Como reduzir o impacto das ruturas nas cadeias de abastecimento? As soluções passaram pelo Porto (e pelo INESC TEC) 

Como ajudar as pequenas e médias empresas (PME) europeias a antecipar perturbações nas cadeias de abastecimento? As respostas passaram pelo INESC TEC, que recebeu a reunião de avaliação intermédia de um projeto europeu que está a estudar modelos e tecnologias avançadas destinados à indústria transformadora europeia. 

A reunião do projeto RISE-SME foi mote para os dez parceiros de cinco países demonstrarem os principais resultados do caminho começado há um ano. Segundo o investigador do INESC TEC Gustavo Dalmarco, a “relevância dos resultados obtidos” vai ao encontro das “estratégias e ações de médio prazo previstas pela Comissão Europeia” – e isso foi realçado na reunião. 

Na visita ao Porto, os parceiros tiveram a oportunidade de visitar as instalações do Laboratório de Indústria e Inovação (iiLab) do INESC TEC, uma das infraestruturas de investigação do Instituto. No espaço onde a indústria e a inovação se encontram, conheceram de perto o local onde a instituição desenvolve a tecnologia que sustenta os objetivos do RISE-SME. É que o modelo desenvolvido pelos investigadores do INESC TEC, em parceria com investigadores de instituições parceiras da Itália, Espanha e Alemanha, servirá de base para a continuidade do projeto – que se estende até ao final de 2026. 

O objetivo do projeto? Construir uma metodologia que identifica perturbações e oportunidades tecnológicas, permitindo às PME construir cadeias de abastecimento mais flexíveis, ágeis e resilientes. Para estas empresas alcançarem independência operacional, o INESC TEC está a cartografar os principais riscos e dependências críticas que assolam os ecossistemas das PME através de um modelo quantitativo inovador.  

De acordo com o investigador do INESC TEC Ricardo Zimmermann, o supply chain resilience fit model ajuda a identificar as principais capacidades a serem desenvolvidas pelas empresas de diferentes setores (nomeadamente têxtil, agroalimentar, mobilidade e digital), “que permitam aumentar a sua capacidade de preparar, responder e transformar face às ruturas cada vez mais comuns que caracterizam o modelo de cadeias de abastecimento globais vigente.” 

O RISE-SME vai procurar ainda criar alianças entre PME tradicionais e tecnológicas em ecossistemas industriais e impulsionar a adoção de tecnologias avançadas nestas empresas. É por isso que, no Porto, aos avanços liderados pelo INESC TEC, juntaram-se abordagens dos restantes parceiros com vista a preparar uma solução para medir o impacto das perturbações e encontrar soluções tecnológicas para as superar. 

O projeto teve início em janeiro de 2024 e está sensivelmente a meio, já que tem data de término em 2026. O RISE-SME foi financiado ao abrigo do programa Horizonte Europa, tem um orçamento global de mais de dois milhões de euros. 

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC. 

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