INESC TEC propõe estratégia europeia mais coesa para infraestruturas de investigação e tecnológicas

O INESC TEC acaba de publicar um position paper na sequência da consulta pública conduzida pela Comissão Europeia sobre o enquadramento estratégico para as infraestruturas de investigação e tecnológicas (RTIs). No documento publicado pelo INESC TEC são feitas várias recomendações para reforçar o papel das RTIs na inovação e na coesão territorial.

O Instituto defende uma abordagem sistémica e integrada que valorize estas infraestruturas como instrumentos centrais ao longo de toda a cadeia de inovação, desde a formação avançada até à demonstração e validação tecnológica.

“As RTIs não são ativos isolados: são motores de excelência científica, competitividade industrial e coesão territorial. A Europa precisa de as tratar como tal, com governança estável, financiamento ao longo do ciclo de vida e acessos mais inclusivos”, pode ler-se no documento publicado.

Seis propostas para reforçar o impacto das RTIs na Europa

O apoio ao diagnóstico conduzido pela Comissão Europeia sobre os atuais entraves que afetam as RTIs – desde a fragmentação da governança até à subutilização de infraestruturas em regiões menos desenvolvidas – é feito logo no início do documento. O INESC TEC apresenta seis recomendações principais:

  1. Governança integrada entre infraestruturas de investigação (RIs) e tecnológicas (TIs);
  2. Financiamento sustentável ao longo de todo o ciclo de vida, desde a construção até à reconfiguração estratégica;
  3. Interoperabilidade técnica e organizacional entre diferentes infraestruturas;
  4. Mecanismos de acesso mais justos e transparentes, especialmente para PME e utilizadores emergentes;
  5. Medidas para combater as desigualdades regionais e promover a participação de países “Widening”;
  6. Integração das RTIs em políticas orientadas por missões, como o Pacto Ecológico Europeu e a transição digital.

O documento alerta ainda para os riscos de a Europa perder competitividade face a potências como os EUA e a China, que já integram as RTIs nas suas estratégias industriais e de defesa com planos de investimento de longo prazo.

Compromisso com o futuro

O INESC TEC destaca o seu envolvimento ativo em iniciativas europeias como o projeto RITIFI, onde liderou estudos de mapeamento e planeamento estratégico de RTIs, e reafirma o seu compromisso em apoiar:

  • A construção de modelos de governança multinível;
  • A definição de modelos de acesso e interoperabilidade;
  • A promoção de iniciativas de capacitação regional e alargamento da participação.

“Estamos prontos para ajudar a Comissão Europeia a construir uma estratégia mais coerente, inclusiva e orientada ao futuro. As RTIs são cruciais para reforçar a autonomia estratégica da Europa e acelerar transições fundamentais para o nosso futuro coletivo”, conclui o documento.

 

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