Catarina Carvalho (SCOM) e André Aguiar (CRIIS)

Catarina Carvalho (SCOM)

“A propósito dos ‘Extraordinários’, o SCOM nomeia a Catarina pelo excelente trabalho realizado na coordenação de toda a organização da Festa de Final de Ano do INESC TEC. Em 2023, a Season Party assumiu um formato completamente renovado, com a integração no seu programa de novos momentos, como foi o caso dos ‘INESC TEC Bidons d’Or’ ou o ‘Never Have I Ever’, e a dedicação, empenho, responsabilidade e atenção ao detalhe da Catarina foram fundamentais para que tudo corresse pelo melhor. A Season Party foi, por todo o feedback recebido, um sucesso, e sabemos que o trabalho da Catarina foi essencial para o resultado conseguido”.

– coordenação do SCOM

Esta nomeação surge no seguimento da INESC TEC Season Party, que em 2023, assumiu um formato diferente. O que é que foi mais desafiante na organização desta festa, sobretudo pensando que este ano contou com várias novidades?

Estou no INESC TEC há sete anos e desde então que tenho estado na organização da festa de final de ano. A evolução na preparação desta iniciativa foi constante, mas o salto que foi dado em 2023 foi gigante. Por isso, o principal e maior desafio foi decidir arriscar. A partir daí, começou todo um trilho um pouco acidentado de pequenos desafios, mas que fomos vencendo e superando até ao sucesso final. Desde o local, passando pelo formato, conteúdos e dinâmicas, tudo foi diferente, inovador e, como tal, muito mais exigente. Ao mesmo tempo que preparávamos algo completamente renovado, crescia também a expectativa do feedback face a todas as novidades, pois não queríamos que se perdesse a ligação a um evento que durante tantos anos fez parte da essência do INESC TEC. Mas, depois deste salto e resultado, julgo que já não há recuo possível!

Numa organização que conta com centenas de colaboradores, de diversas áreas, idades e nacionalidades, qual é a importância de se promoverem estes momentos de convívio, que permitem que as pessoas se encontrem num contexto diferente ao do dia-a-dia de trabalho?

Temos vindo a assistir a uma preocupação crescente no INESC TEC com a implementação de diferentes momentos sociais entre os colaboradores ao longo do ano. As diferenças que existem entre nós, nomeadamente as nacionalidades, torna estes momentos essenciais no acolhimento e convívio entre todos. É dessa forma que as pessoas têm oportunidade de se conhecer, criar relações de confiança e estabelecer contactos, desenhando uma realidade que lhes permita sentir-se satisfeitas e seguras no seu local de trabalho. E é também com esse objetivo que trabalhamos cada vez mais nestas iniciativas, considerando que a opinião positiva que vamos recolhendo é prova que são de facto muito importantes.

O que mais aprecia no seu trabalho?

No âmbito da organização dos eventos, é o contacto com pessoas. O facto de poder proporcionar momentos únicos, divertidos, relaxantes ou mesmo educativos a diferentes tipos de público, cuja opinião acaba por ser positiva e favorável, consegue ser muito gratificante.

Como comenta esta nomeação?

A organização da Season Party foi sem dúvida um trabalho de equipa. Foi toda uma equipa que arriscou, trabalhou e se dedicou durante semanas para que o evento pudesse ser um êxito, e fico muito feliz pelo resultado que conseguimos. Agradeço naturalmente a nomeação, que dá sentido ao esforço diário que coloco no meu trabalho, mas não posso deixar passar sem estender a gratificação a um grupo de pessoas que ao meu lado fizeram deste evento um sucesso.

André Aguiar (CRIIS)

“A coordenação do CRIIS propõe para ‘Extraordinário’ o investigador André Aguiar. Esta nomeação é sustentada no profissionalismo, motivação e dedicação extraordinários do André Aguiar nas diversas atividades de investigação que tem vindo a desenvolver no CRIIS, e que culminaram na conclusão, bem-sucedida, do seu doutoramento durante o ano de 2023 – e na aprovação da sua candidatura ao emprego científico promovido pela FCT, tendo inclusivamente ficado na primeira posição. Ao longo dos três anos de doutoramento, o André Aguiar produziu várias contribuições científicas relevantes, que culminaram em mais de 20 publicações científicas em conferências e revistas indexadas. Este trabalho foi transposto com sucesso num módulo de software, para utilização em robôs, denominado de VineSLAM que tem vindo a ser utilizado nos protótipos dos robôs do laboratório TRIBE do CRIIS – para efeitos de demonstrações da nossa tecnologia em contexto real. O André tem demonstrado um elevado nível de profissionalismo e de dedicação que merece ser reconhecida publicamente neste fórum”.

– coordenação do CRIIS

O André contribuiu para o desenvolvimento do módulo de software VineSLAM, aplicado a diferentes protótipos do Centro; poderia explicar em que consiste esta solução, quais os seus benefícios, de que forma se diferencia de outras ferramentas, etc.?

O VineSLAM é um sistema de localização e mapeamento 3D para robôs agrícolas que tem se diferencia pela sua capacidade de lidar com as características desafiantes dos ambientes em que estes robôs se inserem, tais como irregularidades no terreno, elevados declives, ausência de sinais GNSS e larga extensão de trabalho. Este sistema é capaz de criar representações 3D de ambientes altamente desestruturados tais como vinhas de montanha ou florestas, enquanto, simultaneamente, estima com precisão a localização do robô. Esta solução abre a porta à automatização de processos em contexto de agricultura e floresta, possibilitando a implementação de robótica terrestre autónoma nestes ambientes.

Entre as diversas publicações científicas da sua autoria, existe alguma que gostaria de salientar, pelo seu impacto ou pela relevância dos resultados obtidos?

A publicação com mais impacto da minha autoria foi publicada no Journal of Field Robotics com o título “Topological map-based approach for localization and mapping memory optimization”. Este trabalho permite que o VineSLAM opere em ambientes agrícolas sem restrições temporais e espaciais, habilitando os robôs para navegar autonomamente durante largos períodos de tempo e em ambientes de larga escala.

Qual foi o principal tema do seu doutoramento, e de que forma se integra nas atividades do CRIIS?

O tema principal do meu doutoramento intitulado de “Localization and Mapping based on Semantic and Multi-Layer Maps Concepts” foi precisamente investigar e desenvolver um sistema robusto de localização e mapeamento 3D para ambientes agrícolas. Este trabalho permite estimar com precisão o posicionamento de um robô agrícola que esteja a operar, e, simultaneamente, criar uma representação 3D do ambiente envolvente que pode depois ser utilizada por especialistas na área da agronomia para caracterizar as culturas. Este trabalho insere-se nos diversos projetos nacionais e europeus na área de robótica para a agricultura em que o laboratório TRIBE do centro CRIIS participa, capacitando os robôs para navegar autonomamente.

Do que mais gosta no seu trabalho?

Trabalhar diariamente com uma equipa fantástica em prol da promoção de uma agricultura mais eficiente e sustentável. Ter a oportunidade de conceptualizar, desenvolver e refinar soluções disruptivas que tenham uma aplicação e um impacto direto na nossa sociedade, nomeadamente na área da agricultura.

Como comenta esta nomeação?

Primeiramente, gostaria de agradecer à coordenação do centro por esta nomeação. Gostava também de agradecer aos meus colegas de equipa do laboratório TRIBE, e ao nosso líder Filipe Santos, sem os quais seria impossível alcançar estas metas.

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