Chama-se SINNOGENES – Storage Innovations for Green Energy Systems – e é o novo projeto europeuque pretende desenvolver e demonstrar metodologias e ferramentas para a integração de novas tecnologias de armazenamento de energia, com o objetivo de apoiar a descarbonização dos setoresresidencial, comercial, industrial e agrícola.
Com um investimento de aproximadamente 10 M€, este projeto vai, durante os próximos quatro anos, contribuir para a descarbonização da indústria, promovendo a utilização de recursos renováveis e a minimização das emissões de CO2. Além disso, o SINNOGENES vai responder às políticas europeias de descarbonização onde o armazenamento de energia, nos seus diferentes vetores, desempenha um papel fundamental na segurança de abastecimento e de operação do sistema.
“Neste projeto, o INESC TEC está responsável pelo desenvolvimento das aplicações de gestão dos sistemas de armazenamento de energia, tendo em conta os objetivos de operação económicos, técnicos e ambientais. As aplicações desenvolvidas vão apoiar a CapWatt no controlo da micro-rede industrial, instalada no parque industrial da SONAE, na cidade da Maia, e que irá integrar diferentes tipos de solução de armazenamento de energia, incluindo um protótipo inovador de armazenamento térmico desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP)”, explica Clara Gouveia, investigadora responsável pelo projeto no Centro de Sistemas de Energia (CPES) do INESC TEC. “A aplicação que iremos desenvolver irá ainda facilitar a replicação de soluções em outras instalações industriais”, acrescenta a investigadora.
As soluções desenvolvidas pelos parceiros, desde software a novas tecnologias de armazenamento, serão testadas em cenário real com o objetivo de demonstrar a relevância do armazenamento de energia para a descarbonização. “Em Portugal, as soluções desenvolvidas vão contribuir para a descarbonização da indústria e demonstrar a relevância dos sistemas de armazenamento de energia na redução dos custos da energia e das emissões de C02 e ainda viabilizar novos serviços para a rede elétrica”, refere Clara Gouveia.
O projeto vai considerar soluções de armazenamento eletroquímicas e soluções de armazenamento térmico e de hidrogénio, promovendo não só soluções tecnológicas para a sua operação, como também para análise de ciclo de vida e económica. Estas serão demonstradas em seis pilotos instalados em Portugal, Espanha, Alemanha, Grécia e Suíça. No caso do piloto português, as soluções desenvolvidas visam indústrias que consomem eletricidade e calor.
Este projeto conta com o envolvimento do INESC TEC, CAPWATT e Universidade do Porto, como parceiros portugueses, que fazem parte de um consórcio composto por 23 parceiros internacionais e três associados.
A reunião de arranque do projeto contou com a participação dos parceiros do projeto e decorreu em Bruxelas, Bélgica, nos dias 26 e 27 de janeiro de 2023.
A investigadora do INESC TEC mencionada na notícia tem vínculo ao INESC TEC.