O INESC TEC esteve presente na mais recente edição do World Ocean Summit Europe 2025. Em representação do Instituto, o investigador Bernardo Silva esteve à conversa numa sessão estratégica sobre a importância das energias renováveis do oceano para a segurança energética da Europa a longo prazo.
A 9 de setembro, Cascais recebeu esta iniciativa do jornal britânico The Economist, dedicada à discussão e promoção de ações de colaboração em prol de uma Economia Azul sustentável. A conferência visava reunir atores chave do setor do mar europeu e dar sequência às conclusões da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC), organizada em Nice no mês de junho.
O investigador Bernardo Silva, responsável pela área de energias renováveis do INESC TEC, teve a oportunidade de participar na sessão estratégia “Potenciar as Energias Renováveis Oceânicas para a Segurança Energética Europeia a Longo Prazo”. O painel era composto ainda por Aaron Smith, diretor comercial da Principle Power, e Cristina Simioli, diretora da Renewables Grid Initiative, sendo moderado por Jonathan Birdwell, diretor para “Políticas e Insights” do Economist Impact.
As renováveis offshore – como turbinas eólicas flutuantes e energia das ondas – são cruciais rumo à neutralidade carbónica e à autonomia energética europeia. Mas qual o investimento que deve ser feito? Que tecnologias e infraestruturas devem ser prioritárias nestes empreendimentos?
“O INESC TEC teve a oportunidade de partilhar a sua visão, nomeadamente no que concerne à criação de parques híbridos offshore, permitindo a partilha de recursos de interligação entre diferentes fontes de energia renovável”, explica Bernardo Silva.
O foco da conversa também passou pela aceção da “necessidade de maior resiliência dos sistemas de energia, podendo as fontes de energia offshore explorar o paradigma de rede marítima, com diversos pontos de interligação com os sistemas em terra”, diz Bernardo Silva. “Permite não só o aumento de penetração renovável, mas também o aumento das capacidades de interligação.”
A sessão contou ainda com tópicos relacionados com a robótica marinha, “que terá um papel fundamental nos aspetos de monitorização ambiental e estrutural de ativos relacionados com as energias oceânicas”, salienta o investigador.
É precisamente a propósito destas iniciativas de monitorização que o INESCTEC.OCEAN – projeto liderado pelo INESC TEC dedicado à I&D+I para o mar – se encontra a desenvolver um projeto piloto com o SINTEF. Em conjunto com os parceiros noruegueses, o objetivo passa por explorar novos sistemas de monitorização e manutenção de estruturas de energia offshore, nomeadamente de componentes subaquáticas de turbinas eólicas flutuantes.
O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).