Diferentes áreas fundiram-para melhorar e aumentar a inovação e competitividade da manufatura europeia. Findos os quatro anos do projeto, o balanço faz-se com resultados ao nível do redesign de portfolio de produtos, da racionalização dos processos de produção e da exploração de novos modelos de negócio.
A aceleração do comércio eletrónio representou a oportunidade que muitos empreendedores e empresários aguardavam para fazer chegar as suas ideias ao mercado e expandi-las muito para além das suas fronteiras. As oportunidades são imensas, mas proporcionais a um contexto em constante desenvolvimento e em que as exigências se alteram mais rápido do que as indústrias conseguem dar resposta. Da inusitada, mas lógica, união de esforços entre diferentes stakeholders do contexto de inovação europeu, — com arte e tecnologia à mistura — nasceu o Better Factory, um projeto europeu, que chega agora ao fim.
Ao longo de quase quatro anos, um consórcio composto por 28 parceiros, de 18 países europeus, conduziu 16 experiências colaborativas, que contaram com o envolvimento de 48 pequenas e médias empresas (PME), artistas e empresas de tecnologia. A colaboração incluiu um trabalho de mentoria através do qual foram testadas 35 experiências, produzidas 12 ferramentas digitais, uma plataforma IoT e vários resultados artísticos inovadores. Na génese do projeto e considerada sua pedra basilar, a plataforma RAMP permitiu a reconfiguração de fábricas em tempo real, a criação de gémeos digitas e o desenvolvimento de serviços digitais para otimizar a produção.
O Advanced Plant Model (APM), uma ferramenta de gémeos digitais 3D, foi a maior contribuição do INESC TEC no projeto. A sua utilização permite a construção de representações digitais de plantas de lojas, nas quais se podem incluir trabalhadores, robôs, e linhas de produção. Através do APM é ainda possível integrar configurações com horários de produção do Sistema de Execução de Manufaturas (MES, na sigla em inglês) e criar designs de fábrica interativos acessíveis de qualquer dispositivo com ligação à internet.
Entre os potenciais da ferramenta, destacam-se a acessibilidade e a facilidade de utilização — algo que responde à complexidade frequentemente associada à utilização de gémeos digitais. O uso do APM em várias iniciativas promovidas pelo projeto vem confirmar a viabilidade e sucesso da sua aplicação em diferentes contextos da manufatura.
O projeto Better Factory foi financiado ao abrigo do programa de investigação e inovação Horizon 2020 da União Europeia com o acordo de subvenção n.º 951813.
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