Comunidade INESC TEC aprende sobre Braille e Língua Gestual Portuguesa

Durante o mês de janeiro, e para assinalar o Dia Mundial do Braille e o Dia Internacional da Educação, a Comissão para a Diversidade e Inclusão (D&I) do INESC TEC organizou duas sessões formativas, desafiando a comunidade a aprender sobre Braille e Língua Gestual Portuguesa (LGP). Estas ações dão seguimento ao trabalho de consciencialização que a Comissão tem vindo a desenvolver em prol da diversidade e da inclusão.

Para celebrar o Dia Mundial do Braille, assinalado a 4 de janeiro, a Comissão D&I convidou Maria da Luz Ribeiro, técnica de Braille da Associação Portuguesa dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), para dinamizar uma ação de sensibilização sobre o Sistema Braille, que decorreu na primeira semana de janeiro. Graças a esta iniciativa, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o Sistema Braille e de colocar à prova o que aprenderam através da utilização e exploração dos diferentes materiais disponibilizados: máquina de Braille, régua, jogos de cartas, bingo, linha braille, entre outros.

“Momentos como este, organizado com tanta dedicação a propósito do Dia Mundial do Braille, são portas importantes que se abrem para que todos nós possamos envolver na criação de um INESC TEC mais diverso e inclusivo. Vamos, juntos, continuar a criar e aproveitar todas estas oportunidades preciosas!”, refere João Claro, presidente da Comissão Executiva do INESC TEC.

Para celebrar o Dia Mundial do Braille foi dinamizada uma ação de sensibilização sobre o Sistema Braille
Maria da Luz Ribeiro, técnica de Braille da Associação Portuguesa dos Cegos e Amblíopes de Portugal, coordenou a ação

Já no Dia Internacional da Educação, comemorado no dia 24 de janeiro, a Comissão promoveu um workshop sobre Língua Gestual Portuguesa. Sara Coelho, formadora em LGP, partilhou com os participantes a sua experiência enquanto pessoa com surdez, o seu trajeto pessoal, académico e profissional. Ao longo de uma tarde, as pessoas assistiram a uma explicação introdutória sobre as regras básicas da LGP, aprenderam o alfabeto e os números, assim como algumas expressões do quotidiano, por exemplo, “Bom dia”, “Obrigado/a” e “Por favor”.

“A formação em LGP foi muito enriquecedora, permitindo a aprendizagem do alfabeto manual, saudações e outras formas de comunicação. A partilha de experiências pessoais da formadora tornou a sessão ainda mais envolvente”, conta Mafalda Reis Figueira, investigadora no INESC TEC. Também Ana Filipa Sequeira destaca o interesse da iniciativa. “Acima de tudo, forneceu-nos uma ferramenta útil para todos nós sermos mais inclusivos no nosso dia-a-dia”, diz a investigadora.

Sara Coelho, formadora em LGP, partilhou com os participantes a sua experiência enquanto pessoa com surdez
Participantes aprenderam o alfabeto e os números

Filipa Martins, colaboradora do Controlo de Gestão, realça a aprendizagem de estratégias de comunicação para interação com pessoas com surdez. Opinião partilhada por Tânia Leandro e Mariana Gomes, igualmente colaboradoras do Controlo de Gestão. “Foi uma excelente oportunidade para explorar o mundo da diferença, e, acima de tudo, um guia para sabermos como lidar quando nos deparamos com pessoas que por uma razão ou outra tem uma realidade diferente da nossa”. Ana Maria Rodrigues, investigadora no INESC TEC, acrescenta que se tratou de “um momento de genuína Diversidade e Inclusão no qual, pelas mãos da formadora Sara Coelho, uma audiência participativa ficou rendida à LGP”.

Criar oportunidades para sensibilizar a comunidade INESC TEC

Face ao envolvimento da comunidade INESC TEC nestas iniciativas, os membros da Comissão, composta por Beatriz Oliveira, Ana Lopes, Tiago Gonçalves, Tiago Silva e Rita Costa, destacam não só o crescente interesse pelos eventos sobre estas temáticas, como a importância de continuar a promover ações semelhantes nestas e noutras dimensões da diversidade e da inclusão, revelando que está prevista a realização, em breve, de novas iniciativas.

“Estas iniciativas da Comissão para a Diversidade e Inclusão constituíram excelentes oportunidades de sensibilização da comunidade INESC TEC acerca das dificuldades que as pessoas cegas e surdas enfrentam no seu dia-a-dia, para comunicarem entre si e com os demais, mas também para dar a conhecer as extraordinárias formas de expressão criadas para as auxiliar nesta tarefa e que constituem importantes marcos no seu processo de inclusão na sociedade, na família, na educação e no emprego”, explica Graça Barbosa, administradora do INESC TEC.

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