É, efetivamente, necessária uma transformação profunda no modelo predominante de cadeias de abastecimento globais? Para os cerca de 150 investigadores que marcaram presença na décima segunda edição do EurOMA Sustainability Forum, a resposta é sim.
A preocupação é quase unânime e as discussões do encontro reforçaram a urgência da mudança, “promovendo práticas regenerativas e colaborativas que respondam aos desafios ambientais e sociais contemporâneos”, explica Ricardo Zimmermann, investigador do INESC TEC. Ao longo de quatro dias, o EurOMA Sustainability Forum teve como tema central o desenvolvimento de operações e cadeias de abastecimento regenerativas, práticas de sustentabilidade disruptivas, descarbonização e economia circular.
Repensar o atual modelo linear global predominante de oferta e procura e fomentar a discussão sobre novas e melhores formas de gerir relações e recursos para enfrentar os desafios contemporâneos são, de resto, os grandes objetivos da EurOMA e, nessa linha, reduzir o impacto ambiental do evento tem sido uma preocupação crescente. Com organização do INESC TEC e da Porto Business School, a 12ª edição do Forum decorreu de forma online, o que só fez crescer o interesse dos 150 investigadores e estudantes provenientes de 26 países.
Estar associado e organizar um evento da envergadura do EurOMA Sustainability Forum, que integra a comunidade da principal associação Europeia na área de gestão de operações, é, para Ricardo Zimmermann, extremamente positivo. “Traz inúmeras vantagens, como o fortalecimento da visibilidade académica internacional do INESC TEC e a consolidação de parcerias estratégicas com investigadores da área”.
Além disso, explica o investigador, “foram apresentados conceitos que desafiam abordagens tradicionais, como a transição de redes ecoeficientes para comunidades ecoefetivas e o uso de práticas disruptivas para tornar cadeias de valor mais sustentáveis”.
A verdade é que se trata de um encontro crucial para olhar para a sustentabilidade de maneira estratégica nas operações das empresas, e criar um impacto positivo tanto nas organizações quanto na sociedade. Ricardo Zimmermann garante que o evento promove “um ambiente de troca de conhecimentos e debates sobre temas emergentes fomentando colaborações futuras e projetos conjuntos”, ao mesmo tempo que “reforça o comprometimento institucional com a sustentabilidade e a inovação, posicionando a organização como referência na construção de soluções práticas e teóricas para os desafios globais”.
A sessão de abertura contou com a intervenção do Presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, João Claro, do Dean da Porto Business School, José Esteves e da presidente da EurOMA, Cristina Gimenes Thomsen.
O evento regressa ao Porto em 2026, desta vez nas instalações da Porto Business School.
Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC.