O INESC TEC é a única instituição portuguesa a constar no recém-publicado relatório da Comissão Europeia (CE) sobre empreendedorismo deep tech e o papel fundamental que os RTO’s (sigla inglesa para Research and Technology Organisations) têm na criação de spin-offs industriais de elevado impacto. O relatório, disponível no website da CE, intitula-se “Deep tech entrepreneurship in Europe and the crucial role of RTOs fostering impactful industrial spin-offs”.
O documento – elaborado pelo Joint Research Centre (JRC) em colaboração com a EARTO – associação europeia que representa os principais RTOs e que o INESC TEC integra – analisa os desafios e as oportunidades para que a Europa se possa afirmar como líder em inovação tecnológica.
Participaram no estudo 29 membros do TTO Circle – rede europeia de gabinetes de transferência de tecnologia cujo único representante português é o INESC TEC -, entre os quais o INESC TEC, destacou-se pela estratégia de valorização tecnológica e apoio ao empreendedorismo científico.
O INESC TEC é apresentado no relatório como um dos oito exemplos de boas práticas europeias no apoio à criação de spin-offs deep tech, ao lado de instituições como o CEA (França), VTT (Finlândia), Fraunhofer (Alemanha) e TNO (Países Baixos).
O relatório destaca a spin-off iLoF do INESC TEC e o programa interno do Instituto denominado Seed projects, implementado, pela primeira vez, em 2018, e que tem, desde então, apoiado investigadores da instituição com ambições empreendedoras.
No que diz respeito à iniciativa interna Seed Projects tem financiado provas de conceito até 20 mil euros e sido, por isso, crucial para amadurecer tecnologias emergentes em áreas como a fotónica, computação quântica e robótica. Já a iLoF é um exemplo claro da capacidade que o INESC TEC tem demonstrado em transformar conhecimento científico em soluções com impacto económico e social. Esta spin-off do INESC TEC é, aliás, incluída na lista das 49 spin-offs industriais deep tech mais relevantes da última década na Europa.
Este reconhecimento surge num momento em que a Comissão Europeia reforça a sua aposta em start-ups deep tech como motor de reindustrialização e competitividade, propondo políticas específicas para apoiar estas iniciativas com I&D de alta intensidade.
O relatório defende ainda novas métricas de sucesso para ecossistemas deep tech – para lá da tradicional contagem de “unicórnios” -, e recomenda a criação de venture builders, plataformas de industrialização, e programas de mobilidade para atrair talento.
De acordo com Daniel Vasconcelos, responsável pelo gabinete de transferência de tecnologia do INESC TEC e representante do Instituto no TTO Circle, “a presença do INESC TEC neste estudo posiciona-nos como interlocutor relevante na definição das políticas europeias de inovação e reforça o nosso papel como ponte entre ciência e sociedade”.
O INESC TEC junta-se assim aos principais RTO’s europeus na promoção de um modelo de desenvolvimento tecnológico com uma forte abordagem industrial e de impacto societal.