A atividade Computação sem Fronteiras, promovida pelo INESC TEC no âmbito da iniciativa Verão no Campus 2025 da Universidade do Minho, proporcionou a 27 estudantes do ensino secundário uma imersão em diversas áreas da informática, computação, engenharia física e engenharia biomédica, com atividades práticas e colaborativas.
A sessão “Hello, World!” introduziu a programação em Python de forma acessível, através de um ambiente interativo em Jupyter Notebook. Os participantes exploraram conceitos fundamentais, promovendo o pensamento crítico e a aprendizagem prática.
No workshop de Bioinformática, os participantes resolveram desafios genéticos usando programação em Python, evidenciando o papel da computação na investigação biomédica e promovendo o trabalho em equipa.
A introdução aos algoritmos genéticos recorreu a um jogo online onde os estudantes aplicaram princípios de seleção natural para otimizar trajetórias de foguetões, enquanto aprendiam os fundamentos de inteligência artificial e JavaScript.
No workshop de Inteligência Artificial, os alunos exploraram sequências de DNA com o apoio de um chatbot e visualizaram proteínas em 3D, cruzando a biologia e a programação.
A atividade sobre Internet of Things (IoT) incentivou os alunos a desenvolver projetos criativos com sensores e microcontroladores, como plantas autossuficientes e iluminação inteligente de uma casa, introduzindo conceitos de programação em C e redes de dispositivos.
Também durante esta semana, no âmbito da atividade de supercomputação, os estudantes tiveram organizaram cartas em paralelo, em equipas, simulando o funcionamento colaborativo de um supercomputador. Além disso, visitaram o Deucalion, o mais potente supercomputador português, e um dos mais potentes da Europa, equivalente a mais de quatro mil portáteis em simultâneo.
Já o workshop de Computação Quântica apresentou os princípios básicos deste novo paradigma e envolveu os participantes em jogos intuitivos para reforçar a compreensão, terminando com uma discussão sobre as aplicações futuras da área.
Por fim, o workshop de Segurança, Criptografia e Redes explorou o funcionamento das redes digitais e a importância da criptografia na proteção de dados, com os alunos a simular trocas de mensagens seguras e a implementar cifras clássicas.
A semana concluiu com uma introdução à programação funcional, através da linguagem Haskell, também em Jupyter Notebook, onde os estudantes resolveram problemas desafiantes, desenvolvendo raciocínio lógico e abstrato.
“A nossa atividade tem como objetivo iniciar estudantes do ensino secundário na análise de problemas e na sua resolução por computador, abrangendo áreas inteligência artificial, segurança, IoT, entre outras”, refere José Nuno Oliveira, investigador do INESC TEC e responsável pela atividade. “Este ano não foi exceção e todos eles tiveram a oportunidade de programar um computador para resolver problemas complexos, ao mesmo tempo que tomaram contacto com a oferta formativa do Departamento de Informática da Universidade do Minho”, acrescentar o investigador.
Os investigadores envolvidos nesta atividade foram: Alícia Oliveira, Ana Neri, Beatriz Cepa, Bernardo Malaca, Bruno Pereira, José Nuno Oliveira, José Pedro Peixoto, Luís Meruje, Mariana Miranda, Pedro Moreira, Rúben Adão, Rui Monteiro, Rui Silva e Susana Marques – todos investigadores do INESC TEC na área de software confiável, juntamente com Lara Regina, aluna de mestrado da Universidade do Minho.
Os investigadores do INESC TEC mencionados têm vínculo ao INESC TEC, UMinho e CNCA.