INESC TEC em projeto europeu para novos serviços e mercados de flexibilidade e aplicações para rede de distribuição

O projeto EUniversal – Market Enabling Interface to Unlock Flexibility Solutions for Cost‐effective Management of Smarter Distribution Grids, cuja reunião de arranque decorreu no dia 10 de fevereiro, pretende o desenvolvimento de soluções que permitam a integração da flexibilidade na operação e planeamento da rede de distribuição, através de mecanismos de mercado e serviços inovadores. O objetivo é o de permitir a integração massiva de produção renovável através de serviços que permitam a participação de recursos flexíveis como os sistemas de armazenamento e veículos elétricos – V2G, consumidores e comunidades energéticas.

O projeto, coordenado pela EDP Distribuição de Energia SA, conta com 18 parceiros de sete países –  Portugal, Espanha, Alemanha, Polónia, Bélgica, Países Baixos e Reino Unido – que irão trabalhar em conjunto, até agosto de 2023, para demonstrar uma solução replicável para a interação do DSO (UMEI – Universal Market Enabling Interface) com os novos mercados de flexibilidade.

As soluções desenvolvidas no âmbito do projeto serão demonstradas em três pilotos heterogéneos, com redes de distribuição distintas e diferentes enquadramentos regulatórios. O demonstrador português visará demonstrar a interface desenvolvida e as aplicações avançadas de rede, já o demonstrador alemão estará mais focado na gestão de congestionamentos na rede de distribuição, baseado em mercados locais P2P, enquanto o demonstrador polaco terá a cargo a demonstração das ferramentas de rede para melhorar a fiabilidade e controlo da rede, tendo em conta os recursos flexíveis.

O Centro de Sistemas de Energia (CPES) do INESC TEC assume um papel crucial no desenvolvimento da solução, liderando as atividades de especificação de serviços, definição da arquitetura da solução proposta no projeto e dos casos de uso, assim como de desenvolvimento das aplicações avançadas para o planeamento e operação da rede.

Concretamente, o CPES terá que desenvolver um conjunto de algoritmos baseados em dados para aumentar a observabilidade da rede e implementar uma estratégia de operação preditiva, adaptável (em termos de topologia de rede e disponibilidade dos recursos) e distribuída. Serão também desenvolvidas, em conjunto com a Universidade de Manchester, novas metodologias de planeamento tendo em conta a disponibilidade dos recursos flexíveis e também novos critérios baseados na resiliência do sistema. As aplicações serão ainda integradas e validadas nos demonstradores português e alemão.

A equipa do INESC TEC que está a trabalhar neste projeto é composta por Clara Gouveia, Bernardo Silva, Jose Villar Collado, Ricardo Bessa, Leonel Carvalho, Carlos Moreira, Jorge Pereira, Ricardo Ferreira, Ricardo Silva, Everton Alves, Gil Sampaio, João Silva, Inês Alves e Luís Ribeiro.

Para além das instituições portuguesas já referidas, fazem parte do consórcio a Innogy SE, Energa Operator SA, European Distribution System Operators for Smart Grids, European Association for Storage of Energy, The University of Manchester, Universidad Pontificia Comillas, Vlaamse Instelling voor Technologisch Onderzoek N.V., Tractebel Impact Belgium SA, N-side, Nodes AS, Centrica Business Solutions Belgium, Instytut Energetyki, Mikronika Spolka Z Ograniczona Odpowiedzialnoscia, Katholieke Universiteit Leuven, Vlerick Business School, Zabala Innovation Consulting, SA.

O projeto Euniversal recebeu um financiamento de aproximadamente 10 milhões de euros do programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da União Europeia, ao abrigo do acordo número 864334.

Os investigadores mencionados têm vínculo ao INESC TEC, UP-FEUP e UP-FEP.

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