Como será a educação do futuro? Uma rede quer aproximar pessoas, tecnologia e natureza para dar respostas – e conta com o INESC TEC

Um ambiente educativo que coloque o enfoque na interação do ser humano com todo o contexto que o rodeia: é este o objetivo de uma proposta de educação que vai receber contributos do INESC TEC.

Eis um resumo do que têm sido os últimos anos: o planeta a aquecer como nunca, tecnologia – e Inteligência Artificial – a avançar a um ritmo galopante, ameaçando postos de trabalho, e, mais recentemente, uma pandemia que rompeu com rotinas e mudou a forma como nos relacionamos. O cenário levanta muitas questões. Uma delas: como potencializar a formação em contextos ecologicamente conectados (envolvendo atores humanos e não humanos) e, assim, repensar o que compreendemos por conhecimento e como ele é produzido?

Esta foi a pergunta que fez Eliane Schlemmer, investigadora do INESC TEC e impulsionadora da Rede Internacional de Educação OnLIFE (RIEOnLIFE). Esta rede lançada desde o Brasil quer configurar um novo ecossistema de inovação na educação que interligue todos os intervenientes: pessoas, ambientes naturais, dispositivos tecnológicos, algoritmos e até Inteligência Artificial. “A investigação poderá fornecer elementos para que os sistemas educativos possam melhor operar com as disrupções”, adianta.

A investigadora viu recentemente aprovado o projeto Rede Internacional de Educação OnLIFE – RIEOnLIFE: Formação em contextos ecologicamente conectados que quer juntar investigadores, professores e estudantes para ouvir, discutir e refletir sobre o mundo que os rodeia – e, no processo, criar uma rede internacional de educação: a OnLIFE.

Para isso, quer aproximar intervenientes através de “contextos ecologicamente conectados”. Ou seja, ambientes onde a interação entre humanos, tecnologia e natureza acontece de forma integrada. Eliane Schlemer explica: “O objetivo é institucionalizar a RIEOnLIFE e ampliar e aprofundar a investigação em rede sobre a formação em contextos ecologicamente conectados. A investigação será suportada na conectividade entre humanos e não humanos que cocriam, no percurso da investigação, os dados, num contexto que é também intervenção”.

Eis um exemplo prático de como “contextos ecologicamente conectados” podem reconfigurar o ambiente de ensino: uma escola cria um jardim sensorial e equipa-o com sensores. Neste cenário, os alunos cuidam das plantas, têm contacto direto com a natureza e, ao mesmo tempo, conseguem acompanhar dados em tempo real acerca do estado daquele ecossistema. E porque não ir mais longe? A escola pode até convidar agricultores a visitar o jardim e convidá-los a partilhar conhecimento e experiências. É esta teia que o projeto quer promover.

Para criar uma rede internacional de educação, este projeto promove uma colaboração com a Immersive Learning Research Network (iLRN). O INESC TEC integra o projeto com a presença dos investigadores Eliane Schlemer e Leonel Morgado.

O projeto Rede Internacional de Educação OnLIFE – RIEOnLIFE: Formação em contextos ecologicamente conectados foi aprovado na chamada Pública MCTI/CNPq – Apoio a Projetos Internacionais de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação.

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