Baterias 2030: tecnologias de produção renovável ao serviço da comunidade

Módulos solares fotovoltaicos para fachadas, sistemas eólicos e pavimentos com capacidade de gerar energia: bem-vindos às cidades do futuro! A viagem que começou em 2020, com o objetivo de promover a descarbonização das cidades através de comunidades de energia renovável, chega agora ao fim.

 

O projeto Baterias 2030 já não é apenas uma visão: a instalação de um Laboratório Vivo, em Braga, vai funcionar como um demonstrador das tecnologias de produção e armazenamento de energia desenvolvidas. A recuperação de baterias de iões de lítio para novas aplicações e o desenvolvimento de tecnologias de produção renovável adaptada a ambientes urbanos, estiveram no epicentro deste projeto.

“Todas as tecnologias foram integradas através de uma plataforma de gestão de energia para as comunidades de energia renovável, desenvolvida pelo INESC TEC em conjunto com outros parceiros do consórcio, que representa a camada de inteligência que garante a gestão eficiente de todos os recursos para benefício da comunidade de energia renovável urbana”, explica a investigadora do INESC TEC, Clara Gouveia.

O projeto integra 23 entidades nacionais, dos quais 14 empresas e centros de investigação, e os resultados poderão ser explorados pelas empresas do consórcio que desenvolveram as tecnologias. Para além disso, “os resultados beneficiam também os municípios e os consumidores, demonstrando que o conceito das comunidades de energia permite maximizar a produção renovável local, reduzir as emissões de CO2 e minimizar os custos de energia”, adianta a investigadora.

O INESC TEC tinha como principal objetivo desenvolver a plataforma de gestão das comunidades de energia renovável, assim como novas soluções de sensorização e de gestão inteligente das baterias. “O nosso trabalho consistiu ainda no desenvolvimento dos algoritmos de gestão dos sistemas de armazenamento de energia para a comunidade de energia renovável”, acrescenta Clara Gouveia.

As tecnologias desenvolvidas foram, na sua maioria, instaladas no Laboratório Vivo, entre elas, uma fachada fotovoltaica de Perovskita, luminárias com produção eólica, pavimento termoelétrico, um eletrolisador e pilha de hidrogénio, bateria de escoamento e baterias 2nd life. De acordo com Clara Gouveia, “as tecnologias desenvolvidas são geridas pela plataforma de gestão de energia, tendo em conta a produção da central fotovoltaica e o consumo dos edifícios do município que fazem parte do Living Lab”.

Fonte: Baterias 2030

O Projeto Baterias 2030 foi co-financiado pelo programa Compete2020, com um investimento de 8,3 milhões de euros.

 

A investigadora mencionada na notícia tem vínculo ao INESC TEC.

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