O projeto EuroCC2 arrancou em fevereiro e é o novo projeto europeu do INESC TEC que pretende, por um lado, identificar e colmatar as lacunas em termos de competências em computação de alto desempenho (HPC) no ecossistema europeu e, por outro, promover a cooperação em toda a Europa para assegurar uma base de competências consistente.
Este projeto tem como objetivo estabelecer e gerir uma rede de mais de 30 Centros de Competência Nacionais (NCC) em todos os países da União Europeia (UE). Esta iniciativa tecnológica conjunta pretende contribuir para colocar a UE na liderança das tecnologias de computação de alto desempenho, apoiando o desenvolvimento de supercomputadores de exaescala (10^18 ou seja capazes de executar 10 triliões de operações matemáticas por segundo).
“Os NCC atuam como pontos de acesso único em cada país entre os interessados e os sistemas nacionais e o próprio EuroHPC. Em concreto, operam a nível regional e nacional para estabelecerem ligação com as comunidades locais – em particular as pequenas ou médias empresas , as Universidades e os centros de Investigação -, mapearem as competências de HPC e facilitarem o acesso aos recursos europeus de HPC aos utilizadores dos setores privado e público”, explica António Sousa, coordenador do Laboratório de Software Confiável (HASLab) do INESC TEC e responsável pelo projeto.
Com uma duração de três anos, o projeto EuroCC2 vai proporcionar formação, interação com a indústria, desenvolvimento de materiais, atividades de levantamento e pesquisa de competências e comunicação, e apoiar a adoção de serviços de HPC noutros áreas relacionadas, tais como computação quântica, inteligência artificial, análise de dados de alto desempenho para expandir a base de utilizadores de HPC. Desta forma, facilitará o desenvolvimento dos Centros de Competência de HPC e contribuirá para a construção de um ecossistema europeu global de HPC.
“Neste projeto, o papel do INESC TEC passa por estabelecer relações e promover a adoção de HPC na indústria e setor público, bem como gerir o portefólio de serviços e competências nesta área, bem como promover a interação com outros NCCs. Para isso, vamos procurar desenvolver sessões de informação (gerais e setoriais) sobre as potencialidades de utilização de HPC na indústria portuguesa e, com os outros membros do projeto, vamos promover ações de formação para acelerar a adoção deste tipo de tecnologia”, acrescenta António Sousa.
Coordenado pela Universidade de Estugarda, na Alemanha, e pelo High Performance Computing Center(HLRS), este projeto conta com parceiros de 36 países diferentes. Portugal é representado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), coordenador nacional do projeto, pelo INESC TEC, pelo Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), pela Universidade de Coimbra e pela Universidade de Évora.
A reunião de arranque do projeto decorreu em Estugarda, na Alemanha, de 7 a 9 de fevereiro, e contou com a participação de todos os parceiros envolvidos.
O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo ao INESC TEC e UMinho.