INESC TEC coordena projeto europeu que vai desenvolver tecnologias para monitorizar fronteiras marítimas

Chama-se SEAGUARD e quer integrar diferentes tipos de tecnologia de sensores para conseguir um retrato mais fidedigno das zonas fronteiriças. O projeto pretende ajudar a avaliar situações de incidentes marítimos e atividades ilegais. O INESC TEC contribui com experiência e conhecimento em robótica marítima e comunicações.

O INESC TEC é o coordenador de um projeto que quer desenvolver um sistema multidomínio e cooperativo para facultar informação e dados com vista a uma monitorização mais precisa das fronteiras marítimas europeias.

Para isso, o projeto SEAGUARD quer desenvolver um sistema de vigilância multidomínio – que abarca tudo o que está ao nível do mar, acima da superfície ou abaixo dela – composto por plataformas robóticas estáticas e móveis, explorando “diferentes perspetivas e diferentes princípios de deteção para ultrapassar as limitações dos sensores individuais”, explica Bruno Ferreira, investigador do INESC TEC.

Assim, o projeto, que arrancou no início de outubro e que terá a duração de 30 meses, vai focar-se no desenho, desenvolvimento e teste de soluções “avançadas” capazes de integrar diferentes tipos de tecnologias de sensores, desde veículos não tripulados (aéreos, de superfície e submarinos) e cabos submarinos inteligentes combinados com sistemas analíticos avançados e sistemas de apoio à decisão. O INESC TEC, que recebeu a reunião de kick-off do projeto, vai acrescentar a esta equação experiência na área das comunicações, algoritmos para processamento de dados, planeamento de missões e posicionamento de robôs.

“Todas estas informações serão fundidas e tratadas por algoritmos de classificação, ficando depois disponíveis para os utilizadores finais, que poderão tomar decisões informadas e agir”, acrescenta.

Esta informação, transmitida em tempo real, pode ser muito útil para autoridades que atuem nas zonas de fronteira. “Melhorar a segurança”, segundo Bruno Ferreira, pode ser um dos principais impactos do projeto – mas não só.

“Ao tirar partido deste sistema de reconhecimento de todo o contexto envolvente, o SEAGUARD pode também ser utilizado para avaliar situações em caso de catástrofe natural. As possibilidades são bastante vastas. Podemos facilmente imaginar muitas aplicações que tiram partido de sensores distribuídos cooperativos, combinando sensores estáticos e móveis”, ressalva Bruno Ferreira.

O SEAGUARD junta 14 parceiros europeus e recebeu um financiamento de cerca de 5 milhões de euros do programa Horizonte Europa.

O investigador mencionado na notícia tem vínculo ao INESC TEC.

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
EnglishPortugal