Investigador do INESC TEC visita AIST no Japão

Entrevista a João Paulo, investigador auxiliar do Laboratório de Software Confiável (HASLab) do INESC TEC

A visita ao National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST), em Tsukuba, no Japão, teve como objetivo “planear e iniciar um projeto de colaboração entre as duas instituições”. O BIP INESC TEC Magazine esteve à conversa com João Paulo, que partilha a sua experiência no AIST durante um mês e realça que “a experiência permitiu ainda adquirir novos conhecimentos sobre a área de computação avançada e sobre o próprio funcionamento do supercomputador ABCI”.

Como surgiu a oportunidade de visitar o National Institute of Advanced Industrial Science (AIST), no Japão?

Esta oportunidade surgiu durante a conferência SuperComputing’19, na qual tive oportunidade de conversar com alguns investigadores do AIST e, em concreto, com os que me acolheram no Japão. Visto que os interesses de investigação estavam alinhados e eram complementares com os do HASLab, decidimos que uma visita ao AIST seria uma ótima forma de iniciar uma nova colaboração entre as duas instituições.

De realçar que já nos conhecíamos, uma vez que as duas instituições (INESC TEC e AIST) participam nas plataformas transnacionais CENTRA e Pragma.

Além disso, esta minha visita ao Japão também foi potenciada pelo memorando de entendimento assinado recentemente entre as duas instituições.

Edifício do AIST, em Tsukuba, Japão (DR: João Paulo)

Quais os objetivos definidos para esta colaboração? 

O objetivo para ambas as partes era planear e iniciar um projeto de colaboração entre as duas instituições. Em concreto, a primeira fase consistia em perceber de que forma é que a investigação em sistemas de armazenamento distribuídos, que tenho vindo a desenvolver no HASLab, seria útil para melhorar o desempenho do supercomputador ABCI, que é mantido pelo AIST. Numa segunda fase, o objetivo era definir um projeto neste tópico que pudesse levar tanto a resultados novos de investigação, bem como a protótipos de novas soluções para serem integradas e testadas no supercomputador ABCI.

Depois de um mês no AIST, que balanço faz desta experiência?

A experiência foi extremamente positiva. Fui muito bem recebido e a integração com os investigadores do AIST e com o seu método de trabalho foi bastante rápida. Aliás, esta facilidade de integração permitiu que rapidamente definíssemos dois projetos de colaboração, em vez de apenas um. Esta experiência permitiu ainda adquirir novos conhecimentos sobre a área de computação avançada e sobre o próprio funcionamento do supercomputador ABCI.

Além disso, consegui incluir nestes dois projetos alunos de mestrado e doutoramento que estão atualmente a trabalhar comigo no HASLab, e que vão conseguir testar os seus resultados de investigação num ambiente real e com casos de estudo muito interessantes.

Equipa de investigadores com quem João Paulo colaborou no AIST (DR: AIST)

Na sua opinião, como pode o INESC TEC tirar partido de colaborações com o AIST?

O AIST é um centro de investigação que aborda diversas áreas de conhecimento, nomeadamente, Ciências da Computação, Ciências Naturais, Energia e Ambiente, entre outras. Desta forma, acredito que existem diversas possibilidades de cooperação entre os investigadores do INESC TEC e do AIST.

De mencionar que esta colaboração com o AIST traz também a possibilidade de trabalhar com investigadores internacionais em tópicos científicos relevantes para a minha investigação. Além disso, permite aplicar e validar os resultados desta investigação em ambientes reais, que levantam desafios difíceis e, por isso, muito interessantes.

Por fim, acredito que este tipo de oportunidade poderá ser também relevante para outros investigadores do INESC TEC.

Que desafios deixa aos investigadores do INESC TEC com potenciais áreas de investigação para colaboração com o AIST? 

A minha sugestão é que pesquisem e identifiquem as áreas chave em que uma colaboração com investigadores, ou grupos de investigação, do AIST poderia ser relevante para melhorar a vossa investigação.

No caso específico da computação avançada, a área de investigação que me levou a realizar esta viagem, é cada vez mais necessária a contribuição científica de diferentes áreas de conhecimento, tais como, Inteligência Artificial, Sistemas Distribuídos, Armazenamento, Virtualização, Visualização, Hardware, entre outros.

O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo ao INESC TEC.

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