André Santos, Consultor Sénior/Engenheiro (VORTEX)

André Santos, Consultor Sénior/Engenheiro (VORTEX)

• Anos em que entrou e saiu do INESC TEC: 2013 – 2021
• Centro do INESC TEC com que colaborou: Laboratório de Software Confiável (HASLab)

O que é que tem feito desde que saiu do INESC TEC?

A minha saída do INESC TEC foi pela altura da conclusão do meu doutoramento, em meados de 2021. Desde então, fui contratado pelo Laboratório Colaborativo (CoLAB) VORTEX em sistemas ciber-Físicos e cibersegurança, do qual o INESC TEC é um dos parceiros, na qualidade de Senior Consultant/Engineer. A nível técnico, o meu trabalho é semelhante àquele que já fazia no HASLab e no INESC TEC; continuo a trabalhar na investigação em software confiável para sistemas robóticos. Desenvolvo métodos e ferramentas que permitam a verificação de certas propriedades de segurança nestes sistemas.

Mais interessante, talvez, é que tenho um papel algo único no VORTEX, como que de intermediário entre o VORTEX e o HASLab. Na maior parte do tempo, continuo a investigar e desenvolver com membros do HASLab (especialmente os meus antigos orientadores), contribuo para a orientação de teses de mestrado, e tento encontrar pontos comuns, como projetos, em que o HASLab e o VORTEX possam continuar a colaborar e cre-cer juntos. É uma relação favorável nos dois sentidos; posso trazer ao conhecimento do HASLab capacidades e conhecimentos que este precise e o VORTEX disponha, e vice-versa. Por exemplo, alguns projetos do VORTEX assentam fortemente na cibersegurança e em sistemas distribuídos, dois dos pontos fortes do HASLab. Além disso, posso interagir com estudantes e apresentar-lhes o VORTEX como um possível caminho para as suas carreiras.

Como é que o trabalho no INESC TEC contribuiu para uma nova fase profissional?

É difícil destacar um ou dois pontos concretos em que o trabalho no INESC TEC tenha contribuído para o meu atual trabalho no VORTEX porque, na realidade, contribuiu em tudo. O meu trabalho atual é muito semelhante àquele que fazia no INESC TEC, portanto, posso dizer com segurança que o INESC TEC me deu todas as bases necessárias para estar onde estou. Talvez deva salientar a capacidade de autonomia na investigação científica, que fui desenvolvendo ao longo do Doutoramento, com a ajuda e supervisão de dois ótimos orientadores, Alcino Cunha e Nuno Macedo, ambos membros do INESC TEC (e do HASLab, em particular). O INESC TEC ajudou-me também a desenvolver a capacidade de colaborar com pessoas de outros ramos, outras especializações, que não são, necessariamente, versadas nos detalhes do meu trabalho. No meu caso concreto, realizámos algumas colaborações entre centros, nomeadamente entre o HASLab e o CRIIS, em que sistemas robóticos desenvolvidos no CRIIS foram usados como casos de estudo para as ferramentas de análise que estava a desenvolver no HASLab. Diria que outro ponto forte do INESC TEC, que é ainda mais evidente no VORTEX, é a sua orientação para investigação aplicada. Sempre gostei desta ideia de, por um lado, avançar o conhecimento científico, e, por outro lado, ter em vista um problema ou uma aplicação concreta, em que aquele conhecimento venha a ser útil e posto na prática.

Quando pensa no INESC TEC, o que lhe vem à memória?

Em primeiro lugar, uma rede de pessoas talentosas, algumas delas brilhantes, até. Há muitos membros do INESC TEC, atuais e antigos, que já demonstraram múltiplas vezes a excelência de que o INESC TEC não só é capaz, como ajuda a promover. Devido à sua proximidade com as Universidades e o meio académico, também vemos pessoas de muitas idades, desde os estudantes até professores e investigadores mais experientes. Isto é ótimo, pois promove uma troca saudável de várias visões, seja a nível de trabalho, seja a nível dos eventos sociais. Também ajuda a recordar o INESC TEC como uma casa. Um local onde somos bem recebidos no início das nossas carreiras, onde crescemos, e onde podemos optar por ficar por muito tempo, já que é também uma opção perfeitamente válida a longo prazo para a carreira.