INESC TEC em projeto europeu para melhorar desempenho de centrais hidroelétricas

Desenvolver novas soluções tecnológicas para melhorar o desempenho das centrais hidroelétricas. É este o objetivo do projeto europeu XFLEX HYDRO, de 18 milhões de euros, no qual participam o Centro de Sistemas de Energia (CPES) e o Centro de Engenharia e Gestão Industrial (CEGI) do INESC TEC.

Estas tecnologias, que vão ser desenvolvidas por 19 instituições de sete países – Portugal, Suíça, França, Áustria, Espanha, Alemanha e Reino Unido -, podem contribuir decisivamente para um sistema de energia de baixo carbono e, assim, ajudar a cumprir as metas propostas para produção de energia renovável, que no caso da Europa estão estabelecidas nos 32% até 2030.

“A ideia do projeto passa pelo desenvolvimento de novas soluções tecnológicas que vão integrar as centrais hidroelétricas de vários tipos, pretendendo contribuir para melhorar o seu desempenho e eficiência, e desta forma contribuir para a descarbonização do setor energético facilitando maior integração de outras renováveis caracterizadas pela elevada variabilidade temporal e pela muito reduzida controlabilidade”, explica Carlos Moreira, coordenador do projeto no INESC TEC e docente na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

As principais soluções tecnológicas que vão ser desenvolvidas incluem sistemas modernos de turbinas (e bombas, em centrais reversíveis) de velocidade variável e fixa, controladores inteligentes e um sistema híbrido, constituído pela integração de uma bateria de armazenamento de energia numa central hidroelétrica convencional a fio de água. Estes sistemas vão ser instalados e demonstrados em centrais hidroelétricas em Portugal Suíça e França.  Em Portugal, as centrais de Frades, Alqueva, Alto Lindoso e Caniçada vão testar sistemas modernos de turbinas e bombas.

O projeto XFLEX HYDRO foi formalmente apresentado pela Comissão Europeia na Conferência da ONU sobre as Alterações Climáticas (COP 25), que decorreu em Madrid no início de dezembro. Espera-se que em 2023, quando o projeto concluir, seja entregue à Comissão um roteiro para aumentar a adoção de tecnologias em toda a frota hidroelétrica, que inclua recomendações políticas e de mercado para governos, reguladores e indústria.

A equipa do INESC TEC que está a trabalhar neste projeto é composta por Bernardo Silva, Carlos Moreira, João Peças Lopes, Maria Helena Vasconcelos, Manuel Vaz Castro, Nuno Fulgêncio (CPES); Armando Leitão e Luís Guimarães (CEGI).

Além do INESC TEC, duas instituições portuguesas participam neste projeto: a EDP Produção e a EDP CNET.

A liderar este consórcio está a instituição suíça Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL). Para além da EPFL e das instituições portuguesas já referidas, fazem parte do XFLEX HYDRO quatro entidades suíças – ALPIQ AG., ANDRITZ HYDRO AG, HAUTE ECOLE SPECIALISEE DE SUISSE OCCIDENTALE e POWER VISION ENGINEERING -, cinco francesas – ASSOCIATION POUR LA RECHERCHE ET LE DEVELOPPEMENT DES METHODES ET PROCESSUS INDUSTRIELS, COMMISSARIAT A L ENERGIE ATOMIQUE ET AUX ENERGIES ALTERNATIVES, ELECTRICITE DE FRANCE, GE HYDRO FRANCE e SUPERGRID INSTITUTE -, uma austríaca – ANDRITZ HYDRO GMBH -, duas alemãs – UNIVERSITAET STUTTGART e VOITH HYDRO HOLDING GMBH & CO KG – duas espanholas – UNIVERSITAT POLITECNICA DE CATALUNYA e ZABALA INNOVATION CONSULTING – e uma do Reino Unido – INTERNATIONAL HYDROPOWER ASSOCIATION.

O projeto XFLEX HYDRO recebeu um financiamento de 18 milhões de euros do programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da União Europeia, ao abrigo do acordo número 857832.

Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC e à FEUP.

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