Contribuir para o desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos offshore flutuantes, em Portugal e Espanha, é o objetivo da colaboração entre o INESC TEC e a IBERBLUE. Esta intenção de cooperação foi formalizada através da assinatura de um memorando de entendimento entre as duas organizações, que vão, desta forma, explorar as oportunidades que o crescimento da indústria eólica offshore pode trazer à Península Ibérica.
O crescimento de cadeias de abastecimento locais e o desenho de competências, formação e qualificação de mão-de-obra são fundamentais para agarrar o potencial que decorre da captação de projetos de produção de energia eólica offshore. Nesse sentido, o INESC TEC e a IBERBLUE – uma joint venture especializada na conceção, desenvolvimento e gestão de parques eólicos offshore flutuantes a operar no mercado ibérico – vão colaborar de modo a desenvolverem projetos nesta área.
“O INESC TEC tem vindo trabalhar para o crescimento da indústria eólica offshore em Portugal, uma indústria que irá trazer inúmeras oportunidades ao país, nomeadamente nas cadeias de abastecimento locais e também na criação de uma força de trabalho qualificada e altamente especializada. Esta cooperação com a IBERBLUE visa precisamente explorar essas oportunidades, através de um conjunto de potenciais projetos estruturantes”, avança Luís Seca, Administrador Executivo do INESC TEC
Através desta parceria, espera-se o desenvolvimento, demonstração e aperfeiçoamento de soluções que possam vir a ser usadas nos parques eólicos offshore comerciais. Em concreto, prevê-se um conjunto de atividades científicas relacionadas com o desenvolvimento e otimização de equipamentos e infraestruturas; atividades culturais e de formação; e atividades de inovação e transferência de conhecimento, visando duas áreas principais: Economia Azul e Energia.
Desta forma, e relativamente à área da Economia Azul, será promovido o teste e validação de tecnologias, nomeadamente soluções robóticas e sensores, que possam ser usadas, por exemplo, para efeitos de inspeção e manutenção dos parques eólicos e ainda a meios que possam apoiar as operações marítimas e a recolha de dados. No que diz respeito à área de energia, as entidades vão colaborar na otimização elétrica dos parques eólicos, e na identificação de alternativas para ligação à rede HVAC e HVDC, entre outros.
As iniciativas contempladas no memorando de entendimento centrar-se-ão sobretudo em Portugal, esperando-se, no entanto que esta colaboração possa contribuir para a exportação de serviços offshore para outras geografias.
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