O INESC TEC integra o consórcio do projeto CHIC – Cooperative Holistic View on Internet and Content – que pretende identificar e estudar os fatores que contribuem para a atenção audiovisual dos espectadores.
Em concreto, a atividade C2 do projeto CHIC recorreu à aplicação de tecnologia de localização da íris, no sentido de identificar pontos de interesse em representações visuais animadas e com múltiplas condições diferentes no áudio.
Além disso, projeto utilizou o áudio como âncora para afinar o foco de atenção do utilizador, o que se torna difícil em ambientes com vídeos 360º e realidade virtual.
Os resultados deste estudo vão ter impacto no desenvolvimento de plataformas imersivas e, consequentemente, sobre estratégias a usar no sound design – para conduzir, intencionalmente e de uma forma subliminar, um espectador para uma determinada narrativa, num ambiente não linear e imersivo.
Importa mencionar que o trabalho desenvolvido no âmbito da atividade C2 originou um artigo científico, que foi publicado na revista Personal and Ubiquitous Computing.
Dos resultados alcançados nesta publicação, é importante salientar os que apontam para a importância da coerência entre modalidades sensoriais e a correspondência emocional, aspetos críticos no sound design em média não-linear e imersiva. Desta forma, será possível desenhar novas estratégias para as práticas do design de som do futuro.
A equipa do Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM) do INESC TEC contou com a participação de Gilberto Bernardes e Rui Penha. O consórcio teve também a participação da FEUP, através da pós-doutoranda Inês Salselas.
Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC e UP-FEUP.