INESC TEC e ISPUP lançam “Diários de uma Pandemia”

Compreender a dinâmica da adaptação dos cidadãos à pandemia de COVID-19 em Portugal é o objetivo de uma investigação lançada, pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e pelo INESC TEC, em parceria com o jornal Público. 

Designado Diários de uma pandemia, o estudo convida os cidadãos a responderem diariamente a um conjunto de perguntas, que ajudarão a compreender a evolução da vida dos Portugueses, ao longo da pandemia de COVID-19.

“No fundo, e seguindo a lógica da chamada “Ciência Cidadã” (do inglês “Citizen Science”), pede-se a colaboração dos cidadãos para a construção de conhecimento científico numa área de enorme relevo e com grande impacto na vida da comunidade. Na Saúde Pública, não há ciência sem os cidadãos. Eles são o destinatário final do conhecimento científico e devem ser a principal fonte de informação na produção do conhecimento”, salientam Artur Rocha e Henrique Barros, coordenador do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG) do INESC TEC, e diretor do ISPUP, respetivamente.

 A informação recolhida, com o apoio do jornal Público, será trabalhada por investigadores do ISPUP e do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG) do INESC TEC, e os resultados vão ser divulgados em Portugal, em primeira mão, pelo Público.

O que é pedido aos cidadãos

Pede-se aos cidadãos que respondam, diariamente, a um breve conjunto de questões disponibilizadas online (o tempo de preenchimento rondará os 5-10 minutos).  As perguntas visam, medir, por exemplo, as interações sociais das pessoas e a utilização de serviços de saúde e comerciais, assim como a ocorrência de sintomas e de doença confirmada, durante o curso da epidemia de COVID-19, em Portugal.

Para além das respostas aos questionários a única informação solicitada é um endereço de e-mail, para a fins de registo e receção dos lembretes diários. Após o registo, cada utilizador receberá diariamente um lembrete a pedir que responda ao mesmo conjunto de perguntas, sempre sobre as 24 horas anteriores. Uma vez por semana, será solicitado que cada participante responda também a um conjunto de questões sobre o seu bem-estar no contexto da atual epidemia.

A recolha de dados está planeada para os próximos 3 a 5 meses, consoante a evolução da pandemia no nosso país.

Participar no estudo “Diários de uma pandemia”, “é contribuir para sabermos como agir melhor, com o objetivo de diminuir o impacto negativo da epidemia em Portugal. É um contributo que se partilha com toda a sociedade e, em última análise, um gesto solidário para com aqueles que nos são mais queridos”, sublinham os investigadores.

O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo ao INESC TEC.

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