Drivolution, Bioeconomia BE@T e Produtech_R3 foram as agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que o INESC TEC levou até Kamakura, no Japão, para a APMS 2025, uma Conferência Internacional sobre Avanços em Sistemas de Gestão da Produção.
Filipa Ramalho, Ana Carolina Chaves e Ana Simões, investigadoras do INESC TEC, na área de Engenharia e Gestão de Sistemas, participaram na APMS (IFIP WG 5.7 International Conference on Advances in Production Management Systems) – uma das conferências mais relevantes do setor, a nível internacional, que reúne académicos e representantes da indústria para discutir os avanços em gestão e sistemas de produção, logística e transformação digital.
As investigadoras apresentaram artigos de relevância no contexto de diferentes projetos de Agendas Mobilizadoras do PRR. No âmbito da Agenda Drivolution, mais concretamente no trabalho a ser desenvolvido em “Digital Lean Augmentation of Shopfloor Worker”, Filipa Ramalho apresentou o artigo científico “Human-Centered Augmented Reality in Manufacturing: Enhancing Efficiency, Accuracy, and Operator Adoption”, desenvolvido em co-autoria com a empresa Skill Augment. Este trabalho apresenta uma solução de Realidade Aumentada centrada no utilizador para controlo de qualidade numa linha automóvel. A Agenda Drivolution promove a transição para a fábrica do futuro, focando-se na digitalização, sustentabilidade e inovação tecnológica do setor automóvel e industrial em Portugal.
Já Ana Carolina Chaves, no quadro dos trabalhos em curso da Agenda Bioeconomia BE@T, apresentou o artigo científico “Data Spaces as Enablers of Digital Twin Ecosystems: Challenges and Requirements”. Este estudo analisa como os “espaços de dados” funcionam como habilitadores para ecossistemas de digital twin, identificando requisitos críticos como interoperabilidade, governação e gestão de dados. Esta agenda pretende transformar o setor têxtil e do vestuário numa fileira nacional mais inovadora, circular e sustentável, através do uso de materiais de origem biológica, processos produtivos avançados e modelos de negócio circulares.
Por fim, Ana Simões apresentou o artigo “Robotic Process Automation: A Qualitative Journey Through RPA’s Impacts on Company Employees”. Este artigo foi feito em coautoria com o Kaizen Institute, é referente à Agenda PRODUTECH R3 e resulta de uma investigação qualitativa sobre os impactos da automação robótica de processos (RPA) nos colaboradores e nos modelos de governance das empresas – uma área cada vez mais relevante no contexto da transformação digital. A Agenda PRODUTECH R3 visa capacitar a fileira das tecnologias de produção em Portugal para a transição digital e verde, promovendo o desenvolvimento de novos produtos/serviços, a formação profissional e a internacionalização da indústria nacional.
“A presença nesta conferência representou ainda uma oportunidade para debater o trabalho desenvolvido com especialistas internacionais e investigadores de referência, divulgar os projetos Drivolution, BE@T e PRODUTECH R3 e reforçar o networking com a comunidade científica e industrial da área. Participar na APMS foi, sem dúvida, uma excelente oportunidade para fazer contactos, trocar ideias e reencontrar velhos amigos da comunidade científica e profissional”, reforçam as investigadoras.
A relevância da APMS assenta no rigor científico, na publicação em séries de referência (Springer AICT) e na capacidade de antecipar tendências da digitalização e Indústria 5.0, promovendo uma comunidade internacional de excelência.
Recorde-se que o INESC TEC integra 30 projetos financiados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. No caso dos três projetos mencionados – Drivolution, BE@T e PRODUTECH R3 – falamos de agendas com orçamentos de 50M€, 137M€ e 167M€, respetivamente, com consórcios de 39, 55 e 108 parceiros, respetivamente, também.
O Drivolution e o PRODUTECH R3 são cofinanciados pela Componente 5 – Capitalização e Inovação Empresarial, integrada na Dimensão Resiliência do Plano de Recuperação e Resiliência no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) da União Europeia (EU), enquadrado no Next Generation UE, para o período de 2021 – 2026.
O BE@T é Cofinanciado pela Componente 12 – Promoção da Bioeconomia Sustentável, integrada na Dimensão Transição Climática do Plano de Recuperação e Resiliência no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) da União Europeia (EU), enquadrado no Next Generation UE, para o período de 2021 – 2026.




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