George Santos (CPES)

George Santos (CPES)

“O CPES nomeia o George Santos, que de uma forma autónoma e com elevado profissionalismo e dedicação, assegurou as tarefas essenciais do contrato de desenvolvimento de um modelo equivalente de um parque PV (Nisa), com elevado grau de detalhe e rigor.”

– Coordenação do CPES

Tendo em conta todo o contexto, que desafios encontrou no decorrer do seu trabalho?

Todo o projeto foi executado durante a vigência do estado de calamidade em Portugal, o que dificultou substancialmente as interações entre as diferentes partes do projeto (cliente/CPES), principalmente explicar ao promotor do parque PV a necessidade de obter dados complementares para as modelizações requeridas no projeto. Além disso, foi necessário trabalhar com uma ferramenta de análise de redes que eu nunca tinha usado, o PSS/E, pois toda a minha experiência anterior tinha sido com as ferramentas usadas pelo Operador de Rede do Brasil, o que por si só era um grande desafio, tendo em conta as diferentes características, principalmente nas análises em regime dinâmico.

Como os superou?

Alguns profissionais do setor imobiliário dizem que as três coisas mais importantes na sua atividade são a localização, a localização e a localização. Posso dizer que, no meu caso, existem três grandes fatores: informação, informação e informação. Informação sobre o projeto, que teve de ser insistentemente solicitada ao cliente; informação sobre o funcionamento e ferramentas do PSS/E – com muita ajuda da Internet sobre o funcionamento da aplicação, e do Bernardo Silva, que me esclareceu outras dúvidas um pouco mais comerciais; informação sobre cálculos de modelos equivalentes para centrais de energia variável renovável, com todas as suas características.

Do que mais gosta no seu trabalho? Para si, qual foi o principal fator diferenciador do projeto em questão?

Trabalhar em um instituto de renome como o INESC TEC, que está na vanguarda da tecnologia do setor elétrico, por si só é uma honra e um motivo de orgulho. Ter a oportunidade de conversar e trocar experiências com outros investigadores sobre os mais diversos assuntos de engenharia, desde os mais tradicionais conceitos de proteção, passando pela nova economia que irá ser desenvolvida a partir da geração do hidrogénio verde, é fascinante.

O fator diferenciador do projeto foi o desenvolvimento de um modelo equivalente do parque, para estudos em regime estacionário e em regime dinâmico, com precisão excecional para projetos com as mesmas características; ou seja, com inversores dispersos entre o parque e conexões relativamente distantes dos seus respetivos transformadores elevadores. O procedimento desenvolvido foi fundamental para o resultado de elevada qualidade do projeto.

Como comenta esta nomeação?

Estou muito contente com esta nomeação. Isto é um sinal de que o trabalho foi bem feito, e reconhecido pelo INESC TEC; e também de que o caminho que estou a seguir cá dentro é o indicado. Agradeço também o trabalho fundamental desenvolvido por outros membros do CPES no projeto, como o Francisco Fernandes, cuja participação e atenção a alguns aspetos da modelização foram fundamentais.