Global 2024, graças ao seu trabalho de investigação sobre epilepsia. Podia falar-nos um pouco mais sobre este trabalho (motivação, principal objetivo e resultados alcançados, desafios, etc.)?
Claro! O meu trabalho foca-se no diagnóstico clínico em casos de epilepsia através de deep-learning explicável. Trata-se de um desafio complexo no âmbito da visão computacional, uma vez que é necessário mapear movimentos temporoespaciais complexos relacionados com crises em 4D – mais concretamente os que ocorrem em determinadas áreas do cérebro, tendo em conta contextos caracterizados pela ausência de dados. As práticas clínicas atuais dependem da análise visual para a avaliação baseada na semiologia, um processo subjetivo, moroso e suscetível a elevada variabilidade. O principal objetivo é desenvolver um sistema de apoio ao diagnóstico quantitativo e automatizado, utilizando a captura de movimentos em 3D, de forma a tornar este processo mais rápido, fiável e transparente. O nosso trabalho de investigação tem registado uma evolução significativa: começámos com uma abordagem de reconhecimento end-to-end que alcançou resultados relevantes, posteriormente publicados na Nature Scientific Reports. Tendo em conta a complexidade dos ambientes clínicos, abordamos desafios como a oclusão através do desenvolvimento de técnicas de produção de dados sintéticos, de forma a treinar arquiteturas mais robustas de deteção de pose humana. De momento, encontramo-nos a recolher dados de vídeos 4D e a desenvolver um conjunto de dados simulados para validar uma pipeline de reconhecimento de ações em duas fases, um processo com grande potencial e quase pronto a ser publicado. A colaboração tem sido fundamental para este projeto; trabalhar com parceiros na LMU Munich e no CHUSJ, e a possibilidade de passar um ano na CMU, foram aspetos importantes para explorar áreas como a IA, a visão computacional e a neurologia. Poder fazer parte de uma equipa International, diversa e interdisciplinar, de forma a abordar este problema grave de saúde, tem sido uma experiência incrível.
No entanto, existem alguns desafios. A escassez de dados é um dos maiores obstáculos – as amostras clínicas são, inerentemente, limitadas e difíceis de adquirir. De forma a ultrapassar esta barreira, desenvolvemos uma abordagem de reconhecimento de ações em duas fases, que não só avança a aprendizagem por transferência, como também oferece várias vantagens. Mesmo com uma clara escassez em termos de dados, o nosso método disponibiliza soluções que permitem a colaboração multi-hospitalar, e que são passíveis de adoção em grande escala. Além disso, este sistema garante a quantificação e a explicabilidade de movimentos, aspetos importantes para promover uma maior confiança e encorajar a sua utilização em contextos clínicos. Na sua essência, este projeto demonstra como as técnicas avançadas de visão computacional podem transformar os workflows em contextos clínicos. E isto é algo bastante entusiasmante: ter a oportunidade de resolver problemas concretos com recurso à tecnologia.
Receber este prémio no âmbito do GITEX foi uma enorme honra, que validou ainda mais o nosso trabalho. É um claro exemplo do poder da colaboração interdisciplinar e da inovação. Seja em investigação do foro clínico, ou em soluções de IA, este projeto é capaz de ultrapassar barreiras em setores como a saúde e na tecnologia.
Qual foi a sensação após receber um prémio, sobretudo num evento como a GITEX Global? Certamente, é algo que traz motivação adicional? Quais são os seus planos a curto prazo relativamente às atividades que tem vindo a desenvolver – e que lhe valeram este prémio?
É uma sensação incrível – ser reconhecido num evento como este reforça a importância deste tipo de trabalho. É algo que me motiva ainda mais. Quanto aos planos a curto prazo, temos alinhadas várias publicações, e encontramo-nos a analisar estratégias de propriedade intelectual, bem como a possibilidade de criar uma start-up. Além disso, encontro-me no último ano de doutoramento, pelo que terei de concluir a minha tese.
Do que mais gosta no seu trabalho?
Gosto imenso de trabalhar nesta área interdisciplinar, que envolve a visão computacional e a neurologia. Mais: enfrentar problemas complexos e encontrar soluções que possam apoiar, diretamente, o atendimento aos pacientes, é bastante gratificante. É muito bom criar pontes entre a tecnologia e a medicina.
Como comenta esta nomeação?
Sinto-me verdadeiramente honrado, e gostaria de agradecer ao meu orientador, o Professor João Paulo Cunha. Reflete o esforço coletivo de uma equipa multidisciplinar, e o potencial impacto do nosso trabalho. Esta nomeação leva-me a continuar a promover avanços em termos de IA e de cuidados de saúde.