Grasiela Almeida (CESE), Ana Pereira (AJ), Henrique Rocha (CTM) e Guilherme Braga (SAL)

Grasiela Almeida (CESE)

“Esta nomeação não está associada a um único projeto, mas sim à polivalência, qualidade e dedicação que a Grasiela demonstra no dia-a-dia. Um exemplo é a implementação do novo iiLab, tendo-se envolvido nos processos de compra que vão muito além da carga burocrática, passando pela procura e apresentação de soluções diferenciadoras, a organização de eventos de projetos, o controlo orçamental no acompanhamento da faturação e das especializações, entre muitas outros processos (deslocações, requisições, viagens, etc.). Tem sido um percurso impar de crescimento no CESE ao assumir novos desafios, funções e responsabilidades sempre numa postura muito positiva, colaborativa e autossuperação. Enfim, a Grasiela faz a diferença no CESE pela qualidade e pelo profissionalismo em todas as tarefas que desempenha (e são muitas). A amizade e a dedicação a todos os CESEianos e o espírito de equipa são únicos e uma referência pela atitude positiva e contagiante”.

– Coordenação do CESE

O que considera mais desafiante no trabalho que faz de suporte às atividades de I&D?

Há um desafio incontornável que se prende com a gestão da multiplicidade de pedidos e a diversidade de áreas de atuação. Mas o desafio verdadeiramente interessante é poder antecipar problemas, arriscar nas ideias e correr atrás das melhores soluções para que o resultado seja excecional. É isso que fazemos diariamente, e é isso que estamos a fazer no iiLAB.

Como é que descreve o seu dia-a-dia?

Convido-vos a ouvir a “Bohemian Rapsody”, dos Queen. Começa com uma harmonia e calma (aparentes), mas subitamente apresenta-nos uma ópera que vai escalando, “explode” num hard-rock cheio de energia, para depois desaguar num “solaço” intenso de guitarra e terminar numa balada lenta e harmónica. Os dias no INESC TEC são assim. Mas deixem-me contar-vos um segredo: se não fosse assim, não tinha graça nenhuma… (shiu)

Do que mais gosta no seu trabalho?

De fazer a diferença na vida dos colegas e de poder ser criativa enquanto o faço.

Como comenta esta nomeação?

Acima de tudo, sou muito grata pelo incentivo e confiança que me transmitem e que me impulsiona a agarrar projetos novos e a olhar para os desafios com ousadia e vontade de aprender e de crescer. E isso só é possível com o apoio de uma equipa extraordinária!

Ana Pereira (AJ)

“A Ana Margarida assumiu, no mês de janeiro, a coordenação legal simultânea de três projetos europeus, liderados pelo INESC TEC, de modo exímio, conseguindo conciliar enquadramentos jurídicos distintos e encontrar soluções para os diferentes interesses em jogo. Numa altura, em que a equipa do Apoio Jurídico se encontra particularmente deficitária, esta coordenação ainda se tornou mais exigente dada a necessidade de conciliar as múltiplas solicitações daí decorrentes com as demais tarefas que se foram acumulando – desde logo, as vicissitudes decorrentes dos vários PRR em que a instituição participa. O seu empenho, luta pelos interesses do INESC TEC, além do espírito de equipa que demonstra, devem ser louvados e, merecidamente, reconhecidos”.

– Coordenação do Serviço de Apoio Jurídico

A Ana esteve envolvida a coordenação legal de três projetos europeus. Pode contar-nos um pouco sobre o trabalho que desenvolveu no âmbito destes projetos?

A coordenação legal de um projeto europeu pressupõe, no seu início, a elaboração de um contrato de consórcio que é depois enviado aos parceiros para que se pronunciem sobre ele. Depois o trabalho consiste, essencialmente, em fazer a gestão dos vários pedidos que nos são feitos e procurar chegar a um documento que concilie todas as posições que nos foram apresentadas. Isto, num projeto que pode ter 10, 20 ou 30 parceiros, todos com particularidades e pedidos distintos.

Quais são os maiores desafios que decorrem do trabalho jurídico nas áreas de ciência e tecnologia?

Para mim o maior desafio de ser jurista e trabalhar com tecnologia prende-se com a dificuldade que o próprio Direito tem em acompanhar os avanços que a ciência vai fazendo. Num plano mais prático diria que o maior desafio, ainda que apenas inicial, é adaptar a forma de pensar o Direito e o nosso trabalho enquanto juristas, a um ambiente que por natureza é muito mais flexível que o habitual para um jurista.

Do que mais gosta no seu trabalho?

Sem dúvida da completa ausência de monotonia. Sendo jurista é muito fácil cair numa rotina em que todos os dias vemos os mesmos problemas, os mesmos contratos, as mesmas temáticas de estudo. Felizmente, no INESC TEC, os assuntos são tão variados e, por vezes peculiares, que temos sempre algo novo para estudar, ou um assunto habitual cuja análise exige uma perspetiva nova.

Como comenta esta nomeação?

Com um enorme obrigada à coordenação do Apoio Jurídico. Este processo não foi, de facto, simples e livre de percalços, e tive muita sorte por poder contar com uma equipa que, ainda que reduzida, esteve sempre disposta a ajudar com estes desafios que iam surgindo.

