George Santos, Ricardo Ferreira, João Aguiar (CPES) e Sara Oliveira (CTM)

George Santos, Ricardo Ferreira e João Aguiar (CPES)

“A equipa formada por George Santos, Ricardo Ferreira e João Aguiar concluiu, durante o mês de outubro, estudos de integração de parques fotovoltaicos e avaliou a exequibilidade técnica da implementação de sistemas isolados baseados em energia renovável para eletrificação em África. O trabalho realizado apresentou elevada qualidade e rigor técnico-científico para um conjunto de prazos ambiciosos e num cenário onde a recolha de dados para caracterização dos sistemas não era trivial”. *

– Coordenação do CPES

Que desafios encontraram no decorrer do vosso trabalho?

Podemos dividir os principais desafios em três: os prazos de entrega curtos; as infraestruturas propostas estavam em fase de pré-projecto, ou seja, ainda havia a possibilidade de o promotor alterar os equipamentos a serem instalados em cada projeto, consoante a necessidade interna do promotor e; alguns dados da rede em estudo não estavam imediatamente disponíveis.

Como os superaram?

A permanente troca de informações entre o promotor das infraestruturas, da empresa de transmissão, da empresa de distribuição local, e o INESC TEC foi fundamental para obter as informações necessárias para o estudo, fazer propostas de pequenas alterações dos projetos e para cumprir os prazos exigidos.

Qual é o fator diferenciador do trabalho que desenvolveram?

Podemos indicar fatores diferenciadores deste projeto de acordo com duas vertentes: tecnicamente, desenvolver estudos de integração de energia renovável variável à rede, demonstrando os seus benefícios, com mudança do escopo do projeto durante a execução dos estudos e prazo muito curto para entrega dos resultados, garantindo a qualidade técnica das entregas ao promotor; socialmente, demonstrar a possibilidade de eletrificar, através do uso de energia renovável, vastas áreas de um país com energia renovável, contribuindo assim para o desenvolvimento das localidades.

Como comentam esta nomeação?

Ficámos muito felizes com esta nomeação. Isto é um sinal de que o nosso trabalho foi bem feito, mesmo com todos os desafios encontrados durante os estudos e que a coordenação reconhece a qualidade do nosso trabalho. No entanto, é fundamental referir que esta, como diversas outras no CPES, foi uma atividade coletiva e que a participação ativa do Bernardo Silva, coordenador do projeto, foi importantíssima para o desenvolvimento do projeto.

*foi escolhido como porta-voz da equipa o investigador George Santos.

Sara Oliveira (CTM)

“A coordenação do CTM nomeia a investigadora Sara Oliveira, pela dedicação e profissionalismo na organização do ‘Workshop on Computer Challenges in Digital Pathology’ (CDpath), como parte do ICCV (International Conference on Computer Vision), uma das mais importantes conferências internacionais na área da Visão por Computador. Este evento, organizado no âmbito do projeto CADPath em colaboração com a empresa IMP Diagnostics, permitiu apresentar e discutir as contribuições mais recentes na área da Patologia Computacional. Para além dos trabalhos científicos apresentados no workshop, que serão indexados pelo IEEE Explorer, o evento contou também com dois oradores convidados com elevada experiência na área da Patologia Computacional. O CTM tem vindo a especializar-se nesta área, concretizando em projetos I&D, bem como em teses de mestrado e doutoramento. O CDpath contribuiu para aumentar a visibilidade internacional do INESC TEC nesta área. Durante todas as fases que levaram à concretização deste evento, a Sara apresentou uma disponibilidade e proatividade assinalável, com um benefício extraordinário para o Centro”.

– Coordenação do CTM

Tendo em conta o atual contexto, que desafios encontrou no decorrer do seu trabalho?

O principal desafio foi, sem dúvida, a organização e gestão de uma equipa que, não se conhecendo ainda, teve que trabalhar em sintonia de forma totalmente remota.

Como os superou?

A especial dedicação de todos os envolvidos na organização do evento foi essencial para o seu sucesso. Desde o primeiro momento, todos os contactos se mostraram totalmente disponíveis e empenhados em trazer máxima qualidade à primeira edição de um workshop de Patologia Computacional numa conferência de excelência da área de visão por computador, como é o ICCV. E assim, à distância de algumas (bastantes) reuniões por Zoom, Portugal, Suécia, USA, Holanda e Canadá ficaram apenas a um passo de distância.

Do que mais gosta no seu trabalho?

O meu trabalho de doutoramento está centrado na área de Patologia Computacional, abordagem para análise e processamento automáticos de amostras histológicas (biópsias ou amostras cirúrgicas). Nesta era digital, a área tem vindo a crescer, e a consequente integração da visão computacional e da inteligência artificial no fluxo de trabalho dos laboratórios de patologia é cada vez mais preponderante. E esse é um dos aspetos que acho mais fascinantes no meu trabalho: trabalhar de perto com os clínicos para perceber como auxiliar e otimizar diagnósticos, fazendo a diferença na rotina clínica e, indiretamente, na vida dos doentes. Ter esta oportunidade é realmente enriquecedor e desafiante, e concretiza a expectativa que tinha quando escolhi o curso de Engenharia Biomédica.

Como comenta esta nomeação?

É com orgulho e sincero agradecimento que recebo esta nomeação, pelo reconhecimento do meu esforço e dedicação, bem como do sucesso de mais um evento promovido pelo VCMI. Gostaria de agradecer especialmente ao professor Jaime, que acompanha o meu doutoramento como coorientador, mas que, para além disso, me tem dado asas para abraçar desafios cada vez maiores. Obrigada pelo apoio, incentivo e por toda a confiança que tem depositado em mim. E já agora, obrigada também aos meus colegas do VCMI que, direta ou indiretamente, contribuem para cada conquista!

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