Henrique Rocha (CTM)

“A Coordenação do CTM propõe para ‘Extraordinário’ o investigador Henrique José Rocha. Às suas tarefas de bolseiro de investigação do CTM e estudante de mestrado, o Henrique juntou o desenvolvimento de um sistema dispensador de cápsulas de café para o CTM, um projeto de engenharia em que demonstrou arrojo, dedicação e uma capacidade de execução extraordinária. Após aceitar o desafio da coordenação e reunir os requisitos definidos, o Henrique propôs uma arquitetura constituída por novos módulos de hardware e software. A solução foi posteriormente implementada pelo Henrique com sucesso, e está hoje disponível, como produto, para todos os colaboradores do CTM, com recetividade muito elevada. Esta nomeação é sustentada pela qualidade e celeridade de execução do projeto, cujo resultado teve um impacto imediato nas condições de trabalho que o INESC TEC, e o CTM em particular, oferece aos seus colaboradores”.

– Coordenação do CTM

Que trabalho está a desenvolver no âmbito do seu mestrado?

No âmbito da unidade curricular Dissertação, desenvolvo uma câmara anecoica para efetuar a caracterização de antenas no campo próximo (near-field).

Além do trabalho de investigação, o Henrique desenvolveu um sistema dispensador de cápsulas de café; será que pode revelar como é que funciona o dispensador e o que é que faz exatamente?

O sistema em questão tem como principal objetivo permitir que os colaboradores do CTM usufruam da toma de dois cafés oferecidos pelo CTM, num período de 24h. O dispensador é composto por três colunas independentes, nas quais se podem colocar diferentes variedades de café (assim como chá ou descafeinado). Cada coluna foi desenvolvida para acomodar um máximo de treze cápsulas Nespresso. Para dispensar uma cápsula, o colaborador seleciona, utilizando os botões na frente do dispensador, a coluna que contem a cápsula que deseja, de seguida apresenta o seu cartão de identificação para efetuar a seleção. Para confirmar a seleção, terá de carregar no botão esquerdo do dispensador para confirmar que a seleção efetuada é a correta.

Está também a ser preparada uma interface web para o colaborador poder também usufruir do seu café mesmo sem ter presente o cartão de identificação. O controlo do hardware é efetuado por software executado num micro-controlador ESP32-S3, sendo que este comunica com um servidor via Wi-Fi – o qual contem a base de dados de suporte à operação. O sistema foi desenvolvido numa arquitetura cliente-servidor para ser mais flexível no que concerne a gestão de stock, edição do nome do café entre outros, mas também para possibilitar a adição de mais dispensadores.

Do que mais gosta no seu trabalho?

Por um lado, o bom ambiente de trabalho, e por outro, a possibilidade de desenvolver novos produtos e tecnologias.

Como comenta esta nomeação?

Agradeço esta nomeação, não só pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido, mas também pela motivação adicional que a mesma acarreta.

Guilherme Braga (SAL)

“Gostaria de nomear o Guilherme Braga do SAL pela maturidade e pela entrega à equipa ao longo dos últimos três anos – estando, agora, perante uma nova aventura na gestão de PI e tecnologia na Noruega. O Guilherme entrou no INESC TEC como investigador pós-DOC do C-BER, decidindo posteriormente abraçar o desafio de iniciar uma carreira em transferência de tecnologia. A atitude de Guilherme foi sempre extraordinária: esteve sempre a meu lado enquanto gestor e, posteriormente, como responsável do SAL (2020), num momento de enorme mudança para o Serviço – chegando mesmo a aguentar sozinho o Serviço nos meses em que estive de licença parental. Mais recentemente, tem liderado a gestão do portefólio de tecnologias do INESC TEC na área da Energia e do Mar, tendo possibilitado grandes avanços em processos de mapeamento de novas tecnologias, e de novos pedidos de patente e de licenciamento – não podendo ficar por destacar a enorme ajuda com as questões de contratação pública”. 

–  Responsável do Serviço de Apoio ao Licenciamento

Porque decidiu abraçar o desafio de iniciar uma carreira em transferência de tecnologia?

Foi uma oportunidade de aliar a minha visão e o meu conhecimento sobre tecnologias através do ponto de vista de um investigador, respondendo ao desafio de ingressar numa nova carreira, na qual pude trabalhar diretamente com a proteção e transferência das tecnologias desenvolvidas no INESC TEC – ao mesmo tempo que mantinha o contacto com a investigação. Soma-se a isso o desafio pessoal de me reinventar após quase 15 anos como investigador, ao explorar uma área mais voltada para os negócios, e ao adquirir novos conhecimentos, algo que para mim é muito interessante e motivador.

Liderou a gestão do portefólio de tecnologias do INESC TEC na área da Energia e do Mar. Pode explicar-nos em que consistiu este trabalho e quais os maiores desafios que encontrou?

De uma forma resumida e simplificada, o meu trabalho focou-se em três pilares: prospeção, proteção e comercialização. Assim, o primeiro passo é identificar os resultados/conhecimentos produzidos nas Áreas da Energia e do Mar (prospeção interna), para então valorizar/comercializar os que podem ser protegidos pelos direitos de propriedade intelectual.

Do que mais gosta no seu trabalho?

São várias as coisas de que gosto; mas, e para listar apenas algumas, devo referir o facto de estar sempre em contato com soluções inovadoras, na vanguarda do conhecimento, e ter a oportunidade de transferir esse conhecimento para a sociedade. Saliento também o contacto com diferentes investigadores, o dinamismo inerente às atividades do SAL, o ambiente de trabalho do INESC TEC e, naturalmente, da própria equipa do SAL.

Como comenta esta nomeação?

Fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, surpreendido com esta nomeação, pois não estava à espera. A meu ver, é uma forma extraordinária de reconhecimento e de encerrar o meu ciclo, após quase cinco anos de trabalho no INESC TEC.

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